Japão divulga pacote de US$ 11 bilhões para estimular emprego e consumo
Governo japonês também voltou a pressionar o banco central para conter a deflação e ajudar a economia a enfrentar a constante valorização do iene
Cynthia Decloedt, da Agência Estado
TÓQUIO - O governo do Japão divulgou um pacote de estímulo de 915 bilhões de ienes (US$ 10,9 bilhões) e voltou a pressionar o banco central para trabalhar mais a fim de conter a deflação, como parte dos esforços das autoridades para ajudar a economia, dependente das exportações, a enfrentar a persistente apreciação do iene e a desaceleração dos mercados no exterior.
O governo voltou a advertir quanto a uma rápida e prolongada apreciação do iene, que já está próximo da máxima em 15 anos contra o dólar, e mais uma vez ameaçou intervir no câmbio quando considerar necessário.
O programa econômico, que se baseia em recursos já existentes para evitar aumento da já gigante dívida do país, foi considerado muito pequeno para fazer frente aos atuais problemas do Japão pelos economistas.
O programa inclui incentivos e reformas regulatórias para alavancar o emprego, os gastos dos consumidores e os investimentos das empresas no país. Os 915 bilhões de ienes respondem por apenas 0,2% do PIB, embora o governo espere que seja elevado para cerca de 0,3% do PIB, afirmou o diretor-geral para administração econômica e fiscal do Gabinete.
O primeiro-ministro, Naoto Kan, está pedindo a seu gabinete para dar andamento rápido ao estímulo a fim de eliminar os riscos negativos à economia, mas analistas dizem que as medidas do programa terão pouco impacto imediato. "Estas medidas são de segurança e não as que o governo deveria implementar neste momento em que os riscos de desaceleração estão aumentando", disse o economista do Instituto de Pesquisa Daiwa, Hiroshi Watanabe. "Compreendo que o governo está próximo da eleição da liderança de seu partido, mas tudo que tem feito ultimamente tem sido pela metade", acrescentou.
Mesmo que o governo considere um segundo pacote, Watanabe diz que seriam necessários vários trilhões de ienes para provocar um efeito positivo na economia. As informações são da Dow Jones.
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