30.9.10

Abate de bovinos retoma patamar anterior à crise internacional, segundo pesquisa do IBGE

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br


Rio de Janeiro - O abate de bovinos registrou no segundo trimestre de 2010 uma alta de 7,2% em relação aos primeiros três meses do ano e de 10% na comparação com o mesmo de período de 2009. É o que revelam os números da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje (30). De acordo com o instituto, o abate de 7,587 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre deste ano confirma a tendência de retomada do crescimento, alcançando o patamar do terceiro trimestres de 2008, antes da crise financeira internacional.

As regiões Sul, com crescimento de 26,1% no número de abates de bovinos, e Centro-Oeste, com mais 12,9%, foram, segundo o IBGE, as que mais contribuíram para a variação de 10% em relação ao segundo trimestre de 2009.

Embora com índices menores, a pesquisa também registrou alta no abate de frangos, com mais 2,4% em relação ao primeiro trimestre e 5,8% frente ao mesmo período de 2009. O abate de suínos, por sua vez, cresceu 3,3% em relação aos três primeiros meses de 2010, e uma alta de 6,6% na comparação com o segundo trimestres do ano passado.

O IBGE também divulgou as pesquisas trimestrais referentes à aquisição de leite, de couro cru bovino e à produção de ovos de galinha. No segundo trimestre de 2010, a aquisição de leite registrou queda de 6,3% em relação ao primeiro trimestre, mas um aumento de 14,2% sobre o mesmo período de 2009. O estado de Minas Gerais foi o responsável por 27,8% dos 4,906 bilhões de litros de leite adquiridos nos meses de abril a junho de 2010.

Já a produção de ovos de galinha permaneceu no segundo trimestre praticamente estável em relação aos primeiros três meses de 2010, ao registrar uma alta de 0,9% e um total de 610,626 milhões de dúzias. Na comparação com o segundo trimestre de 2009, a alta foi de 5,1%.

Com relação à aquisição de couro cru, a alta foi de 7,7% sobre o verificado no primeiro trimestre e de 12,3% na comparação com o segundo trimestre de 2009.

Até setembro, Caixa destina R$ 53 bilhões para financiamento de imóvel

Resultado ficou acima do total registrado no ano passado, de R$ 47 bilhões.
Meta para o ano está mantida em R$ 70 bilhões, diz Caixa

30/09/2010
Fonte: g1.com

A contratação de financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal alcançou R$ 53 bilhões no dia 21 de setembro, R$ 6 bilhões acima do total registrado no ano passado, de R$ 47 bilhões.

A presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, afirmou que a meta para o ano está mantida em R$ 70 bilhões e garantiu que a situação financeira da empresa permite a execução dos projetos pelos próximos dois anos sem a necessidade de novos aportes do Tesouro Nacional (TN), o que ocorreu no final de agosto, quando o TN destinou R$ 2,5 bilhões para a instituição financeira.

"Para os próximos dois anos, temos posição boa para a execução dos projetos. Até porque a Caixa tem outras fontes de recursos", frisou Maria Fernanda, que participou de cerimônia para concessão de crédito para a execução da segunda fase da revitalização do porto do Rio de Janeiro.

A executiva disse ainda que a segunda fase do programa Minha Casa Minha Vida, que prevê a construção de dois milhões de moradias até 2014, tem possibilidade de estar disponível neste ano.

Maria Fernanda explicou que a segunda fase vai incluir não apenas moradias, mas também a integração de projetos de saneamento e áreas de mobilidade urbana, como praças.

Questionada sobre o orçamento para a segunda fase, a presidente da Caixa explicou que ainda não está definido o volume de recursos, mas indicou que na primeira fase foram deslocados R$ 64 bilhões entre recursos do Orçamento Geral da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

"Poderá ser aproximadamente o dobro", disse Maria Fernanda. "Há um processo de negociação para que [a segunda fase] aconteça até o fim do ano", acrescentou.

Minha Casa, Minha Vida

A presidente da Caixa Econômica Federal disse ainda que o governo deve lançar, ainda neste ano, o programa de habitação Minha Casa, Minha Vida 2, para a construção de 2 milhões de moradias. A ideia é que o plano seja executado entre 2011 e 2014, no próximo governo. O orçamento, disse Maria Fernanda, ainda está sendo discutido, mas provavelmente terá o dobro dos R$ 64 bilhões da primeira fase do projeto, que contempla a construção de 1 milhão de moradias.

Recuo da inadimplência de empresas é o maior em 6 anos, diz Serasa

No acumulado de janeiro a agosto, foi o menor percentual desde 2004.
Sobre julho, grandes empresas registraram maior queda na taxa.

30/09/2010
Fonte: g1.com

De janeiro a agosto deste ano, a inadimplência das pessoas jurídicas caiu 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com levantamento da Serasa Experian, essa é o menor percentual desde 2004. Na comparação mensal, sobre julho, a taxa relativa à falta de pagamento recuou 4,2%. Já em relação a agosto do ano passado, houve aumento de 3,8%.

A Serasa atribui o resultado ao fim do ciclo de elevação da taxa básica de juros. "Com juros mais estáveis, as empresas passaram a contar com maior previsibilidade em relação aos seus custos de capital", afirmou, por meio de

Em agosto, na comparação com o mês anterior, registraram maior queda da inadimplências as grandes empresas. Nas médias, a baixa foi de 6,1% e, nas micro e pequenas, de 3,9%. Já na comparação anual, a inadimplência das micro e pequenas empresas foi maior, registrando aumento de 4,1%. As grandes e as médias mantiveram as quedas de 0,4% e 2%, respectivamente.

