Paralisação contra proposta de elevação da idade para aposentadoria e contribuições maiores levaram dois milhões de trabalhadores do setor a cruzarem os braços. Foto: Andrew Yates/AFP
O Reino Unido enfrentou na quarta-feira 30 a sua maior greve em três décadas, com a adesão de mais de dois milhões de trabalhadores do setor público. A paralisação foi convocada pelos sindicatos em protesto a propostas de reforma do sistema de aposentadorias do setor pelo governo.
Caso aprovada, a proposta obrigará os britânicos a trabalhar até os 66 anos para se aposentar, contra os 60 atuais, além de impor contribuições mais altas e diminuir o valor da pensão, que seria calculada em função da média de todos os anos trabalhados, e não do último salário.
Pelo menos 75% das escolas públicas da região foram afetadas pela greve, 87% delas na Inglaterra. A paralisação também atingiu hospitais, além de outras instituições públicas, e provocou o cancelamento de seis mil cirurgias não urgentes. O serviço de ambulância em Londres sofreu com a falta de pessoal e dava preferência a casos de risco de vida.
Os grandes transtornos previstos nos principais aeroportos, e principalmente em Heathrow, o maior do mundo em tráfego internacional, não se concretizaram. “Estamos operando atualmente um serviço normal sem atrasos”, anunciou durante a manhã de quarta-feira a administração do aeroporto via Twitter. A informação foi confirmada também por um jornalista da agência de notícias AFP, presente no local.
Segundo um porta-voz da BAA, a gestora do aeroporto, dois terços dos funcionários da agência fronteiriça compareceram esta manhã aos seus postos.
A situação era igualmente normal na estação internacional de St Pancras, de onde partem os trens de alta velocidade da Eurostar, que ligam Londres a Paris e Bruxelas pelo túnel construído sob o canal da Mancha, e na cidade de Dover (sul), de onde saem os trens com destino ao continente.
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