São Paulo, 24 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou hoje que a deterioração do cenário externo justificou que o Banco Central adotasse um "ajuste moderado na taxa de juros", frase que é interpretada por muitos agentes econômicos como uma indicação de que o ciclo de cortes de juros de 0,50 ponto porcentual será mantido na próxima quarta-feira, quando ocorrerá a última reunião do Copom do ano. Ele fez o comentário no jantar anual de confraternização da Febraban.
No mercado financeiro, havia especulação desde ontem de que o BC poderia aumentar a velocidade de reduções da Selic na próxima semana para 0,75 ponto porcentual. A expectativa foi nutrida pelos comentários da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, realizados ontem, segundo os quais sinalizavam que o governo tem vários instrumentos, como a política fiscal apertada e a política monetária, para mitigar os efeitos da grave crise internacional sobre o País.
Embora esteja em período de "silêncio" devido à proximidade de alguns dias da reunião do Copom, Tombini fez um comentário sutil, mas claro que deve influenciar amanhã o mercado futuro de juros.
A presidente Dilma Rousseff comentou em discurso realizado num seminário promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que "O nosso País sabe que ter R$ 440 bilhões em compulsórios depositados nos bancos nos permite enfrentar internamente qualquer problema de crédito sem recorrer de imediato ao nosso Orçamento, o que muitos países do mundo não têm condições de fazer. Nós temos espaço para fazer política monetária. Nós temos uma política fiscal que é ao mesmo tempo uma consolidação fiscal e respeito à redução de todas as práticas absurdas de países desenvolvidos."
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na Câmara dos Deputados na quarta-feira que não houve mudança da política monetária da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a da presidente Dilma Rousseff. Ele destacou que a inflação está sob controle e as despesas do Poder Executivo estão diminuindo, o que deve colaborar para que o Banco Central continue reduzindo a taxa Selic. "Provavelmente, teremos juros menores neste governo porque estamos avançando nas condições e não porque a política (de juros) era diferente", disse. Apesar das manifestações de Dilma e Mantega, Tombini reiterou indiretamente que o ciclo moderado de corte de juros deve continuar na próxima semana. (Ricardo Leopoldo e Francisco Carlos de Assis)
Sistema financeiro
Tombini afirmou que ainda que, apesar da deterioração da economia internacional em 2011, o Brasil e seu sistema financeiro estão bem preparados para enfrentar a conjuntura econômica global, repleta de dificuldades.
"Reunimos condições para crescer de forma sustentável nas próximas décadas", destacou, acrescentando que o governo e o Banco Central aplicarão políticas públicas para garantir o cumprimento deste cenário para o País. "A classificação de risco foi melhorada neste ano desafiador", afirmou Tombini, em jantar de confraternização da Febraban.
No mercado financeiro, havia especulação desde ontem de que o BC poderia aumentar a velocidade de reduções da Selic na próxima semana para 0,75 ponto porcentual. A expectativa foi nutrida pelos comentários da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, realizados ontem, segundo os quais sinalizavam que o governo tem vários instrumentos, como a política fiscal apertada e a política monetária, para mitigar os efeitos da grave crise internacional sobre o País.
Embora esteja em período de "silêncio" devido à proximidade de alguns dias da reunião do Copom, Tombini fez um comentário sutil, mas claro que deve influenciar amanhã o mercado futuro de juros.
A presidente Dilma Rousseff comentou em discurso realizado num seminário promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que "O nosso País sabe que ter R$ 440 bilhões em compulsórios depositados nos bancos nos permite enfrentar internamente qualquer problema de crédito sem recorrer de imediato ao nosso Orçamento, o que muitos países do mundo não têm condições de fazer. Nós temos espaço para fazer política monetária. Nós temos uma política fiscal que é ao mesmo tempo uma consolidação fiscal e respeito à redução de todas as práticas absurdas de países desenvolvidos."
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na Câmara dos Deputados na quarta-feira que não houve mudança da política monetária da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a da presidente Dilma Rousseff. Ele destacou que a inflação está sob controle e as despesas do Poder Executivo estão diminuindo, o que deve colaborar para que o Banco Central continue reduzindo a taxa Selic. "Provavelmente, teremos juros menores neste governo porque estamos avançando nas condições e não porque a política (de juros) era diferente", disse. Apesar das manifestações de Dilma e Mantega, Tombini reiterou indiretamente que o ciclo moderado de corte de juros deve continuar na próxima semana. (Ricardo Leopoldo e Francisco Carlos de Assis)
Sistema financeiro
Tombini afirmou que ainda que, apesar da deterioração da economia internacional em 2011, o Brasil e seu sistema financeiro estão bem preparados para enfrentar a conjuntura econômica global, repleta de dificuldades.
"Reunimos condições para crescer de forma sustentável nas próximas décadas", destacou, acrescentando que o governo e o Banco Central aplicarão políticas públicas para garantir o cumprimento deste cenário para o País. "A classificação de risco foi melhorada neste ano desafiador", afirmou Tombini, em jantar de confraternização da Febraban.
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