As dívidas não pagas aos bancos tiveram crescimento de 2,8% no mês. Já os débitos não honrados relativos a protestos tiveram queda de 8,1%, e os cheques devolvidos caíram 4,4%.

Valor das dívidas
De janeiro a agosto, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 4.733,64. Quanto aos títulos protestados, o valor médio foi de R$ 1.635,58. Já os cheques sem fundos tiveram no período um valor médio de R$ 2.034,28.

Banco Central mantém em 7,3% projeção de crescimento da economia neste ano

30/09/2010
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília - O Banco Central manteve a perspectiva de crescimento da economia em 2010 de acordo com o Relatório de Inflação do terceiro trimestre divulgado hoje (30). A projeção estimada de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 7,3%, mesma estimativa registrada no relatório do segundo trimestre.

A estimativa do BC incorpora a perspectiva de que o setor externo deverá exercer contribuição anual negativa de 2,6 pontos percentuais no índice, “hipótese consistente com as perspectivas de maior crescimento da economia brasileira, comparativamente aos principais parceiros comerciais do país”, registra o relatório. Os técnicos do Banco Central também informaram que a atividade econômica seguiu tendência de expansão, embora menos intensa, no segundo trimestre de 2010 e no início do terceiro trimestre.

Outro fator destacado pelo relatório, no item nível de atividade da economia brasileira, é que a recuperação dos investimentos “segue evidenciando as perspectivas favoráveis em relação ao crescimento da economia”. Nesse sentido também são destaque: a redução do valor do dólar sobre os preços de máquinas e equipamentos importados, o desenvolvimento de obras de infraestrutura e as melhores condições de crédito para o setor da construção civil.

Além disso, diz o relatório, “a trajetória do consumo das famílias no restante do ano deverá seguir sustentada pelos crescimentos da massa salarial e da confiança do consumidor e pelas condições favoráveis do mercado de crédito”. Dessa forma, os técnicos do BC concluem que os problemas da economia mundial não deverão exercer impactos significativos sobre “a sustentabilidade do atual ciclo expansionista da economia brasileira”.

Abimaq pede ação do governo para barrar “invasão” de produtos do exterior

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

São Paulo – O setor de máquinas e equipamentos voltou a pedir hoje (29) que o governo adote medidas contra a forte entrada de produtos importados. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, a alta importação, a que ele chama de "invasão", já está gerando desindustrialização e desnacionalização no setor.

“Estamos passando por um processo de desindustrialização e desnacionalização muito rápido. Temos que tomar uma atitude emergencial. Não é proteção, é defesa comercial”, disse.

Segundo dados da entidade, de janeiro a agosto deste ano, o país importou US$ 15,5 bilhões em máquinas e equipamento, 27,7% a mais que no mesmo período do ano passado. Os Estados Unidos, a Alemanha e a China são os principais mercados do setor importador brasileiro.

“Várias empresas do nosso setor, como não conseguem mais competir com os chineses, estão se aliando a eles. Estão trazendo as máquinas prontas, e os componentes, da China e vendendo aqui”, explicou. “O faturamento do setor está se mantendo em função disso, da importação e da revenda no Brasil. Mas esse é o processo de desindustrialização que a gente fala”, completou.

O presidente da Abimaq afirmou ainda que irá se reunir na próxima semana com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir o aumento da alíquota de importação de máquinas e equipamento. Hoje, o imposto é de 14% e os empresários querem que seja aumentado para 35%.

O setor faturou R$ 46,8 bilhões entre janeiro e agosto, 12,8% a mais do que o acumulado no mesmo período de 2009, quando o faturamento atingiu R$ 41,5 bilhões. No entanto, se o resultado de janeiro a agosto deste ano for comparado ao do mesmo período de 2008, quando os primeiros efeitos da crise econômica mundial ainda não eram sentidos no Brasil, a retração foi de 11,8%.

No mês de agosto deste ano, o setor faturou R$ 6,2 bilhões, aumento de 1,9% em relação ao registrado em julho. Na comparação com agosto do ano passado, crescimento foi de 0,87%. Os números foram divulgados hoje pela Abimaq.

Inadimplência das empresas tem a maior queda desde 2004, aponta Serasa

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília - A inadimplência das empresas diminuiu 4,2% em agosto, na comparação com julho, segundo levantamento da empresa de consultoria Serasa Experian. Apesar de um aumento de 3,8% em relação a agosto de 2009, no acumulado do ano, a inadimplência do setor é a menor dos últimos seis anos, com queda de 7,2%. De acordo com série histórica da Serasa, desde 2004 não era registrado um índice tão baixo de empresas inadimplentes.

De acordo com a nota técnica da Serasa, com “o fim do ciclo de elevação da taxa básica de juros, a Selic, com juros mais estáveis, as empresas passaram a contar com maior previsibilidade em relação aos seus custos de capital”.

Na variação mensal, as grandes empresas apresentaram uma situação de solvência melhor, com queda de 11,7% da inadimplência. Entre as empresas de médio porte houve redução de 6,1% e nas micros e pequenas, de 3,9%.

O número de títulos protestados caiu 8,1% e o de cheques devolvidos por falta de fundos, 4,4%. A única elevação foi no caso de dívidas com os bancos (2,8%), que apresentou valor médio de R$ 4.733,64 no acumulado de janeiro a agosto, o que representa alta de 3,6% sobre igual período de 2009.

Nessa mesma base de comparação, o valor médio dos títulos em protesto atingiu R$ 1.635,58 com redução de 8,9%. No caso dos cheques sem fundo, o valor médio subiu 33,1%, alcançando R$ 2.034,28.

