31.8.12

País tem 3,7 mi de jovens fora da escola, aponta relatório do Unicef


O Brasil tem cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes entre 4 e 17 anos fora da escola, de acordo com relatório lançado nesta sexta-feira pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A maior defasagem é na pré-escola e no ensino médio.
Entre as crianças de 4 e 5 anos, o número chega a 1,4 milhão. O levantamento apontou que nessa faixa etária a maioria dos não-matriculados nos sistemas de ensino é negra --56% do total.
A renda também é um fator que influencia o acesso à educação, segundo a pesquisa. Enquanto 32% das crianças de famílias com renda familiar per capita de até um quarto do salário mínimo estão fora da escola, apenas 6,9% daquelas oriundas de famílias com renda superior a 2 salários mínimos per capita estão na mesma situação.
Os números indicam que a frequência ainda insuficiente de crianças de 4 e 5 anos está relacionada, muitas vezes, à falta de vagas na rede pública. Por isso, no grupo com renda um pouco maior (dois salários per capita), o percentual de crianças fora da escola é menor, já que nesse caso a família acaba optando por pagar uma escola particular.
Para Maria de Salete Silva, coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, o desafio de incluir todas as crianças na escola é grande, mas algumas iniciativas governamentais, como o Proinfância, que tem a meta de construir 6.000 creches em todo o país até 2014, são respostas interessantes ao problema.
"A última política do governo, o Brasil Carinhoso, prioriza as família abaixo da linha da pobreza no acesso à escola e ataca exatamente essa desigualdade", disse.
A representante do Unicef afirma, entretanto, que o maior desafio está "na outra ponta" da educação básica. O relatório diz que 1.539.811 adolescentes entre 15 e 17 anos estão fora da escola. Nesse caso, os problemas de frequência não estão relacionados à falta de vagas, mas ao desinteresse da população nessa faixa etária pelo ensino médio. Para muitos jovens já envolvidos com o mercado de trabalho, a escola é pouco atrativa.
"Isso requer uma mudança muito grande no ensino médio. Estamos com a maior população de adolescentes da história do Brasil, a gente não pode perder isso e esperar para resolver na próxima geração porque está condenando o país a ter milhões de adultos sem formação escolar", afirma Salete.
Para ela, é necessário tornar a escolas mais atrativa para a realidade dos jovens. Salete diz ainda que os investimentos do governo no setor precisam aumentar.
"A gente discorda de quem acha que o problema da educação no Brasil não é dinheiro, mas gestão. Nós temos problemas sérios de gestão, mas só com os recursos que temos hoje não conseguimos fazer tudo que é necessário: incluir todos na escola, ter qualidade, professor bem remunerado e capacitado, escola com boa infraestrutura. O desafio é enorme", disse.

Mantega segue roteiro e prevê PIB melhor no segundo semestre

Ministro da Fazenda afirma que investimentos demoram mais a recuperar ritmo e presidente do Banco Central vê 'recuperação gradual' da atividade econômica


São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manteve hoje (31) o discurso das últimas semanas ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2012, com crescimento de 0,4% frente ao primeiro trimestre. Ele acredita que o número revela a recuperação gradual da economia e uma aceleração ao longo dos próximos meses. 
"Esse número que estamos vendo hoje é um número que estamos olhando pelo retrovisor. Está ficando para trás esse resultado. De qualquer forma é bom, comparado ao primeiro trimestre. Não é excepcional, mas é o prenúncio de resultados melhores que virão no segundo semestre”, disse durante entrevista coletiva em São Paulo. "O terceiro e quarto trimestres serão ainda melhores que o segundo, que foi fortemente influenciado pela crise internacional que não melhorou e afetou o desempenho dos países emergentes".  
Na comparação com o segundo trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,5%, totalizando R$ 1,1 trilhão. No acumulado de 12 meses, a expansão foi 1,2 %. No primeiro semestre, o PIB apresentou aumento de 0,6%. Por setores, a maior alta foi registrada na agropecuária, com crescimento de 4,9%, ao passo que o setor de serviços avançou 0,7%. O resultado da indústria, com queda de 2,5%, foi influenciado principalmente nos segmentos de transformação (-2,5%), extrativa mineral (-2,3%) e construção civil (-0,7%).
Mas, para o ministro, este resultado também não é motivo para preocupação porque o governo já adotou medidas para incentivar o setor. “Acredito numa recuperação da indústria”, afirmou. “A redução do IPI está surtindo efeito e deverá ser anunciada uma venda recorde do setor automobilístico”, adiantou.
Já a taxa de investimento ficou em 17,9% do PIB, inferior à taxa obtida no mesmo período do ano passado, de 18,8%. Para o ministro, esta é uma demonstração de alguns setores produtivos demoram mais a retomar os aportes, mas não haverá problema nos próximos meses.
Na mesma linha, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado nesta sexta-feira confirma a "recuperação gradual" da atividade econômica no primeiro semestre. "A demanda doméstica continuou sendo o principal suporte da economia, com o consumo das famílias sendo estimulado pela expansão moderada do crédito, pela geração de empregos e de renda", comentou, em nota. 
O presidente do BC ainda afirmou que os sólidos fundamentos e um mercado interno robusto são um diferencial da economia nacional. "Dessa forma, mesmo diante do complexo ambiente internacional, as perspectivas apontam intensificação do ritmo de atividade ao longo deste segundo semestre e do próximo ano."

30.8.12

Dólar fecha em leve baixa, à espera de sinais de estímulo de BCs lá fora

Moeda norte-americana recuou 0,06%, para R$ 2,0472 na venda.
Divisa operou perto da estabilidade durante esta tarde.

O dólar fechou com leve baixa nesta quinta-feira (30), em meio à expectativa de que o Banco Central deixará expirar os contratos de swap cambial tradicional – que equivalem a uma venda futura de dólares – que vencem no dia 3 de setembro, reduzindo a oferta de moeda estrangeira no mercado futuro.

A moeda norte-americana recuou 0,06%, para R$ 2,0472 na venda.
O dólar rondou a estabilidade nesta quinta-feira, com o mercado cauteloso ainda aguardando novas sinalizações de estímulo monetário de bancos centrais no exterior em meio à desaceleração da economia global.
"Os mercados estão num modo geral de aversão ao risco. Todo mundo está meio que observando os movimentos dos bancos centrais, começando pelo encontro de Jackson Hole [nos EUA] amanhã", afirmou o chefe de pesquisa para mercados emergentes da América no Nomura, em Nova York, Tony Volpon.
Investidores estão aguardando o discurso do presidente do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke, no encontro anual de membros de bancos centrais na sexta-feira. Isso porque Bernanke já usou o encontro para sinalizar intenções de afrouxamento de política pelo Fed.

