No país helênico, o novo governo recebeu o voto de confiança do Paralmento por maioria ampla. A missão deste governo de transição é ratificar e colocar em prática os acordos do segundo resgate financeiro ao país.
16 de novembro de 2011 - A desconfiança de piora na crise de dívida da zona do euro pautou a jornada das principais praças acionárias globais, que encerraram as negociações desta quarta-feira em posições diferenciadas, atentas também aos novos governos de Itália e Grécia.
No país helênico, o novo governo recebeu o voto de confiança do Paralmento por maioria ampla. A missão deste governo de transição é ratificar e colocar em prática os acordos do segundo resgate financeiro ao país.
Na Itália, o novo primeiro-ministro Mario Monti, que aceitou hoje o cargo no novo governo, acumulará também comandar o ministério da Economia do país. Seu grande objetivo será equilibrar a economia interna.
Já em Portugal, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional aprovaram as medidas econômicas adotadas pelo país para reduzir seu déficil fiscal e desembolsarão um novo pacote de ajuda, no valor de € 8 bilhões.
Rumando na contramão destas notícias positivas, o Banco da Inglaterra afirmou que a economia da região irá crescer menos que o esperado por conta do impacto da crise sobre as exportações da zona do euro, além de sugerir que pode tomar medidas de estímulos adicionais.
As últimas estimativas do Comitê de Política Monetária sugerem que o crescimento anual irá desacelerar no primeiro semestre de 2012 para um nível de menos de 1% no meio do ano. Já a inflação ao consumidor deve recuar de forma mais acentuada, ficando em um patamar inferior a 1,5%.
No campo das matérias-primas, o barril de petróleo do Brent com vencimento em dezembro fechou em baixa de 0,45%, cotado a US$ 111,88 na Intercontinental Exchange Futures de Londres (ICE). O Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) registrou alta de 0,85% para terminar cotado a US$ 102,59 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex).
No front acionário, as principais bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira em queda pelo segundo dia consecutivo, refletindo o avanço dos títulos italianos em meio à preocupações de que o novo governo do país irá lutar para cortar sua dívida e impedir o avanço da crise na zona do euro. Nesta manhã, o rendimento dos títulos italianos para dez anos atingiu 6,79%.
Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted Index teve desvalorização de 1,38% aos 7.387 pontos; na Coreia do Sul, o referencial KOSPI Composite recuou 1,59% aos 1.856 pontos; na China, o índice SSE Composite, da bolsa de Xangai, caiu 2,48% aos 2.466 pontos; na Índia, o índice BSE Sensex, da bolsa de Bombai, perdeu 0,63% aos 16.775 pontos; no Japão, o referencial da bolsa de Tóquio Nikkei 225 desvalorizou 0,92% aos 8.463 pontos; e em Hong Kong, o principal indicador, o Hang Seng, recuou 2% aos 18.960 pontos.
Na agenda local, o Banco Central do Japão (BOJ) manteve nesta quarta-feira sua taxa de juros a curto prazo entre 0 e 0,1% e também conservou inalterado seu programa de compra de ativos em 20 trilhões de ienes (US$ 260 bilhões), assim como o financiamento para bancos comerciais em 35 trilhões de ienes.
Contudo, a autoridade monetária alertou para um crescimento mais lento do mercado interno em função da desaceleração do avanço das economias mundiais, além de destacar também a forte valorização do iene e o efeito das enchentes na Tailândia sobre o país.
No Velho Continente, as principais bolsas da Europa encerraram o pregão desta quarta-feira sem direção única, em meio à preocupações de que a crise da dívida soberana no continente estaria prejudicando a economia global e aos olhares atentos dos investidores às ações do novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, que hoje aceitou definitivamente seu cargo no governo.
Ao final desta jornada, em Frankfurt, o índice DAX 30 caiu 0,33%, aos 5.913 pontos; em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,52%, aos 3.064 pontos; em Milão, o índice FTSE-MIB subiu 0,84% aos 15.425 pontos; e em Londres, o índice FTSE-100 recuou 0,15% aos 5.509 pontos; em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,81% aos 8.304 pontos.
Na agenda local, a taxa de desemprego no Reino Unido para os três meses até setembro de 2011 ficou em 8,3% da população economicamente ativa, superior em relação ao registrado no trimestre anterior, finalizado em julho.