Indústria fluminense cresce, amplia empregos e retoma nível pré-crise mundial

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.

Rio de Janeiro - As vendas reais da indústria fluminense se mantiveram estáveis em agosto, com elevação de apenas 0,1% em relação a julho, na série com ajustes sazonais. No primeiro semestre, foi retomado o patamar anterior à crise financeira internacional. Já em comparação com agosto do ano passado, a alta nas vendas foi de 13,9%, de acordo com o boletim Indicadores Industriais divulgado hoje (29) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). No acumulado do ano, a expansão foi de 20,7%.

“Apesar da estabilidade nas vendas reais, os indicadores apresentaram uma combinação interessante para a indústria fluminense: aumento das horas trabalhadas, da utilização da capacidade instalada e do emprego, o que se traduz em expectativa de continuidade do crescimento nos próximos meses, até o final do ano. Principalmente para atender à demanda do comércio varejista”. A análise foi feita pelo chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, à Agência Brasil.

Em agosto, foram gerados no estado 5,8 mil postos de trabalho. O aumento foi de 1,34% em relação a julho, atingindo 9,21% sobre agosto de 2009. No acumulado janeiro/agosto, o crescimento observado foi de 6,5%. Esse foi o 16º mês consecutivo de aumento do pessoal ocupado na indústria do Rio.

As horas trabalhadas evoluíram 2,5% ante julho e 20,6% em comparação a agosto do ano passado, enquanto a utilização da capacidade instalada subiu de 83,7% em julho para 84% em agosto. Nesse mesmo mês do ano passado, o nível de utilização da capacidade era de 80,1%.

O economista da Firjan revelou que o aumento do emprego ocorreu em quase todos os setores industriais fluminenses, com destaque para os segmentos automobilístico e têxtil, que já têm condições de atender às encomendas de fim de ano. “Caracterizam demandas típicas de final de ano: compra de carros e de roupas. Principalmente agora, com a ascensão da classe C, a tendência é que haja um consumo grande de produtos têxteis nas compras de Natal”.

Com o aumento das horas trabalhadas e do pessoal empregado, Mercês estimou que é possível esperar uma ampliação das vendas nos próximos meses. “Esse é um cenário de crescimento das vendas”.

Fiesp estima crescimento de 10% no nível de atividade da indústria este ano

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

São Paulo - A atividade da indústria paulista deve crescer 10% este ano em comparação com 2009, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para o diretor do Departamento de Economia da entidade, Paulo Francini, a atividade industrial deve crescer nos próximos meses em um ritmo mais lento do que o verificado no início do ano, quando as empresas estavam em processo de recuperação da crise financeira internacional. “Começamos a ter como base comparativa meses que foram de recuperação em 2009”, destacou.

No acumulado de janeiro a agosto, o Índice de Atividade da Indústria registrou aumento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2009. A média dos últimos meses de 2010 deve ser de elevação de 0,7%, estimou Francini. Assim, ficaria garantida a alta de 10% no balanço final do ano.

Em agosto, no entanto, a atividade industrial teve uma elevação de apenas 0,4%. Francini admitiu que o número foi “um pouco abaixo” das expectativas, mas disse que a variação é normal e não chegou a surpreender. Dos 17 setores avaliados pela Fiesp, 11 tiveram alta, um ficou estável e cinco caíram.

Entre os que cresceram está o setor de bebidas e alimentos, que teve aumento de 2,1% em agosto, acima da média da indústria como um todo. O economista ressaltou que o bom desempenho deste setor reflete o momento favorável do emprego e da renda dos trabalhadores.

O setor de minerais não metálicos, ligado à construção civil, foi outro que apresentou alta, com crescimento de 2,3% no nível de atividade do mês passado. Francini lembrou que o ramo teve uma ligeira queda em agosto, mas “neste mês se recuperou com folga”.

Uma das mais atingidas pela crise financeira, a indústria de máquinas e equipamentos cresceu 1,6% em agosto e já soma recuperação de 31,9% nos oito primeiros meses do ano, muito superior à média do setor industrial como um todo.

Fiesp estima crescimento de 10% no nível de atividade da indústria este ano

30/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

São Paulo - A atividade da indústria paulista deve crescer 10% este ano em comparação com 2009, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Para o diretor do Departamento de Economia da entidade, Paulo Francini, a atividade industrial deve crescer nos próximos meses em um ritmo mais lento do que o verificado no início do ano, quando as empresas estavam em processo de recuperação da crise financeira internacional. “Começamos a ter como base comparativa meses que foram de recuperação em 2009”, destacou.

No acumulado de janeiro a agosto, o Índice de Atividade da Indústria registrou aumento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2009. A média dos últimos meses de 2010 deve ser de elevação de 0,7%, estimou Francini. Assim, ficaria garantida a alta de 10% no balanço final do ano.

Em agosto, no entanto, a atividade industrial teve uma elevação de apenas 0,4%. Francini admitiu que o número foi “um pouco abaixo” das expectativas, mas disse que a variação é normal e não chegou a surpreender. Dos 17 setores avaliados pela Fiesp, 11 tiveram alta, um ficou estável e cinco caíram.

Entre os que cresceram está o setor de bebidas e alimentos, que teve aumento de 2,1% em agosto, acima da média da indústria como um todo. O economista ressaltou que o bom desempenho deste setor reflete o momento favorável do emprego e da renda dos trabalhadores.

O setor de minerais não metálicos, ligado à construção civil, foi outro que apresentou alta, com crescimento de 2,3% no nível de atividade do mês passado. Francini lembrou que o ramo teve uma ligeira queda em agosto, mas “neste mês se recuperou com folga”.