Qualquer sinal de Bernanke de que o banco central fará uma terceira rodada de "quantitative easing", ou programa de compra de títulos por meio de impressão de dinheiro novo, poderá exercer pressão sobre o dólar e puxá-lo para baixo.
Preocupações com o crescimento econômico global também pesaram sobre os investidores nesta sessão, principalmente sobre moedas mais ligadas à commodities, como o real e o dólar australiano, afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB do Brasil, Luciano Rostagno.
"Há uma preocupação em relação à desaceleração da economia global, com índices como a confiança do consumidor da zona do euro e as vendas no varejo no Japão evidenciando as dificuldades de recuperação", afirmou Rostagno.
O indicador de sentimento econômico da zona do euro caiu para 86,1 em agosto ante 87,9 em julho, contra expectativa de uma queda para apenas 87,5. As vendas no varejo no Japão, por sua vez, caíram 0,8% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, recuando pela primeira vez em oito meses.
RolagemOs investidores seguiam cautelosos ainda à espera da ação que o BC tomará em relação ao vencimento dos contratos de swap na próxima segunda-feira.

O mercado espera que a autoridade monetária deixe os US$ 4,45 bilhões em contratos de swap cambial tradicional expirarem, uma vez que autoridades brasileiras já sinalizaram o desejo de manter o dólar valorizado para proteger a indústria nacional.
No dia 21 de agosto, quando o dólar ensaiava romper o piso informal de R$ 2 reais, o BC interveio no mercado de câmbio com um leilão de swap cambial reverso, que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que o governo continuará trabalhando por um real desvalorizado para aumentar a competição.
No exterior, os investidores esperavam pelo discurso do chairman do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, na sexta-feira em busca de sinalizações de mais afrouxamento monetário.


Após fusão com Azul, marca Trip deixará de existir

A Azul Trip, holding da fusão entre a Azul Linhas Aéreas e a Trip Linhas Aéreas, confirmou há pouco, em entrevista coletiva, que a marca Azul vai prevalecer na companhia resultante da união entre as duas empresas.

O nome Trip na comunicação visual aos passageiros e nas aeronaves será descontinuado, permanecendo apenas uma referência visual da companhia regional no novo logotipo. A mudança foi antecipada pelo jornal Valor na edição de hoje.

O novo logotipo da Azul passará por modificações. A letra U, na palavra Azul, será grafada com um tom da cor azul contrastante das demais letras A, Z e L. O objetivo é remeter ao logotipo atual da Trip, que tem a letra I grafada em tonalidade diferente das demais letras da marca. Segundo executivos presentes no anúncio da nova marca, o objetivo de grafar a letra U com um tom diferente é também mostrar a "união" das duas empresas, que anunciaram uma fusão societária no dia 28 de maio. Outra modificação será a extinção da expressão "Linhas Aéreas Brasileiras" da marca Azul.

"Os uniformes trazem grande carga emocional para as companhias. Ao invés de partir para um uniforme novo, ai haverá uma integração", afirmou o diretor de comunicação, marca e produto da Azul, Gianfranco Beting. Segundo ele, em diferentes áreas serão adotados os uniformes de uma empresa. O pessoal de solo, como atendentes de check-in, por exemplo, adotarão o uniforme da Trip. Os funcionários de manutenção, por sua vez, usarão os uniformes da Azul. A roupa padrão dos pilotos ainda está em definição. Para os comissários, a estilista Teresa Santos, que desenhou os uniformes para a equipe de solo da Trip, desenvolverá um novo padrão.

A fusão societária entre a Azul e a Trip foi anunciada no dia 28 de maio. Os acionistas da Azul terão 67% de participação na holding, enquanto os da Trip ficarão com os 33% restantes. Juntas, as duas companhias operam 800 voos diários.

"Marca mexe muito com a emoção das pessoas. A marca Trip é de 1998, uma alusão à nossa origem, em Campinas. Eu fui o criador dessa marca e estou muito contente por anunciar que decidimos por uma marca associada", afirmou o presidente-executivo da Trip, José Mario Caprioli.

(Com informações do Valor)

Preços globais dos alimentos subiram 10% em julho, diz Banco Mundial

Doug Palmer
Da Reuters, em Washington
 
Os preços globais dos alimentos subiram 10% em julho, com a seca afetando as áreas produtoras nos Estados Unidos e leste da Europa, disse o Banco Mundial em comunicado, pedindo aos governos que ofereçam apoio aos programas que protegem as populações mais vulneráveis.
De junho a julho, os preços do milho e do trigo subiram 25% cada, os preços da soja ganharam 17%, e apenas os preços do arroz caíram 4%, disse o Banco Mundial.
De modo geral, o índice de preços dos alimentos do Banco Mundial, que acompanha os preços de commodities negociadas internacionalmente, estava 6% acima do registrado em julho do ano passado, e 1% acima do pico anterior, de fevereiro de 2011.
"Não podemos permitir que essas altas históricas de preço se tornem uma vida de riscos, uma vez que as famílias tiram as crianças da escola e comem menos alimentos nutritivos para compensar os altos preços", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. "Os países precisam fortalecer seus programas direcionados a aliviar a pressão sobre a população mais vulnerável, e implementar as políticas certas."
"A África e o Oriente Médio são particularmente vulneráveis, mas também o são as pessoas em outros países onde os preços dos grãos subiram de forma brusca", acrescentou Kim. A severa seca nos Estados Unidos reduziu fortemente a produtividade do milho e da soja este ano, enquanto um seco verão na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão afetou a produção de trigo.
O Banco Mundial disse que seus especialistas não projetam uma repetição de 2008, quando o aumento dos preços dos alimentos estimulou revoltas em alguns países. "No entanto, fatores negativos --como exportadores perseguindo políticas de pânico, um El Niño severo, baixas safras no hemisfério sul ou fortes aumentos dos preços de energia-- podem causar aumentos ainda maiores, como os vivenciados há quatro anos", disse o banco.

 

Governo anuncia na próxima semana redução dos custos de energia, diz presidente

Com a preocupação de um aumento nos investimentos em infraestrutura, visando baratear a produção, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (30) o novo modelo de concessões e parcerias com a iniciativa privada na área de transportes e prometeu anunciar na próxima semana uma redução dos custos de energia.
"O governo e a iniciativa privada devem se unir para dotar o Brasil de uma infraestrutura capaz de reduzir os custos de produção e tornar o país mais competitivo em todos os mercados", afirmou a presidente durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão.
Dilma, porém, disse que o país continuará tendo que fazer investimentos públicos em infraestrutura porque ainda há regiões onde a baixa demanda torna as concessões inviáveis. "Vamos sempre ter de combinar no Brasil concessão com obra pública", disse.

