América Latina já não é o "quintal do mundo", diz "The Economist"
Ao longo de 14 páginas, o prestigiado semanário britânico examina os motivos da região para celebrar, especialmente no âmbito econômico, e os desafios que precisa enfrentar para continuar progredindo, indicando que tudo deve ser "menos complicado" - referindo-se a uma América Latina sem ditaduras e à estabilização das economias após a crise da dívida de 1982.
O Brasil, sugere a matéria, beneficiou-se de sua inclusão pelo economista Jim O'Neil, do banco de investimentos Goldman Sachs, no grupo BRIC, junto com Rússia, Índia e China.
A revista também destaca o crescimento do país, que desde 2007 destacou-se da média latino-americana, e o fato de que 40% do PIB da região é produzido dentro das fronteiras brasileiras.
Entre as conquistas latino-americanas, a "The Economist" destaca a "forte recuperação" depois da crise econômica e financeira de 2008/2009, da qual o subcontinente foi, pela primeira vez, apenas "uma testemunha inocente, não um protagonista", com um crescimento regional projetado para este ano de 5% em média.
O renascimento econômico se caracteriza também pelas dezenas de milhões de pessoas que saíram da pobreza nos últimos anos - apenas da região continuar sendo a mais desigual do mundo - e pela queda nas taxas de desemprego, além do crescente interesse das multinacionais, em particular por seus vastos recursos naturais.
A revista adverte, no entanto, que a região corre o risco de "cair na autocomplacência". O risco se deve ao fato de que, embora a produtividade latino-americana "cresça mais rápido do que em qualquer em outro lugar", a região "não poupa nem investe o suficiente".
Além disso, estima o texto, seus governantes deveriam se esforçar mais para educar e inovar, assim como para melhorar o sistema de saúde pública.
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