Uma das mais atingidas pela crise financeira, a indústria de máquinas e equipamentos cresceu 1,6% em agosto e já soma recuperação de 31,9% nos oito primeiros meses do ano, muito superior à média do setor industrial como um todo.

Taxa de desemprego na RMS recua para 16,3% em agosto
30/09/2010
Fonte: sei.ba.gov.br

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) passou de 16,9% em julho para 16,3% em agosto. A informação consta da Pesquisa de Emprego e Desemprego da RMS (PEDRMS), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), em parceria com Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Fundação Seade e Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre). O índice de desemprego na RMS captado em agosto é o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 1996.

O contingente de desempregados foi estimado em 310 mil pessoas no período, portanto seis mil a menos em relação ao mês anterior. Esse comportamento deveu-se ao crescimento do nível de ocupação (40 mil) que foi superior ao das pessoas que passaram a fazer parte da força de trabalho local (34 mil). A economista Ana Margaret Simões, coordenadora da PEDRMS pelo Dieese, observa que a redução dos índices de desemprego tem relação direta com a manutenção do dinamismo econômico do país.

A elevação do nível de emprego em agosto foi determinada pelo acréscimo no contingente de trabalhadores no setor de Serviços (37 mil ou 4,0%), no agregado Outros Setores, que inclui Serviços Domésticos e Outras Atividades, (5 mil ou 4,0%) e na Construção Civil (3 mil ou 2,7%). Por outro lado, houve redução no contingente de ocupados no Comércio (5 mil ou 2,0%), enquanto o da Indústria manteve o mesmo patamar do mês anterior.

O emprego assalariado registrou crescimento (18 mil ou 1,7%) no mês em análise. Esse desempenho decorreu do aumento no nível de ocupação no setor privado (5 mil ou 0,6%) e, em maior magnitude, no setor público (11 mil ou 4,9%). No setor privado, houve acréscimo no contingente de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada (5 mil ou 3,8%), enquanto o dos com carteira assinada permaneceu idêntico ao do mês passado. Houve aumento no contingente de trabalhadores autônomos (16 mil ou 5,3%), no de domésticos (4 mil ou 3,5%) e no do agregado outros, que inclui os empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócios familiares. (2 mil ou 2,3%).

O analista da PEDRMS pela SEI, Luiz Chateaubriand, observa que a redução do desemprego tem vindo acompanhada de aumento no rendimento médio real da população. O economista avalia que grande parte da melhoria da renda vem na esteira do crescimento do salário mínimo, que referencia os proventos da grande parte da população da RMS. O rendimento médio do trabalhador da RMS foi de R$ 1.106 em julho, contra R$ 1.081 verificados em junho – a renda captada pela PEDRMS tem defasagem de um mês em relação aos demais indicadores.

Contingente de desempregados diminui em 57 mil nos últimos 12 meses

Em relação a agosto de 2009, a taxa de desemprego diminuiu intensamente, ao passar de 20,0% para os atuais 16,3% da População Economicamente Ativa (PEA). O contingente de desempregados diminuiu em 57 mil pessoas no período, como resultado da geração de 123 mil ocupações, número superior ao de pessoas que entraram no mercado de trabalho (66 mil). Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 8,4%, passando de 1.468 mil para 1.591 mil pessoas. Observou-se crescimento na maioria dos setores de atividade econômica analisados: Serviços (87 mil ou 9,9%), Construção Civil (20 mil ou 21,1%) e Indústria (16 mil ou 13,8%). Por outro lado, os contingentes dos trabalhadores no Comércio (1 mil ou 0,4%) e no agregado Outros Setores, que inclui os Serviços Domésticos e Outras Atividades (-1 mil ou -0,8%) permaneceram praticamente inalterados.

CrediBahia atende aos empreendedores do município de Gavião

30/09/2010
Fonte: desebahia.ba.gov.br

Um posto destinado a atender aos pequenos empreendedores que já desenvolvem atividades nas áreas de produção, comércio ou prestação de serviços foi entregue pelo CrediBahia, nesta terça-feira (28), ao município de Gavião, integrante da bacia do Rio Jacuípe, distante 242 quilômetros de Salvador.

Com a abertura na nova unidade, que funciona na Rua Irmã Dulce, s/n, no prédio da Secretaria de Agricultura do município, já são 181 unidades em funcionamento em todo o estado, sendo que, neste ano, foram abertos 12 novos postos. No Território de Identidade Bacia do Jacuípe, existem postos nas cidades de Ipirá, Mairi, Nova Fátima, Pé de Serra, Riachão do Jacuípe e Várzea da Roça.

O programa de microcrédito, implantado pelo Governo do Estado em parceria com a Desenbahia, Sebrae e prefeituras, financia investimentos fixos para aquisição de equipamentos novos ou usados, conserto de máquinas; reforma ou ampliação de instalações físicas, capital de giro para compra de mercadorias e matérias-primas, investimentos mistos com capital de giro associado.

As principais vantagens do CrediBahia são os juros baixos - de 1,8%, podendo chegar 1,5% se o empréstimo for pago sem atraso -, com renovação rápida. O cliente tem ainda a possibilidade de aumento de valor, de acordo com as suas necessidades e conforme a capacidade de pagamento do empreendimento.

A Agência de Fomento trabalha com duas modalidades de financiamento. No primeiro são 181 postos em 180 municípios e, de 2002 até agosto deste ano, já foram liberados 66 mil contratos. O valor total financiado atinge R$ 92 milhões. No segundo piso - atuando por meio de outras instituições - o CrediBahia está presente em 31 municípios, destinando recursos para instituições operadoras de microcrédito, entre Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips), cooperativas e bancos populares. Em cada uma, o empréstimo tem sua denominação própria com suas condições específicas e diferenciadas.