Plano de logística

Há duas semanas, o governo anunciou o Plano Nacional de Investimento em Logística para rodovias e ferrovias, que deve repassar à iniciativa privada uma carteira de projetos no valor total de R$ 133 bilhões.
Para isso, o governo também criou a Empresa de Projetos e Logística (EPL), que se envolverá ainda nas concessões de portos e aeroportos no futuro. As concessões nessas duas áreas, sob novos modelos que ainda estão em estudo, devem ser anunciadas na metade de setembro segundo a presidente.
No caso dos aeroportos, Dilma disse que o governo está estudando novas concessões, mas também está de olho na estruturação de terminais regionais, que podem receber subsídios. "Estamos estruturando um programa de aeroportos regionais, que necessariamente terá que ter apoio e no sentido de em alguns casos nós daremos subsídios", afirmou Dilma. Dois aeroportos podem ser concedidos: Galeão (RJ) e Confins (MG).
Os portos também terão um novo modelo de concessão e o governo quer, assim como fez nas ferrovias, reduzir o poder do monopólio privado no setor. "Vamos ter que discutir toda estrutura de cabotagem desse país, como a exportação e também a relação do setor privado..., os terminais de uso privativo, ...e o chamado porto organizado", disse a presidente.
O governo tem discutido com o setor privado formas de compartilhar a infraestrutura dos terminais privativos, que movimentam a maior parte da carga nos portos, segundo disse à agência "Reuters" uma fonte do Executivo nesta semana.
"Nós não queremos mais o monopólio de rede, em qualquer setor", disse Dilma nesta manhã. Na semana que vem, segundo a presidente, o governo anuncia o seu pacote para reduzir os custos de energia elétrica, que deve levar em conta redução de encargos federais sobre a tarifa e renovação de contratos de concessão no setor que vencem a partir de 2015.

Economia

A presidente voltou a dizer que a crise econômica global está atingindo todos os países do mundo, inclusive o Brasil e que o governo tem adotado medidas para enfrentar esses efeitos. Ela ressaltou, porém, que as ações do governo também visam o longo prazo e lembrou melhoras estruturais que vêm ocorrendo na economia brasileira que ajudam nesse enfrentamento.
"Somos um país que aprendeu e não comete certos equívocos que nós vemos as nações antigas do mundo ocidental na Europa cometerem. Temos uma solidez fiscal e um setor financeiro robusto", disse. Segundo ela, o país criou as condições que tornaram possível a redução do juro básico para um nível "bem mais civilizado", mas que isso ocorreu com cuidado fiscal, que pode ser visto na queda da relação dívida/PIB.
Na véspera, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez a taxa básica Selic em 0,5 ponto percentual, para 7,5%, nova mínima histórica.

Recados ao Congresso

A presidente também usou o longo discurso aos conselheiros para mandar recados ao Congresso Nacional pedindo que os parlamentares não façam demagogia com o Plano Nacional de Educação (PNE).
Os congressistas discutem a possibilidade de vincular até 10% do orçamento aos investimentos em educação. Esse percentual seria aplicado ao final de um prazo de dez anos, segundo o PNE. "Podemos até aceitar uma meta de dobrar recursos (para a educação) desde que se tenha condições para fazê-lo...Senão seria uma demagogia", argumentou. Segundo ela, os parlamentares devem procurar como fonte de recursos a receita com royalties de petróleo, desde que não mexam em regras de contratos existentes.
O Congresso discute há anos uma nova regra que distribua essa receita de royalties a todos os Estados, mas a regra sofre resistência dos Estados produtores (Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo) que atualmente detêm esses recursos.
Dilma também avisou que o governo está aberto a negociações na medida provisória que trata do Código Florestal, mas não avalizará nenhum acordo que não tenha participado. "Não há motivos econômicos para que nós não mantenhamos as áreas de proteção ambiental ao longo do leito dos rios, sejam eles perenes ou não. O governo está aberto a negociações, mas não assume responsabilidade por negociações que não foram feitas com a presença dele", avisou Dilma.
(Com informações da Reuters)

Juros do cheque especial ficam em 151% ao ano, menor taxa desde março de 2008


Kelly Oliveira
Da Agência Brasil, em Brasília

A taxa de juros do cheque especial caiu 16,1 pontos percentuais, de junho para julho. Ficou em 151% ao ano, a menor da série histórica do Banco Central (BC) desde março de 2008 (149,8% ao ano).
Apesar da redução, a taxa do cheque especial continua sendo uma das mais altas do mercado. No caso do crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, a taxa chegou a 39,9% ao ano, com alta de 0,3 ponto percentual.
A taxa para a compra de veículos, ficou em 21% ao ano, com variação 0,3 ponto percentual em relação a junho.
A taxa média de juros cobrada das famílias chegou a 36,2% ao ano, em julho deste ano, o nível mais baixo da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1994. Em relação a junho, houve redução de 0,3 ponto percentual.

Orçamento prevê salário mínimo de R$ 670,95 em 2013

Previsão é de alta de 7,9% em relação a 2012. 
Estatais deverão investir R$ 110,6 bilhões no próximo ano.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

A proposta de orçamento federal para 2013, entregue nesta quinta-feira (30) ao presidente do Senado, José Sarney, prevê que o salário mínimo seja de R$ 670,95, uma alta de 7,9% em relação a 2012, informou o Ministério do Planejamento. O valor é superior ao da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que apontava um mínimo de R$ 667,75.
Ao entregar o documento, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que o orçamento previsto para o próximo ano é de R$ 2,140 trilhões. A ministra informou também que as áreas prioritárias contempladas no orçamento são a saúde, educação, o programa Brasil sem Miséria e o PAC.
Desses R$ 2,140 trilhões, o governo prevê que sejam destinados R$ 71,7 bilhões para educação, em investimento e custeio. A área de saúde deve receber R$ 87,7 bilhões, também para investimentos e custeios. O programa Brasil sem Miséria deve receber R$ 31,1 bilhões e o Programa de Aceleração ao Crescimento, R$ 52,2 bilhões.
"É um orçamento importante que garante os investimentos para o país continuar crescendo", afirmou Belchior.
Belchior informou que os acordos de reajuste firmados com o funcionalismo estão terminando de ser redigidos para constar no projeto do orçamento. “Estamos entregando o orçamento e temos até amanhã para entregar o projeto de lei de todos os acordos que foram firmados[com os servidores]. Nossa equipe está trabalhando duro, virando madrugadas", disse a ministra.
“Este é o meu segundo orçamento e quero reeditar a mesma relação que tivemos no ano passado. Um trabalho muito próximo, para facilitar a tramitação no Congresso Nacional", concluiu Belchior.
Estatais
A proposta prevê que as estatais farão investimentos de R$ 110,6 bilhões. Em 2012, o valor previsto é de R$ 107 bilhões. A maior parte desse investimento, R$ 78,8 bilhões, deve ser feito pela Petrobras.
Dentro dos R$ 110,6 bilhões, R$ 74,1 bilhões serão gastos dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aumento de 8,26% em relação a 2011. Apenas a Petrobras deve aplicar R$ 67,4 bilhões.
"O ponto importante desse orçamento é que ele continua na linha de solidez fiscal", disse, na apresentação do orçamento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Desonerações
A proposta de orçamento prevê R$ 15 bilhões em novas desonerações em 2013, informou Mantega. De acordo com ele, essas desonerações ainda não estão "carimbadas", ou seja, fazem parte de programas que ainda vão ser anunciados pelo governo. Nem mesmo a prorrogação da redução do IPI, anunciada nesta quarta-feira, está incluída neste valor.

