São Paulo – O ministro da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, disse hoje (9) que o governo deve
ampliar a exigência de conteúdo nacional como forma de barrar a concorrência
dos produtos importados. Para justificar a proteção, o ministro usou a China
como exemplo ao comparar a taxa de nacionalização do setor automobilístico
brasileiro, recentemente ampliada para 65%, mas ainda bem abaixo da exigência
chinesa, de 90%.
“Vamos aumentar as exigências de conteúdo local de todas as cadeias
estratégicas. Isso vale para TICs [Tecnologia da Informação e da Comunicação] e
indústria automobilística”, disse o ministro ao participar de um encontro da
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em São
Paulo.
O ministro reiterou que essa é uma determinação da presidenta Dilma Rousseff
e que o governo usará todos os instrumentos disponíveis para evitar a prática
de dumping (venda ao exterior por preço abaixo do praticado no mercado
de origem). “Não podem dizer que tomamos medidas protecionistas porque não
estamos liderando a lista de países protecionistas”, disse Mercadante. Segundo
ele, o governo está tomando todo o cuidado para não ferir as regras da
Organização Mundial do Comércio (OMC).
Mercadante informou que o desafio do governo é a indústria de componentes.
“A política do tablet [computador portátil em forma de prancheta] foi
um sucesso e deve ter mais valor agregado. Já temos seis empresas produzindo e
já estamos a caminho da sétima. O desafio do governo é a indústria de
componentes de TICs. Temos que aproveitar este momento que o Brasil tem força
para atrair investimentos”.
Ele informou aos empresários que o governo está disposto a acatar uma
proposta do setor da indústria eletroeletrônica, que seja reservada uma parte
dos fundos setoriais para aquisição de produtos no mercado interno. Ele também
se manifestou favorável ao estudo de elevação do Imposto de Importação dos
produtos eletroeletrônicos.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-12-09/governo-deve-ampliar-exigencia-de-nacionalizacao-para-frear-ainda-mais-entrada-de-importados
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