Com mais capital, as instituições se fortalecem para ampliar suas atividades e garantir expansão do microcrédito na Bahia. Atualmente, sete instituições operadoras de microcrédito recebem recursos da Desenbahia, entre elas, o Banco do Povo de Vitória da Conquista, o Banco do Povo de Itabuna, e as Cooperativas de Crédito de Serrinha e do Vale do Itapiciru.

Sensor aponta menor inflação e mais empregos em 2010

30/09/2010

Fonte: ipea.gov.br

Expectativas são mais otimistas do que as reveladas no último indicador, referente ao terceiro bimestre do ano

O indicador Sensor Econômico referente ao quarto bimestre de 2010 indica melhora na expectativa do setor produtivo em relação à inflação para este ano. O IPCA de 2010 ficou em 5% ante os 5,5% do indicador anterior. A expectativa em relação à geração de empregos em 2010 também apresentou melhora passando de 1,550 milhão para 1,600 milhão de postos de trabalho.

O crescimento do PIB manteve-se estável em 6,5% assim como a taxa de investimento, que conservou os 15% do PIB já aferidos no indicador anterior. Dados referentes ao comércio exterior brasileiro apresentaram melhora. Comparando o Sensor do terceiro bimestre com o mais recente, a expectativa para as exportações passou de 180 para 185 bilhões de dólares enquanto para as importações, subiu de 160 para 170 bilhões de dólares.

O aumento mais acentuado das importações ante as exportações pode estar relacionado com a taxa de câmbio, para a qual o indicador também apresentou mudança neste bimestre. Enquanto no Sensor do terceiro bimestre ela era projetada em R$1,82 para o final do ano corrente, nesta edição, o dólar foi estimado em R$1,80 para a mesma data.

COFECON e CORECONs questionam presidenciáveis sobre temas econômicos

30/09/2010
Fonte: cofecon.org.br

O Conselho Federal de Economia (COFECON) e os Conselhos Regionais (CORECONs) com o objetivo de debater com maior profundidade as questões econômicas relevantes para o país, enviaram aos 9 presidenciáveis de 2010, no dia 9 de setembro, um questionário com 44 perguntas. Os temas abordados foram: o papel do Estado na economia, velocidade do crescimento, inflação, estrutura econômica, mercado interno e externo, capital estrangeiro e desenvolvimento, finanças públicas, situação cambial, meio ambiente e desenvolvimento regional.
De acordo com economistas, as questões econômicas são citadas, muitas vezes, superficialmente pelos candidatos à presidência da república. O trabalho, que foi organizado pelos economistas da Comissão de Análise de Política Econômica, relata que a economia brasileira tem crescido fortemente nos últimos quatro anos, mas ainda está aquém das reais possibilidades do Brasil. O documento expressa ainda a preocupação com a chamada “doença holandesa”, que é a especialização na produção de commodities agrícolas e industriais, em detrimento de produtos com maior valor agregado e tecnologia.

O COFECON considera que não é cabível que candidatos à Presidência da República esquivem em suas campanhas justamente dos assuntos relativos à política econômica. Desta forma, foi questionado aos candidatos se haverá ou não mudanças na atual cenário político e qual o caminho que tomará o país na próxima gestão.

O COFECON e os CORECONs pretendem divulgar entre os economistas as respostas dos candidatos como contribuição para tornar mais claras, para a classe dos economistas, as intenções de cada um em relação ao desenvolvimento econômico e social do país.

24.9.10

Produção industrial brasileira cresce em agosto

Grandes e pequenas empresas estão com a produção acelerada no segundo semestre

24/09/2010

Fonte:r7.com.br



A produção da indústria brasileira continua em alta, com um aumento da UCI (Utilização da Capacidade Instalada), aos 51 pontos - em uma escala de zero a cem - segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A UCI é um indicador do ritmo da atividade industrial. Quanto maior a pontuação, mais o setor está aquecido, com produção, contratação de trabalhadores e vendas em alta.

Tanto as grandes quanto as pequenas empresas estão com a produção acelerada, segundo a pesquisa. Entre os 26 segmentos analisados, apenas a indústria da borracha registrou queda na atividade em agosto. Em julho, nove haviam apresentado recuo.

Pelo segundo mês seguido, os estoques da indústria ficaram acima do planejado, com o índice em 51,4 pontos em agosto. Entre as pequenas empresas, no entanto, esse indicador ficou em 49 pontos. Isso significa que a produção industrial já prevê a demanda aquecida do final do ano e, por isso, investe nos estoques para atender os consumidores.

A sondagem industrial revela ainda que os empresários continuam otimistas em setembro em relação aos próximos meses. As expectativas são positivas em relação aos aumentos da demanda (61,5 pontos), das exportações (51,4 pontos) e das compras de matérias-primas (59,1 pontos). Na pesquisa, foram entrevistadas 1.603 empresas entre os dias 31 de agosto e 21 de setembro.

Capitalização torna Petrobras segunda maior empresa do mundo em valor de mercado

24/09/2010
Fonte: atarde,.com.br

São Paulo – A Petrobras tornou-se a segunda maior empresa do mundo em valor de mercado com a capitalização para estruturar a exploração do petróleo na camada pré-sal. Após o aporte de cerca de US$ 70 bilhões em seu capital, o valor da estatal no mercado de ações atingiu os US$ 220 bilhões (R$ 337 bilhões).