29.8.12

Após nova Selic, Bradesco anuncia redução em taxas de juros

O Bradesco anunciou na noite desta quarta-feira (29) uma nova redução das taxas de juros para empréstimos para pessoas físicas e empresas. Em comunicado, o banco informou que a  medida acompanha a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa Selic de de 8% para 7,5% ao ano.
Para os clientes pessoa física, a taxa de juros mínima do crédito pessoal foi reduzida de 1,89% para 1,85% ao mês. Para o financiamento de veículos, a taxa mínima foi reduzida de 0,89% para 0,85% ao mês, e a máxima de 2,87% para 2,83% ao mês. Na modalidade Leasing Veículos, a taxa mínima diminuiu de 1,59% para 1,55% ao mês, e a máxima de 2,92% para 2,88% ao mês.
No Financiamento de bens/serviços, a taxa mínima caiu de 2,36% para 2,32% ao mês, e a máxima de 4,83% para 4,79% ao mês. No cheque especial, a taxa de juros mínima é de 3,95% ao mês.
Para empresas, a taxa mínima para o empréstimo de capital de giro caiu de 2,35% para 2,31% ao mês, e a máxima de 5,29% para 5,25% ao mês. Na modalidade conta garantida, a taxa mínima foi reduzida de 3,21% para 3,17% ao mês. Os juros da linha de antecipação de recebíveis de duplicatas, cheques e cartão de crédito foram reduzidos de 2,01% para 1,97% ao mês na mínima, e de 4,50% para 4,46% ao mês na máxima.
"O novo patamar de juros passa a vigorar a partir de segunda-feira, 3 de setembro, em toda a rede de agências", informou o Bradesco.
 
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/08/apos-nova-selic-bradesco-anuncia-reducao-em-taxas-de-juros.html

Os juros no governo Dilma

Veja a evolução da taxa Selic em um ano

gráfico juros 7,50% agosto
Design: Juliana Pimenta

Governo prorroga IPI menor para carros, linha branca e móveis

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (29) a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para vários setores, entre eles a linha branca e os automóveis. O benefício começaria a vencer na próxima sexta (31).
Para os produtos da chamada linha branca – que inclui fogões e geladeiras – o benefício foi prorrogado até dezembro. No caso dos veículos, o IPI menor foi estendido até outubro.
O ministro também anunciou a prorrogação do corte do IPI para móveis, painéis e laminados, para materiais de construção e para bens de capital. Para esses setores, o benefício venceria entre setembro e dezembro. Em alguns casos, a prorrogação vai até o fim de 2013.
De acordo com Mantega, a renúncia fiscal (valor que o governo deixa de arrecadar), de setembro de 2012 até dezembro de 2013, será de R$ 5,5 bilhões.
“A economia brasileira já está numa gradual recuperação. Porém, ainda é preciso continuar dando estímulo pra os investimentos e para o consumo”, disse o ministro, que também anunciou linhas de financiamento e redução de juros para aquisição de máquinas, equipamentos e caminhões.

A redução de IPI é uma das medidas adotadas pelo governo para tentar incentivar o consumo e, com isso, aquecer a economia e elevar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) num momento em que o país sente os efeitos do agravamento da crise internacional.

Em todos os casos, informou o ministro, houve manutenção dos cortes sobre a alíquota do IPI que já vinham sendo praticados.
Veículos
O corte do IPI, no caso dos veículos, depende da potência do motor e do local em que ele é produzido (se nacional ou importado). Para carros novos com motor de mil cilindradas (1.0) e fabricados no Brasil, que são os mais vendidos, a alíquota normal do imposto foi de 7% para 0%.
Já para os importados com o mesmo tipo de motor, a alíquota foi de 37% para 30%.
Mantega afirmou que o benefício para as montadoras será estendido por tempo menor porque "a reação do setor [às medidas de estímulo] foi mais rápida e o custo da desoneração é maior." A renúncia fiscal do governo em favor dos fabricantes de veículos, apenas entre setembro e outubro, vai ser de R$ 800 milhões.
Segundo o ministro, as vendas de carros novos no segundo trimestre de 2012 tiveram alta de 33,4% sobre o primeiro trimestre.

Linha branca e material de construção
Os eletrodomésticos da linha branca também têm corte variado. Para fogões, a alíquota, que era de 4% antes dos cortes, foi mantida em 0%. No caso de máquinas de lavar, era de 20% e fica em 10%. As geladeiras tinham IPI de 15% e agora é de 5%. Para os tanquinhos, que tinham incidência de 10%, fica em 0%.

No caso dos materiais de construção, o corte no IPI valeria até o fim de 2012 e foi prorrogado até o fim de 2013. O benefício inclui uma série de produtos, entre eles cimento, tintas, vernizes, dobradiças, chuveiros e telhas. Com o corte no imposto, a alíquota do imposto sobre esses itens varia entre 0% e 10%.

O ministro anunciou ainda a inclusão de novos itens na lista de materiais de construção que vão contar com IPI reduzido a partir de setembro. Entre eles estão piso laminado, piso de madeira sólida e placas de gesso, cujo imposto cai de 5% para 0% até o final de 2013.

Já para os bens de capital (máquinas e equipamentos), que contariam com IPI zerado até 31 de dezembro, o benefício foi estendido para o fim de 2013. Entre os itens contemplados, estão equipamento de refrigeração, partes e acessórios de máquinas e bombas centrífugas.
Manutenção de empregos
Mantega afirmou que a prorrogação do IPI menor a esses setores continua condicionada à manutenção de empregos e repasse do benefício aos consumidores.

O ministro disse que os dados demonstram que a redução do imposto tem chegado aos consumidores por meio de preços mais baixos. “Os preços desses produtos têm caído. Tivemos algumas oscilações, mas os fabricantes têm repassado a redução para os consumidores”, disse.

