18.11.11

Draghi pede implementação rápida de medidas para zona do euro

'Não deveríamos esperar mais', disse Presidente do BC europeu.
Um mês já se passou desde a aprovação do pacote de resgate.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, pediu nesta sexta-feira a implementação rápida de medidas decididas pelos líderes da zona do euro para combater a atual crise de dívida do bloco.
Novo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, participa de encontro na Alemanha, nesta sexta (Foto: AFP) 
Novo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, participa de encontro na Alemanha, nesta sexta (Foto: AFP)
 
"Onde está a implementação dessas decisões de longo prazo? Não deveríamos esperar mais", disse ele em discurso para banqueiros e autoridades de governo na Alemanha.
Draghi destacou que já se passaram quatro semanas desde o encontro de cúpula europeu no qual foi acordado um segundo pacote de ajuda para a Grécia e o aumento do poder de fogo do fundo de resgate do bloco. Ainda não se sabe claramente como o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira será alavancado.
Segundo Draghi,  economias emergentes construíram suficientes mecanismos fiscais e financeiros que limitam o impacto de contágios internacionais.
Draghi também pediu mais governança dentro da zona do euro e disse que "a atividade deverá enfraquecer-se na maior parte das economias avançadas". No caso da região de moeda comum, o presidente do BCE afirmou que os riscos de baixa para a perspectiva econômica aumentaram.
Em contraponto, Draghi afirmou que as economias emergentes construíram suficientes mecanismos fiscais e financeiros que limitam o impacto de contágios internacionais. Ele disse também que a zona do euro beneficia-se da demanda vinda desses países.
Draghi reforçou que o BCE age com total independência e atribuiu a redução da taxa básica de juros da zona do euro, logo na primeira reunião de política monetária sob seu comando, à perspectiva econômica desfavorável para a região e seu impacto sobre preços, custos e salários.
Contrariando a previsão de estabilidade, o juro na área de moeda comum foi reduzido de 1,5% para 1,25% no início deste mês, embora a inflação ao consumidor esteja em 3,0% ao ano, acima dos 2,0% buscados pelo BCE.

 

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