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, só a companhia norte-americana Exxon vale mais do que a Petrobras. A Exxon tem valor aproximado de US$ 290 bilhões. Mantega disse hoje (24), durante o lançamento da oferta pública de ações da Petrobras, em São Paulo, que o tamanho da empresa tornará viável o plano de investimentos.

Com mais capital, ela passa a ter maior capacidade de endividamento. Assim, poderá captar os US$ 224 bilhões necessários para estruturar a exploração na camada pré-sal, segundo o ministro da Fazenda. “Com mais capital, a empresa pode contrair mais empréstimos e trabalhar menos alavancada”, explicou. “A capitalização ainda deixa a empresa com um caixa de US$ 25 bilhões para investir.”

O ministro disse ainda que são esses investimentos que vão afastar de vez o risco da chamada “doença holandesa” do país. O termo é usado para definir o excesso de dependência de certos países da exportação de seus recursos naturais, como o petróleo.

“A Petrobras hoje é um dos principais agentes de desenvolvimento do país. Boa parte dos seus investimentos é destinada a estimular a indústria nacional”, disse o ministro. “Está afastada do Brasil a maldição do petróleo”, completou.

Capitalização da Petrobras é salvaguarda para riqueza do país, afirma Lula

24/09/2010
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o lançamento da oferta pública de ações da Petrobras para defender a participação do Estado na economia. Em discurso no evento, o presidente disse que um “Estado fraco nunca foi sinônimo de uma iniciativa privada forte”.

Lula afirmou também que a maior participação da União na Petrobras vai garantir que os recursos obtidos com a exploração do pré-sal sejam bem aplicados. “A capitalização é um das salvaguardas criadas pelo governo para evitar que essa riqueza se perca em labirintos de desperdícios e interesses equivocados”, disse, vestido com um jaleco da estatal.

Segundo o presidente, o destino dessa riqueza é “sagrado”. Servirá para estimular o crescimento do país, reduzir a pobreza e também para aumentar a capacidade de investimento do governo. “Sobretudo, trata-se de universalizar a educação pública de qualidade que garanta o mesmo ponto de partida para todos os filhos da nossa terra”, complementou.

Lula ainda falou sobre a expansão do mercado financeiro do país. Lembrou que, em 2003, a Bolsa de Valores de São Paulo movimentava cerca R$ 200 bilhões por ano. Hoje, movimenta R$ 2 trilhões, dez vezes mais.

Ele destacou também que esse crescimento ocorreu durante o seu mandato e a despeito da desconfiança do mercado sobre suas propostas de governo. “Há dez anos, eu passava na porta da Bolsa e as pessoas tremiam de medo. Perguntavam: 'aonde vai esse comedor de capitalismo?'”, disse ele, em tom de brincadeira. “É exatamente esse comedor de capitalismo que participou do momento mais auspicioso do capitalismo”, acrescentou.

Capitalização da Petrobras é salvaguarda para riqueza do país, afirma Lula

24/09/2010
Fonte: agenciabrasil.abc.com.br

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o lançamento da oferta pública de ações da Petrobras para defender a participação do Estado na economia. Em discurso no evento, o presidente disse que um “Estado fraco nunca foi sinônimo de uma iniciativa privada forte”.

Lula afirmou também que a maior participação da União na Petrobras vai garantir que os recursos obtidos com a exploração do pré-sal sejam bem aplicados. “A capitalização é um das salvaguardas criadas pelo governo para evitar que essa riqueza se perca em labirintos de desperdícios e interesses equivocados”, disse, vestido com um jaleco da estatal.

Segundo o presidente, o destino dessa riqueza é “sagrado”. Servirá para estimular o crescimento do país, reduzir a pobreza e também para aumentar a capacidade de investimento do governo. “Sobretudo, trata-se de universalizar a educação pública de qualidade que garanta o mesmo ponto de partida para todos os filhos da nossa terra”, complementou.

Lula ainda falou sobre a expansão do mercado financeiro do país. Lembrou que, em 2003, a Bolsa de Valores de São Paulo movimentava cerca R$ 200 bilhões por ano. Hoje, movimenta R$ 2 trilhões, dez vezes mais.

Ele destacou também que esse crescimento ocorreu durante o seu mandato e a despeito da desconfiança do mercado sobre suas propostas de governo. “Há dez anos, eu passava na porta da Bolsa e as pessoas tremiam de medo. Perguntavam: 'aonde vai esse comedor de capitalismo?'”, disse ele, em tom de brincadeira. “É exatamente esse comedor de capitalismo que participou do momento mais auspicioso do capitalismo”, acrescentou.

IPC-S registra alta em seis das sete capitais pesquisadas

24/09/2010
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 22 de setembro apresentou alta em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O destaque ficou com Brasília, que registrou uma alta de 0,16 ponto percentual, ao passar de uma inflação zero na semana anterior para uma taxa de 0,16% neste levantamento.

Apenas a cidade do Rio de Janeiro teve uma inflação menor nesta semana (0,29%) do que na anterior (0,31%). As demais cidades tiveram as seguintes variações: São Paulo, de 0,73% nesta semana contra 0,59% no período anterior, Salvador, de 0,10% ante variação nula, e Belo Horizonte, de 0,31% ante 0,25%.

Já as cidades de Recife e Porto Alegre tiveram quedas de preços menos acentuadas nesta semana: -0,36% contra -0,43% na semana anterior e -0,08% contra -0,17%, respectivamente. A média nacional do IPC-S foi de 0,40% nesta semana, contra 0,31% na anterior.

