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| Com mais renda e crédito, consumidores compram e mantêm mais aparelhos ligados
AGNALDO BRITO DE SÃO PAULO O consumo de energia elétrica entre as famílias subiu acima do previsto nos primeiros quatros meses de 2010, segundo o mais recente relatório da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). De acordo com o balanço, o consumo residencial -que absorve cerca de 25% da carga disponível no país- atingiu 36,4 mil GWh, nível 2,1% acima da estimativa inicial. Foi o único segmento de consumo a superar a previsão de aumento da demanda estimada pela estatal. Consumidores comerciais e industriais ficaram dentro da meta. O crescimento vai exigir ajuste na metodologia para estimativas de demanda, mas não implicará alterações no plano de expansão da oferta de energia. De acordo com Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, altas temperaturas no verão e o avanço do Programa Luz Para Todos explicam esse aumento do consumo. Com a redução do desemprego, a obtenção de renda e o acesso ao crédito, velhos e novos consumidores de energia puderam ampliar o número de aparelhos ligados. Numa casa simples, em Mairiporã (SP), Cleidinaldo Roberto Daniel é exemplo disso. O consumo da família cresceu com a instalação de um segundo refrigerador e as três novas TVs nos quartos, além do aparelho da sala. "A conta era de R$ 70. Hoje, já passou para R$ 120." Perto dali, a concessionária Elektro instalava ontem nova rede de energia. O trabalho é parte da universalização do serviço, que hoje já alcança 98% dos brasileiros. |
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