Ele declarou ainda que não descarta novas medidas de desoneração e redução de custos, “embora a economia já esteja dando sinais de reação.”

Questionado sobre a rentabilidade das montadoras presentes no país e se a considerava alta, Mantega disse que não tem informações sobre o assunto, mas que espera uma redução ainda maior no valor dos carros nacionais.

“Espero que, com as medidas que estamos tomando e a redução de preços, um dia os brasileiros tenham oportunidade de comprar carros aqui dentro pelo mesmo preço praticado lá fora”, disse.
Reuniões
Nos últimos dois dias, Mantega e sua equipe se reuniram com representantes de setores beneficiados pela redução do IPI, que apresentaram dados para convencer o governo sobre a necessidade de prorrogação da medida.

O ministro também recebeu representantes de fabricantes de máquinas e equipamentos, que também contam com redução de IPI, mas vieram pedir ao ministro medidas adicionais do governo para ajudar o setor em momento de acirramento da competição com produtos importados.

Financiamento
Mantega anunciou ainda a prorrogação de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de bens de capital, dentro do chamado Programa de Sustentação do Investimento (PIS).

A linha, que tem R$ 230 bilhões em autorização para crédito, venceria no dia 31 de agosto e agora vigora até o dia 31 de dezembro de 2012.

Além disso, informou o ministro, essa linha contará com redução de juros para compra de caminhões, máquinas e equipamentos, de 5,5% para 2,5% ao ano. Ela conta com um ano de carência e prazo de 120 meses para pagamento.

Outra novidade anunciada por Mantega foi a criação de linha de financiamento para compra de bens de capital usados (caminhões, máquinas, tratores e aeronaves comerciais, entre outros). Os juros vão ser TJLP (5,5%) mais 1%, mais remuneração básica de 1,88%. Mantega também anunciou nova linha de crédito para refinanciamento, que não tem juros definidos.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/08/mantega-anuncia-prorrogacao-de-reducao-de-ipi-para-linha-branca.html
 


Brasil cai para 5º no ranking dos maiores juros reais do mundo

Depois de ser, durante anos, o campeão dos juros reais entre as principais economias do mundo, o Brasil caiu agora para a quinta posição nesse ranking, com taxa de 1,8%. Os dados foram levantados pelo analista econômico da Cruzeiro do Sul Corretora / Apregoa.com, Jason Vieira.
O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (29) que a Selic (taxa báxica de juros nominais) foi reduzida 0,5 ponto percentual, de 8% para 7,5%. A diferença entre 7,5% e 1,8% ocorre porque os juros reais descontam a inflação projetada para os próximos 12 meses.
"Com a continuidade do processo de cortes de juros e a pressão de alimentos nos índices de preços, a tendência do Brasil é se afastar cada vez mais das primeiras posições como país mais atraente aos investimentos em renda fixa no mundo", diz o analista.
Quem lidera o ranking é a China, com 4,1% de juros reais. Em segundo lugar está o Chile, com 2,4%.

Juros caem a 7,5%, menor taxa desde 86, e poupança rende menos

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira (29) cortar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,5 ponto percentual, indo de 8% para 7,5% ao ano. A decisão foi unânime.
Essa é a menor taxa que o Brasil já teve desde a criação da Selic, em julho de 1986. Até então, o valor mais baixo tinha sido de 8% e estava em vigor desde julho.
A decisão faz a poupança continuar rendendo menos. Pelas novas regras da poupança, determinadas em maio deste ano, o rendimento fica menor sempre que a Selic estiver em 8,5% ou menos ao ano. 
Agora, a poupança vai render 5,25% ao ano mais a TR (5,25% é 70% da Selic, conforme determina a nova regra). Com a Selic em 8%, a poupança estava rendendo 5,6% ao ano mais a TR. Antes das mudanças, o ganho da poupança era de 6,17% ao ano, mais a TR, em qualquer situação.

"O Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 7,50% ao ano, sem viés. Considerando os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, que em parte se refletem na recuperação em curso da atividade econômica, o Copom entende que, se o cenário prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condições monetárias, esse movimento deverá ser conduzido com máxima parcimônia."
Este foi o nono corte seguido na taxa. A série de reduções começou em agosto do ano passado, quando os juros caíram de 12,5% para 12%.
Como a decisão foi unânime, Isso torna desnecessária a divulgação do voto de cada membro. Seria a terceira vez em que os votos iriam se tornar públicos, seguindo a nova Lei de Acesso à Informação.

Mudança na poupança vale para depósitos feitos a partir de 4 de maio

Pelas novas regras da poupança, anunciadas pelo governo federal no começo de maio, sempre que a Selic ficar em 8,5% anuais ou menos, muda o rendimento dos depósitos feitos a partir de 4 de maio deste ano. 
A mudança vale tanto para poupanças que já existiam e para as que foram abertas a partir de 4 de maio. O dinheiro que já estava nas poupanças antigas continua rendendo conforme as regras anteriores.
Com os juros a partir de 8,5% ao ano, a "nova" poupança vai render 70% da Selic, mais a TR (Taxa Referencial). Para os depósitos feitos antes de 3 de maio deste ano, nada muda. Nesse caso, o rendimento continuará sendo o antigo, de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano), mais a variação da TR.
Os bancos têm de informar o rendimento da poupança em dois blocos diferentes no extrato. Um dos blocos informará o rendimento dos depósitos feitos até 3 de maio. O outro deverá trazer o rendimento dos depósitos feitos depois de 4 de maio.

Governo tem tomado medidas para reduzir os juros ao consumidor

O governo tem tomado medidas para reduzir os juros diretos ao consumidor. A onda de cortes de juros nos bancos começou no início de abril, com os bancos públicos, e continuou com os bancos privados. 
A preocupação com os juros é que eles dificultam o crescimento da economia. Com juros mais altos, as empresas investem menos, porque fica caro tomar empréstimos para produção, e as pessoas também reduzem seus gastos, porque o crediário fica mais caro. Essa situação deixa a economia com menos força. Reduzir os juros, ao contrário, estimula a produção e o consumo, melhorando o PIB (Produto Interno Bruto).
A taxa básica de juros orienta o restante da economia, mas há pouco impacto na vida prática de quem precisa usar o cheque especial ou cartão de crédito. Analistas dizem que essas taxas são tão altas que pequenas variações na Selic são incapazes de aliviar ou pesar no bolso no dia a dia.
Antes do início do governo Dilma, a Selic estava em 10,75%. No primeiro mês dela (janeiro de 2011), subiu para 11,25%.