O IPC-S mede semanalmente a inflação mensal em sete capitais brasileiras, analisando-se os custos de alimentação; habitação; vestuário; saúde e cuidados pessoais; educação, leitura e recreação; transportes; e despesas diversa

Capitalização da Petrobras é salvaguarda para riqueza do país, afirma Lula

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

24/09/2010

Fonte: agencia.ebc.com.br

São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o lançamento da oferta pública de ações da Petrobras para defender a participação do Estado na economia. Em discurso no evento, o presidente disse que um “Estado fraco nunca foi sinônimo de uma iniciativa privada forte”.

Lula afirmou também que a maior participação da União na Petrobras vai garantir que os recursos obtidos com a exploração do pré-sal sejam bem aplicados. “A capitalização é um das salvaguardas criadas pelo governo para evitar que essa riqueza se perca em labirintos de desperdícios e interesses equivocados”, disse, vestido com um jaleco da estatal.

Segundo o presidente, o destino dessa riqueza é “sagrado”. Servirá para estimular o crescimento do país, reduzir a pobreza e também para aumentar a capacidade de investimento do governo. “Sobretudo, trata-se de universalizar a educação pública de qualidade que garanta o mesmo ponto de partida para todos os filhos da nossa terra”, complementou.

Lula ainda falou sobre a expansão do mercado financeiro do país. Lembrou que, em 2003, a Bolsa de Valores de São Paulo movimentava cerca R$ 200 bilhões por ano. Hoje, movimenta R$ 2 trilhões, dez vezes mais.

Ele destacou também que esse crescimento ocorreu durante o seu mandato e a despeito da desconfiança do mercado sobre suas propostas de governo. “Há dez anos, eu passava na porta da Bolsa e as pessoas tremiam de medo. Perguntavam: 'aonde vai esse comedor de capitalismo?'”, disse ele, em tom de brincadeira. “É exatamente esse comedor de capitalismo que participou do momento mais auspicioso do capitalismo”, acrescentou.

Governo eleva fatia na Petrobras para 48%, diz Mantega

Ministro disse que estatal passará a valer até US$ 220 bilhões.
Autoridades participaram de abertura da maior oferta pública de ações.


24/09/2010
Fonte: g1.com.br

Com a capitalização, o governo federal aumentará a sua participação na Petrobras de 40% para cerca de 48%, afirmou nesta sexta-feira (24) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Antes da operação, as participações somadas da União (32,1%) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES ) (7,7%) totalizavam 39,8%.

"A participação da União, somando BNDES, Fundo Soberano e a União propriamente dita, passa de cerca de 40% para 48% no total", destacou.

O ministro participou de uma cerimônia na BM&FBovespa para marcar o início da oferta pública de ações da empresa. Os papéis da companhia começaram a ser comercializados nesta sexta na Bolsa de Valores de Nova York. A negociação no mercado brasileiro começa na segunda (27) na Bolsa de Valores de São Paulo.

O governo aumentou sua participação na estatal por meio do chamado processo de cessão onerosa de reservas da União em um volume de 5 bilhões de barris, numa operação que envolve títulos públicos.

"A União também não participou em mais do que isso (da oferta) para dar chance também de o setor privado participar, de os minoritários participarem. Todos têm que ter oportunidade, afinal, a Petrobras é um patrimônio da sociedade", disse Mantega.

Segundo ele, não há dúvidas quanto ao fornecimento dos barris comercializados. "Existe um contrato em que não há risco para nenhuma das partes. Se houver excesso de petróleo em relação àquilo que foi vendido, a Petrobras devolve para a União. Se faltar, recebe uma outra área para exploração", explicou.

'Maior capitalização do capitalismo'

Mantega anunciou que a Petrobras arrecadou cerca de R$ 120 bilhões com a capitalização e brincou com o famoso bordão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que "nunca antes nesse país" houve uma operação de tal "magnitude". "É a maior capitalização já feita na história do capitalismo", disse.

A cerimônia foi marcada pelo clima de comemoração e patriotismo. A fachada da Bovespa foi decorada com as cores verde e amarela e a bandeira do Brasil.

O presidente Lula e as outras autoridades presentes vestiram jalecos alaranjados com as estampas da Petrobras e da bandeira do Brasil e capacetes utilizados em plataformas de petróleo. O evento terminou com chuva de papel picado ao som da música "Aquarela do Brasil".

Alavancagem e crédito"O governo praticamente entrou com os US$ 43 bilhões que adquiriu com a venda dos barris", comentou Mantega.

Mantega disse que a operação garantirá o plano de investimentos da Petrobras, no valor de US$ 224 bilhões de 2010 a 2014, e que a capitalização permitirá que a empresa tenha um nível de endividamento menor. Com isso, segundo ele, estará mais apta a captar empréstimos perante o mercado.

"Um dos objetivos da capitalização é que a Petrobras possa tomar empréstimos no mercado, porque parte dos investimentos que ela vai realizar é com empréstimos. Então, como ela tem mais capital próprio, ficará menos alavancada. Ela tem uma relação dívida/patrimônio menor por causa dessa capitalização. Ao mesmo tempo, vai ter caixa também. Vai receber cerca de US$ 25 bilhões."

Questionado, ele disse acreditar que não será necessária uma nova capitalização para garantir empréstimos futuros para a empresa.

Segunda empresa mais valiosa
Mantega anunciou que, com a capitalização, a Petrobras passará a valer até US$ 220 bilhões. Nesse patamar, segundo ele, fica atrás apenas da Exxon, com US$ 290 bilhões. "Por enquanto", acrescentou.

"Hoje o valor de mercado da Petrobras é de cerca de US$ 150 bilhões, e com essa capitalização ela se torna a segunda maior empresa em valor de mercado e passa a ter aproximadamente US$ 215, US$ 220 bilhões de dólares de valor de mercado. Esse recurso é importante porque vai viabilizar os investimentos. Ela [Petrobras] se torna uma empresa mais sólida, com mais caixa".

