'Não deveríamos esperar mais', disse Presidente do BC europeu.
Um mês já se passou desde a aprovação do pacote de resgate.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, pediu nesta
sexta-feira a implementação rápida de medidas decididas pelos líderes da
zona do euro para combater a atual crise de dívida do bloco.
Novo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, participa de encontro na Alemanha, nesta sexta (Foto: AFP)
"Onde está a implementação dessas decisões de longo prazo? Não
deveríamos esperar mais", disse ele em discurso para banqueiros e
autoridades de governo na Alemanha.
Draghi destacou que já se passaram quatro semanas desde o encontro de
cúpula europeu no qual foi acordado um segundo pacote de ajuda para a
Grécia e o aumento do poder de fogo do fundo de resgate do bloco. Ainda
não se sabe claramente como o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira
será alavancado.
Segundo Draghi, economias emergentes construíram suficientes
mecanismos fiscais e financeiros que limitam o impacto de contágios
internacionais.
Draghi também pediu mais governança dentro da zona do euro e disse que
"a atividade deverá enfraquecer-se na maior parte das economias
avançadas". No caso da região de moeda comum, o presidente do BCE
afirmou que os riscos de baixa para a perspectiva econômica aumentaram.
Em contraponto, Draghi afirmou que as economias emergentes construíram
suficientes mecanismos fiscais e financeiros que limitam o impacto de
contágios internacionais. Ele disse também que a zona do euro
beneficia-se da demanda vinda desses países.
Draghi reforçou que o BCE age com total independência e atribuiu a
redução da taxa básica de juros da zona do euro, logo na primeira
reunião de política monetária sob seu comando, à perspectiva econômica
desfavorável para a região e seu impacto sobre preços, custos e
salários.
Contrariando a previsão de estabilidade, o juro na área de moeda comum
foi reduzido de 1,5% para 1,25% no início deste mês, embora a inflação
ao consumidor esteja em 3,0% ao ano, acima dos 2,0% buscados pelo BCE.
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