A Selic é usada pelo BC para tentar controlar o consumo e a inflação ou estimular a economia. Quando a taxa cai, estimula o consumo. Quando sobe, reduz a atividade econômica porque os empréstimos e as prestações ficam mais caros.
O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.
O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.

Fonte:  http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/08/29/copom-decide-juros.jhtm

Melhora da escolaridade do brasileiro diminuiu informalidade no trabalho, aponta FGV


A melhora da escolaridade dos brasileiros levou à queda na informalidade do trabalho entre 2002 e 2009, aliada ao bom momento econômico da década passada e a políticas públicas de geração de emprego e renda. A conclusão faz parte da pesquisa Evolução Recente da Informalidade no Brasil, dos pesquisadores Fernando Holanda Barbosa Filho e Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
A taxa de informalidade que chegou a 43,6% em 2002 caiu para 37,4% em 2009, uma diminuição de 6,2 pontos percentuais, segundo o trabalho da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A falta de formalização nas relações de trabalho, que se traduz principalmente pela ausência de registro em carteira, é inversamente proporcional ao grau de escolaridade: quanto mais anos de estudo, maior a formalização. Segundo a pesquisa, houve queda na informalidade em todas as camadas educacionais.
Com até três anos de estudo, 62,8% dos trabalhadores eram informais em 2002, passando para 59,1% em 2009. Entre os que têm ensino médio completo e superior incompleto, com 11 a 14 anos de estudo, a taxa de informalidade era 28,7% em 2002 e caiu para 24,7% em 2009. Já os detentores de diploma universitário, com mais de 15 anos de estudo, registravam 26,1% de informalidade em 2002, número que diminuiu para 23,4% em 2009.
Para o pesquisador Rodrigo Moura, existe uma relação direta entre mais anos de estudo e exigência profissional, tanto pelo trabalhador como pelo empregador. “O trabalhador com maior escolaridade aceita menos um contrato informal de trabalho. Quem tem maior nível educacional tem maior poder de barganha”, disse.
Apesar das variáveis econômicas e políticas não estarem explícitas no levantamento da FGV, o pesquisador reconheceu que também devem ser levados em conta o bom momento vividos pelo país e o mundo na maior parte da década passada, bem como a adoção de políticas públicas de geração de emprego e renda, facilitando a contratação. Outro dado relevante foi o incentivo federal ao ingresso nas universidades públicas, com a expansão das vagas.
A pesquisa pode ser acessada na íntegra no endereço http://portalibre.fgv.br/.

Classe C baiana é responsável por 43,3% do consumo do estado


Com aproximadamente 1,547 milhão de unidades habitacionais, a classe C representa a metade dos domicílios da Bahia e é responsável por 43,3% do consumo do estado. É o que revela um levantamento realizado pela Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do IBOPE Inteligência.
O consumo deste grupo é concentrado em produtos como alimentação, medicamentos, higiene e vestuário. Entretanto, o maior percentual de compra é de aparelhos celulares, por causa da extensão e facilidade de acesso ao crédito e do tamanho de sua massa populacional. Segundo a pesquisa, as famílias deste grupo destinam 73,6% da sua renda monetária para a compra de serviços e produtos necessários para o uso familiar e os artigos consumidos são mais básicos em relação às classes A e B.
Apesar de apresentar três vezes mais domicílios do que a classe B, a classe C gera somente 35% da massa salarial da Bahia. Com cerca de 444 mil residências (14,4%), a classe B representa a maior massa monetária familiar do estado, sendo responsável por 39,5% do total da renda produzida.
Este grupo representa 32,7% dos gastos realizados pela população baiana e sua receita de compra dos produtos contemplados no levantamento tem participação de 49,4% de todo o estado. Gastos relacionados a eventos, cinema, livros e mensalidades escolares representam os principais serviços e produtos consumidos, o que mostra uma valorização da cultura e da educação.
Classes D e E
A Bahia tem um perfil de distribuição dos domicílios urbanos diferente da média nacional. As famílias nas classes D e E tem maior presença, com 1,031 milhão de unidades residenciais (33,5%). Com isso, a renda média familiar no estado está abaixo da média nacional: a renda familiar mensal no país está em torno de R$ 3.100 e, na Bahia, o valor médio estimado para este ano é de R$ 2.100.
Os domicílios destes grupos geram somente 5% da massa monetária salarial e representam 12,4% do consumo total feito no estado. Cerca de 33% dos gastos realizados pelas classes D e E são de origem não monetária. As famílias tem poder de compra que se restringe a produtos e serviços básicos, a exemplo do vestuário e, sobretudo, alimentação.
Como os ganhos não monetários (vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte e programas sociais oferecidos pelo governo) têm um peso relevante para este público, a participação da massa salarial das classes D e E no consumo da Bahia é próxima de 149%.
Classe A
Com aproximadamente 55 mil unidades habitacionais, a classe A representa somente 1,5% dos domicílios urbanos do estado. As famílias deste grupo geram 20,5% da massa monetária salarial da Bahia e destina 34% da renda para a aquisição de produtos e serviços contemplados pelo levantamento, podendo o restante ser gasto com viagens, habitação, serviços domésticos, entre outros>
Este grupo representa 11,6% do potencial de consumo baiano. Os produtos e serviços prioritários são artigos relacionados ao conforto e lazer e produtos básicos (higiene e alimentação).
R$ 62,4 bilhões
Segundo o levantamento da Pyxis Consumo, R$ 62,4 bilhões deverá ser o gasto das famílias baianas com a aquisição de produtos e serviços. Este valor é 21% superior ao montante consumido em 2011.
O gasto equivale a 4,7% do consumo nacional e representa aproximadamente 59,6% da renda monetária familiar do estado. Os produtos mais consumidos pelos baianos são veículos, gastos com alimentação e materiais de construção.
Fonte: http://economiabaiana.com.br/

Brasil busca passo decisivo em vacina contra Aids


Com tecnologia própria, o Brasil pode em breve dar uma contribuição significativa no combate à Aids no planeta. Desde 2002, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP tem obtido resultados concretos com experimentos em animais para finalmente desenvolver uma vacina contra a doença – a chamada HIVBr18. A fase final das pesquisas, que depende de testes em macacos e humanos, no entanto, ainda depende de vultuosos recursos financeiros.
A solução para este impasse financeiro pode estar em um edital do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fapesp. Em breve, o órgão de fomento à pesquisa no estado de São Paulo decidirá se aprovará um financiamento de 4 milhões de reais por ano, durante 11 anos de pesquisa, quantia suficiente para fazer a pesquisa deslanchar.