Mantega afastou a possibilidade de “doença holandesa”, que seria o enfraquecimento da indústria brasileira devido à queda do dólar (fruto da venda da entrada de divisas referente à venda do petróleo).

Citando como exemplo a geração de empregos e o desenvolvimento da indústria, o ministro afirmou que “está afastada a chamada maldição do petróleo”. “É mais apropriado falar em benção do petróleo”, disse.

Brasil é 15º país menos vulnerável à alta dos alimentos, diz estudo

Segundo relatório, Brasil e Argentina podem se beneficiar de um aumento global no preço dos alimentos.


24/09/2010
Fonte: g1.com.br

Um relatório divulgado pelo maior banco de investimentos da Ásia coloca o Brasil como o 15º país menos vulnerável a uma futura alta global nos preços dos alimentos.

O estudo do banco Nomura também cita Brasil e Argentina, dois grandes exportadores de alimentos, como possíveis beneficiados pelo eventual aumento dos preços.

O ranking, que contempla 80 países, coloca a Nova Zelândia como país menos vulnerável à alta global nos preços dos alimentos, com o Uruguai em segundo lugar e a Argentina em terceiro.

O relatório mostra Bangladesh, Marrocos e Argélia como os três mais vulneráveis.

Para estabelecer a lista, o Nomura criou um Índice de Vulnerabilidade de Alimentos, que leva em conta fatores como PIB (Produto Interno Bruto) per capita nominal, a parcela ocupada pela alimentação no consumo das famílias e a participação da exportação de alimentos no PIB de cada país.

Ainda de acordo com o estudo, o Brasil está em 10º lugar na lista dos países em que o preço dos alimentos menos afeta o Índice de Preços ao Consumidor. Os Estados Unidos são o país com menor impacto, enquanto a Índia é o mais afetado.

Previsão de alta nos preços
O estudo do Nomura prevê uma alta nos preços dos alimentos nos próximos anos, considerando fatores como aumento da demanda global, mudanças climáticas, redução nas área cultiváveis, diminuição nos ganhos da atividade agropecuária, especulação e protecionismo.

A solução proposta pelo relatório é aumentar a oferta mundial de alimentos através de um investimento maior em agricultura, da remoção das barreiras comerciais, da reforma das políticas agrárias e do acesso facilitado de serviços financeiros aos produtores.

Os temores com o aumento dos preços dos alimentos levou à convocação de uma reunião extraordinária da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) nesta sexta-feira, em Roma, para discutir o assunto.

Entre os participantes da reunião, estão produtores de grãos da Rússia, país que suspendeu suas exportações de trigo e outros grãos devido à seca.

A notícia gerou temores de que uma nova alta generalizada nos preços de produtos agrícolas pudesse causar uma nova crise de alimentos, como a ocorrida em 2007/2008, que gerou revoltas populares em váris países como Haiti, Indonésia, Egito e Camarões.

União eleva para 48% participação na Petrobras

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil

24/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

São Paulo – A União aumentou para 48% a sua participação no capital da Petrobras com o processo de capitalização da empresa. Antes do aporte de capital, a parcela da empresa que pertencia ao Estado brasileiro era de 40%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (24) que essa participação leva em conta as ações que pertencem ao Tesouro e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “A União não aumentou mais para dar chance aos minoritários”, afirmou o ministro.

Mantega disse também que para aumentar sua participação, o governo investiu cerca de US$ 43 bilhões na empresa. Esse valor é equivalente ao montante pago pela Petrobras na cessão onerosa de barris de petróleo que serão retirados da camada pré-sal.

23.9.10

Interesse de estrangeiros pelo sistema bancário brasileiro foi pouco afetado pela crise

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

23/09/2010

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília - O interesse de investidores estrangeiros no sistema bancário no Brasil tem se apresentado estável ao longo dos últimos anos e foi pouco afetado pelas turbulências da recente crise financeira internacional, segundo o Relatório de Estabilidade Financeira, referente ao primeiro semestre de 2010, divulgado hoje (23) pelo Banco Central (BC).

De acordo com o relatório, do total de 22 aprovações no período de 2006 a 2010 para a constituição de novas instituições bancárias, incluindo-se bancos de investimento, oito são de novos bancos sob controle estrangeiro.

A principal origem de capital ficou concentrada na Europa, com cinco no total. Há dois com capital asiático, sendo um banco chinês e um japonês, e um com participação mexicana. “Tais números demonstram não apenas a importância conferida ao sistema bancário brasileiro, mas também apontam efeitos diferenciados da crise entre as principais instituições financeiras mundiais, e o interesse crescente por parte de instituições asiáticas”, informa o BC.

Segundo o relatório, há atualmente cinco pedidos em exame pelo Banco Central de constituição de bancos com participação estrangeira. São três norte-americanos e dois europeus. “Há ainda número assemelhado de audiências recentes, com perspectiva de formalização de processo proximamente”.

O relatório também mostra que quatro bancos brasileiros têm agência em mais de uma praça no exterior. Há presença de instituições bancárias brasileiras em 14 países: Japão, Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Bahamas, Ilhas Cayman, Espanha, Alemanha, Itália, França e Reino Unido.

“O ingresso de bancos estrangeiros no Brasil e os investimentos bancários brasileiros no exterior realçam a necessidade da integração dos esforços de supervisão entre as áreas competentes dos diversos países, de forma a evitar e/ou mitigar riscos sistêmicos em escala internacional”, diz o relatório.