OCDE recomenda que o Brasil eleve juro para conter preços
Previsão é que País cresça 7,5% neste ano e que a inflação fique acima da meta nos próximos dois anos
18/11/10Fonte: estadao.com.br
SÃO PAULO - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) previu que a economia do Brasil irá crescer 7,5% este ano e que a inflação ficará acima da meta de 4,5% do banco central durante os próximos dois anos. Em seu relatório Perspectivas Econômicas, a OCDE observou que a economia brasileira perdeu ritmo este ano em relação ao ano passado, mas acrescentando que o aumento da renda e a expansão do crédito irão trazer novo impulso ao país, por meio do consumo doméstico. Portanto, "o aperto monetário deveria ser retomado o mais breve possível para reprimir as crescentes pressões inflacionárias", recomendou a OCDE.
A OCDE acrescentou que "intervenções e impostos sobre o fluxo de capital, para limitar a apreciação da moeda (brasileira), podem não ser eficiente e se tornarem caras no contexto de um aumento na taxa de câmbio real de equilíbrio em consequência das descobertas de petróleo" no país.
A OCDE considera que o Chile, que deve crescer 5,2% este ano e ter a expansão acelerada para 6,2% em 2011, deve "continuar elevando o juro gradualmente, para um patamar neutro, a fim de manter as expectativas de inflação ancoradas". O Chile elevou o juro na terça-feira de 2,75% para 3%. No primeiro semestre, a taxa estava em nível recorde de baixa a 0,5%. A taxa de inflação foi de 2,8% no período de janeiro a outubro e deve ficar dentro da meta do banco central de um ponto porcentual acima ou abaixo de 3% no restante do ano.
A OCDE disse ainda que o México tem espaço para manter o juro inalterado em 4,5% até o início de 2012, uma vez que a inflação tende a convergir para a meta de 3% do banco central no segundo semestre de 2011, do atual nível de 4%. A OCDE espera que a economia mexicana cresça 5% este ano. As informações são da Dow Jones.
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