Enquanto isso, a equipe já mantém um acordo firmado com o Instituto Butantã para realizar um teste piloto da vacina na colônia de macacos Rhesus do Instituto. O teste com os animais deve começar até o final de 2012, com os recursos que a equipe já recebe do Instituto para Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). “Antes de fazermos teste com os macacos Rhesus, ninguém presta muita atenção. Mas se conseguirmos completar esta etapa, as chances de financiamento podem aumentar”, prevê com otimismo o professor Edecio Cunha Neto, um dos coordenadores do grupo.
No ritmo atual de investimento, os primeiros testes-piloto com macacos devem acabar até o final de 2013. Cunha Neto explica que a escassez de investimento privado está relacionada à dificuldade em se criar uma vacina que para um vírus que sofre um alto número de mutações. “O risco de se fazer um investimento milionário em vacinas contra Aids que acabam se mostrando ineficazes é enorme. Por isso, nenhuma empresa se arrisca e ficamos dependentes do apoio das agências de fomento públicas”, argumenta.
A AIDS, contudo, não é a única doença em que a prevenção através de medicamentos é negligenciada pelos laboratórios privados. Muitas doenças que acometem os brasileiros, como a malária, a esquistossomose e a doença de chagas não são consideradas economicamente interessantes para os laboratórios, já que atingem regiões pobres do planeta.
Nesse sentido, caso a linha de crédito do programa Cepid-Fapesp seja aprovada, o grupo de pesquisa a que Cunha Neto pertence trabalhará no desenvolvimento de vacinas inexistentes por meio da criação do Centro de Novas Vacinas (CeNOVA).
“Muito além de procurar a vacina para a Aids,  o projeto CeNOVA significa a capacidade do Brasil de fazer parte do pool dos poucos países que possuem a estrutura para desenvolver novas vacinas inovadoras”, conta Edecio. Com essa estrutura permanente, o professor defende que o País terá o potencial para estudar e combater uma eventual nova epidemia e “sem depender de ninguém”. As vacinas desenvolvidas pelo grupo combaterão oito doenças – HIV, Tuberculose, Dengue, malária, HPV, Febre Reumática, Leptospirose e a bactéria Pneumococo.
Segundo a OMS, atualmente, existem 34,2 milhões de pessoas com o HIV em todo o mundo, sendo que somente no ano passado cerca 2,5 milhões de pessoas foram infectadas.
Funcionamento da vacina
A prevenção do vírus HIV é de extrema complexidade devido ao alto número de mutações que o vírus constantemente sofre. É por essa razão que o próprio sistema imunológico humano não encontra formas de combater o vírus. A partir disso, a equipe identificou regiões do vírus que são conservadas e comuns a todos os tipos e mutações do vírus, para, assim, permitir a criação da vacina. “Sabe-se que o vírus do HIV possui de 20 a 35% de diferença entre um vírus e outro. Após determinarmos as regiões comuns, trabalhamos em ter respostas imunes dirigidas a muitas regiões conservadas do vírus. Assim, conseguimos assegurar que a vacina gere repostas imunes eficazes contra a grande maioria dos vírus que uma pessoa possa se expor”, diz Cunha Neto.
Em um grupo estudado pela equipe da FMUSP formado pessoas que jamais tomaram a vacina, foram detectados 18 tipos de fragmentos de DNA conservados do HIV (que não mudam). O grupo constatou que o sistema imunológico de 90% dos pacientes infectados pelo vírus já respondiam a esses fragmentos naturalmente (ou seja, detectavam os fragmentos e os combatiam); os outros 10%, no entanto, já se encontravam com o sistema imune debilitado demais para reagir.
Nos testes com animais feitos até agora, a HIVBr18 já foi capaz de induzir uma potente resposta imune, com características parecidas com as outras vacinas eficazes contra outros vírus. No entanto, como os testes só foram realizados em camundongos, normais ou geneticamente modificados, os dados ainda são considerados insuficientes.
“Nossa vacina foi capaz de combinar e potencializar a ação de duas células do sistema imunológico humano: a CD8 – que destrói as células infectadas pelo HIV – e a CD4 – que fortalece o sistema imune através da produção de anticorpos e potencializa o efeito das células CD8”, conta Edecio. “Isso é um avanço muito importante.”
Segundo ele, no estágio atual, a pesquisa não trabalha para a eliminação do vírus, mas sim para que o infectado pelo HIV não evolua para os sintomas da Aids. “Trabalhamos para que a pessoa não desenvolva a imunodeficiência e para que o vírus fique em taxas baixas no organismo, o que impede a sua transmissão”, explica.
De acordo com o professor, isso é possível porque a vacina HIVBr18, além de reforçar as células que combatem o vírus, também pode ser capaz de melhorar a resposta de “anticorpos neutralizantes”. Ou seja, anticorpos que recobrem as proteínas que permitem que o HIV penetre nas células, formando, dessa forma, uma espécie de barreira que impede o vírus de contaminar as células. Atualmente, esta etapa da pesquisa é desenvolvida em parceria com a médica Daniela Santoro Rosa, da Unifesp.
Próximos passos
Após os testes em macacos, ainda será necessário testar o medicamento em humanos, o que, se levado até as últimas etapas, custará algo em torno de 100 milhões de dólares. O risco é alto. “O último exemplo foi da vacina das Indústrias Merck, que fracassou no teste em humanos. Por isso, é preciso ter dados muito consistentes no estudo em animais para atrair o interesse de empresas que invistam nas etapas mais onerosas do desenvolvimento”, diz Cunha Neto.
Nos dez anos de pesquisas do grupo, já foi gasto cerca de 1 milhão de reais. A tecnologia obtida até o momento com o desenvolvimento da vacina já foi patenteada no Brasil e nos Estados Unidos e tem como co-inventores o professor Jorge Kalil e a doutora Simone Fonseca, além do próprio professor Edecio Cunha Neto, todos da FMUSP.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/saude/brasil-busca-passo-decisivo-em-vacina-contra-aids/

Pagamento com cartões pode contribuir para arrecadação


Estudo apontou que cada 10% de crescimento no uso do cartão pode aumentar em R$ 1,7 bilhão valor arrecadado

Cartão de crédito bandeira Visa

São Paulo – Um estudo encomendado pela Visa do Brasil para a Tendências Consultoria Integrada apontou que uso do cartão de crédito e débito pode injetar mais dinheiro na economia. Segundo a pesquisa, a cada 10% de aumento no uso de cartões, a arrecadação de impostos pode aumentar em 1,74 bilhão de reais.
Esse incremento, segundo o estudo, acontece de duas maneiras. Primeiro, com as operações mais formalizadas que as feitas em papel moeda, a possibilidade de evasão de divisas acaba reduzida. Além disso, apontou o estudo, o uso de cartões pode refletir no aumento das vendas do comércio, também contribuindo para uma maior arrecadação.
O estudo buscou revelar o impacto positivo que o uso de cartões pode causar na economia brasileira. Outra conclusão foi sobre a formalização de negócios, que é incentivada para atender consumidores que adotam o pagamento do plástico.
“A aceitação de cartões implica a existência de registros formais e organizados da transação, bem como uma movimentação bancária, o que está associado a uma maior formalização da economia e a inibição de práticas para burlar o pagamento de tributos”, concluiu a pesquisa.