Os dados são do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês). O índice veio acima do esperado pelo mercado, que era de 8,2%.
O número total de desempregados subiu em 129 mil no trimestre e chegou a 2,62 milhões. Esta é a maior alta na taxa de desemprego desde 1996 e o maior avanço no número de desempregados desde 1994.
O índice de preços ao consumidor da zona do euro (CPI, na sigla em inglês) ficou em 3% em outubro, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o escritório europeu de estatísticas, o Eurostat. Em setembro, o indicador ficou também em 3%.
O Governo espanhol reconheceu nesta quarta-feira que não será cumprida a previsão de crescimento da economia em 1,3% este ano, e que em um cenário de incerteza mundial o crescimento deve ser de 0,8%.
O secretário de Estado de Economia, José Manuel Campa, confirmou em entrevista coletiva que a economia espanhola estagnou no terceiro trimestre do ano devido ao ajuste na despesa das administrações públicas e uma contração do investimento no setor da construção. De acordo com o secretário, o crescimento fraco da economia está impedindo a criação de emprego.
O crescimento calculado de 0,8% está em consonância com a previsão da Comissão Europeia, que rebaixou a 0,7% o crescimento econômico para a Espanha em 2011 e 2012, um décimo a menos do previsto para este ano (0,8%) e oito décimos a menos da previsão para o próximo (1,5%).
Fora da agenda econômica, o novo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, jurou seu cargo nesta quarta-feira diante do presidente Giogio Napolitano quatro dias após a renúncia de Silvio Berlusconi como premiê. Monti comparecerá amanhão ao Senado para buscar o aval ao Executivo.
Em Wall Street, os principais índices acionários conservaram o pessimismo da abertura e encerraram o pregão desta quarta-feira em queda, mesmo após ter oscilado momentos em alta por conta de especulações de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) pode ajudar o Banco Central Europeu a lutar contra a dívida da região do euro.
Ao final desta jornada, o índice industrial Dow Jones caiu 1,58% aos 11.905 pontos. O S&P 500 recuou 1,66% para 1.236 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 1,73% aos 2.639 pontos.
Na bolsa brasileira, o Ibovespa não sustentou a queda do início dos negócios e fechou em alta de 0,52% aos 58.559 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,119 bilhões.
Do lado cambial, o dólar comercial inverteu posição no final dos negócios e devolveu a valorização apresentada durante todo o dia. No interbancário, a divisa fechou cotada a R$ 1,765 na compra e R$ 1,766 na venda, perda de 0,05%.
No mercado futuro, o contrato para dezembro negociado na BM&F operava em queda de 0,08% a R$ 1,774.
Na renda fixa, Os Contratos de Depósito Interfinanceiro (DIs) conservaram a trajetória negativa do início das operações e encerraram com perdas nesta quarta-feira na BM&F. O que se viu foi um fechamento de toda a curva, com recuos mais evidentes, sobretudo na ponta mais longa dos juros futuros.
Perto do fechamento, os contratos para dezembro de 2011 subiam 0,03 p.p a 11,40%; os vencimentos para janeiro de 2012 estavam estáveis a 11,01%; os contratos para janeiro de 2013 perdiam 0,02 p.p a 9,93%; os vencimentos para janeiro de 2014 recuavam 0,03 p.p a 10,22%; os contratos para janeiro de 2017 caíam 0,05 p.p a 10,85% e os vencimentos para janeiro de 2017 recuavam 0,06 p.p a 10,94%.
Por aqui, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda leitura de novembro registrou variação de 0,38%, resultado 0,04 p.p acima da última divulgação. Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Nesta apuração, quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. O principal destaque foi o grupo Alimentação (0,34% para 0,42%), seguido por Habitação (0,45% para 0,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,41%) e Educação, Leitura e Recreação (0,42% para 0,47%).
Em sentido oposto, registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (0,87% para 0,64%) e Transportes (-0,06% para -0,09%).
Já o grupo Despesas Diversas manteve-se estável ante a leitura anterior com a variação de 0,11%
Fonte:: http://ultimoinstante.com.br/resumos-de-mercado/resumo-mercado-diario/57361-fechamento-desconfianca-com-economia-mundial-divide-mercados-dolar-cai.html#ixzz1dyMR6XQC
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