Renda familiar e emprego fazem vendas de supermercados subir 5,8% em 2012


Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O baixo desemprego e o reajuste na renda familiar foram os principais fatores que fizeram com que as vendas nos supermercados atingissem alta de 5,8%. A avaliação é do superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Tiaraju Pires.
“Baixo desemprego, reajuste da renda familiar, que tem crescido acima da inflação, e o próprio salário mínimo, que teve reajuste em janeiro em torno de 14%, impactaram bastante. É dinheiro que entrou em circulação nesse primeiro semestre e que veio, uma grande parte, para o setor de alimentos em supermercados”, disse.
As vendas do setor supermercadista apresentam alta de 5,8% no acumulado de janeiro até julho de 2012, na comparação com o mesmo período de 2011. Em julho, houve recuo de 0,09% em relação ao mesmo mês do ano de 2011 e, em comparação com junho deste ano, foi registrada queda de 0,51%. Os dados, divulgados hoje (28), estão deflacionados.
Julho foi o primeiro mês do ano com variação negativa em relação ao ano passado. O último mês com variação negativa registrada foi abril de 2010. “A nossa avaliação é que [o resultado de julho] é uma situação pontual. A gente tem um cenário ainda extremamente favorável de renda média e nível de emprego e o consumo se mantendo mesmo com esse cenário”, disse o superintendente da Abras
A projeção da entidade é que o setor encerre o ano com alta de 5% nas vendas.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-08-28/renda-familiar-e-emprego-fazem-vendas-de-supermercados-subir-58-em-2012

Consumo de energia cresce 1,4% em julho e Nordeste registra maior expansão


Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil
O consumo nacional de eletricidade registrou crescimento de 1,4% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2011. O total da energia consumida chegou a 35,9 mil gigawatts-hora (GWh).
Os números estão na Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, divulgada hoje (29) pela Empresa de Pesquisa Energética.
Segundo a publicação, o aumento do consumo foi puxado principalmente pelo segmento de comércio e serviços, com 6,6%.
O consumo residencial apresentou crescimento modesto, de 1,7%, enquanto a indústria registrou queda pelo segundo mês consecutivo e ficou em 1,6%.
A Resenha Mensal destaca a expansão do consumo de energia elétrica no Nordeste. A região, que desde o início do ano cresceu 5,8%, superou o desempenho nacional no mesmo período, que foi de 3,8%.
A expansão do consumo de energia na Região Nordeste foi maior também em todos os três segmentos. O industrial cresceu 1,2%, o residencial 6,2% e o comercial 9,1%. No conjunto do país, os índices foram, respectivamente, de 0,9%, 4,6% e 7,3%.

Edição: Beto Coura

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-08-29/consumo-de-energia-cresce-14-em-julho-e-nordeste-registra-maior-expansao

Crescer o investimento


O Brasil precisa voltar a crescer 5% ao ano. Para sustentar esse crescimento já a partir de 2013 terá de aumentar a capacidade produtiva e recuperar o investimento de 25% do PIB que deixamos escapar nos últimos anos. Alcançar esse nível de investimento vai depender fundamentalmente de ações de governo.
O setor privado brasileiro continua a investir mais de 25% de sua renda líquida (PIB, menos impostos) e não mudou nada nos últimos 30 anos. Quem investia e deixou de fazê-lo foi o governo, a União principalmente. Os governos estaduais e municipais melhoraram a poupança após a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O PIB brasileiro cresceu à taxa anual de 7,5% (1948-1980) porque a carga tributária bruta era de 24%, e o investimento público era de 4% a 5%. Por que crescemos nos últimos 30 anos à média anual de 2,8%? A principal razão é que, com uma carga tributária bruta de 35% do PIB, o investimento público se reduziu a 2%!
O governo federal se prepara agora para acelerar o crescimento, mediante investimentos da ordem de 100 bilhões de reais em projetos de infraestrutura, com taxas de retorno capazes de atrair o que há de melhor e mais confiável na engenharia nacional. Nos próximos cinco anos, esses empreendedores vão elevar os investimentos sem sobrecarregar o orçamento federal (no qual não cabe o que já está lá dentro), fazendo crescer a renda e o consumo imediatamente e a capacidade produtiva futura – a produtividade total da economia – quando executados.
Não há dúvida de que o governo da presidenta Dilma está a trilhar o caminho certo, ao trazer a cooperação das empresas privadas para investir não apenas no setor estratégico da energia como também na importantíssima tarefa de desatar os nós da logística, colocando em concorrência os programas de concessões em rodovias, ferrovias e hidrovias e na ampliação das instalações portuárias marítimas ou fluviais.
Para o País crescer realmente é preciso multiplicar os estímulos à participação dos investimentos privados e ampliar os públicos, sem permitir o aumento das despesas de custeio.
A presidenta lida com um sério problema de tentativa de fortes reajustes na remuneração do funcionalismo público, que já recebeu benefícios extraordinários. Sua renda cresceu, nos últimos seis ou sete anos, o dobro do que cresceu o PIB. Tudo bem que o servidor público exerça funções importantes, mas ele precisa entender que há um limite e que a greve coloca a população contra as suas reivindicações. Ele parece não acreditar que a greve possa ter custos, como advertiu o ex-presidente Lula, e pode levar à suspensão do recebimento dos salários.
O governo terá de balancear isso, diante do fato de que, de um lado, estão os 196 milhões de cidadãos brasileiros e, de outro, os 600 mil ou 700 mil funcionários cujos líderes se portam como representantes de uma categoria especial, “exigindo” do governo aquilo que não pode conceder. Se ceder, vai perder o objetivo a que se propôs de voltar a investir nos projetos decisivos para a retomada do crescimento da economia.
O momento exige uma grande responsabilidade do governo, que deve manter o equilíbrio de suas contas para não pressionar a elevação das taxas de juro pelo aumento do déficit fiscal, principalmente. Se desejarmos crescer sem perder a estabilidade, não será possível transigir com as reivindicações abusivas do funcionalismo sindical. Chegou a hora de mostrar com clareza que eles são servidores, não senhores do público.
A presidenta tem razão quando diz que “não se pode brincar com as finanças públicas”. Os 196 milhões de cidadãos brasileiros “excluídos” desses benefícios devem apoiar fortemente, pela palavra e pela ação, a disposição do governo de resistir.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/crescer-o-investimento/