26.3.11

OMC decide a favor do Brasil em disputa com EUA sobre suco de laranja

  • Linha de produção de suco de laranja em Araraquara, no interior de São Paulo

    Linha de produção de suco de laranja em Araraquara, no interior de São Paulo












GENEBRA, 25 Mar 2011 (AFP) -A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu nesta sexta-feira (25) que algumas taxas antidumping impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de suco de laranja produzido no Brasil violam as leis do comércio internacional.

Em uma demanda apresentada à OMC em 2008, o Brasil denunciou o método utilizado pelos americanos para denunciar dumping no suco de laranja.

O painel de resolução de disputas da OMC aceitou a demanda brasileira em dois pontos, concluindo que os Estados Unidos "agiram de maneira inconsistente" ao aplicar seu polêmico e complexo método de cálculo, chamado de "zeroing".

Segundo as autoridades brasileiras, o "zeroing" permitiu aos Estados Unidos argumentar que o Brasil vendia suco de laranja no mercado americano por um preço abaixo do custo no mercado brasileiro.

Amparando-se nesse mecanismo, Washington podia impor em troca sanções com base no Acordo Antidumping da OMC.

Segundo a decisão do organismo de resolução de controvérsias da OMC "os Estados Unidos agiram de forma incompatível com o artigo 2.4 do Acordo Antidumping" da Organização e, com isso, "anularam ou afetaram as vantagens que esse dava ao Brasil".

A OMC pede em consequência a Washington que se adapte estas medidas às normas do comércio mundial.

Ao apresentar sua demanda, as autoridades brasileiras haviam alegado que a "metodologia ilegal" utilizada pelos Estados Unidos "coloca uma sobrecarga injusta sobre as exportações brasileiras".

Vários países membros da OMC denunciaram os Estados Unidos por esse método de calcular o nível de dumping. A União Europea (UE) ganhou um caso contra Washington por essa questão no ano passado.

Os Estados Unidos indicaram que não concordaram quando Brasil apresentou sua ação e asseguraram que defenderão suas medidas. Mas após esses novos casos as autoridades americanas asseguraram que estudam uma reforma do polêmico sistema.

Nessa decisão, a OMC confirma esse ponto e explica que "todos os membros da organização têm grande interesse que, de forma sistemática, seja encontrada no mais breve prazo uma solução duradoura para o controverso assunto da 'redução a zero'".

Os americanos asseguraram que, "embora o grupo especial (da OMC) tenha decidido contra os Estados Unidos, é importante compreender que o Departamento de Comércio Americano (USTR) já deixou de utilizar o procedimento do zeroing" em alguns casos de antidumping desde 2006, assegurou um porta-voz do USTR.

Além disso, acrescentou, o USTR propôs em dezembro de 2010 mudar esse método de cálculo em outros casos, uma proposta que ainda está submetida a análise.

FONTE: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2011/03/25/omc-decide-a-favor-do-brasil-em-disputa-com-eua-sobre-suco-de-laranja.jhtm

22.3.11

Bolsas da Europa fecham com valorização nesta segunda-feira


O principal índice de ações da Europa atingiu o maior nível em uma semana nesta segunda-feira (21), puxado pelo setor de telecomunicações após a Deutsche Telekom ter vendido sua unidade T-Mobile USA por US$ 39 bilhões, com analistas esperando uma retomada na atividade de fusões e aquisições.

As ações da Deutsche Telekom alcançaram o maior valor em dois anos após seu acordo com a norte-americana AT&T, na maior aquisição do ano. A companhia alemã disse que devolverá capital aos acionistas e que voltará a se concentrar em crescimento orgânico.O FTSEurofirst 300 fechou em alta de 1,75%, aos 1.107 pontos, maior patamar de fechamento em uma semana. O índice STOXX Europe 600 de telecomunicações subiu 3,6%.

"A confiança nas fusões e aquisições vai voltar. As companhias têm balanços saudáveis e fusões e aquisições parecem ser uma forma natural de prosseguir, especialmente para as companhias que podem tomar recursos emprestados de maneira barata", disse Ana Armstrong, presidente da Distinction Asset Management.

Operadores disseram que sinais de progresso na resolução da crise nuclear no Japão também ajudaram a aumentar o apetite por risco, após engenheiros terem restaurado a eletricidade em três reatores da usina de Fukushima.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 1,19%, a 5.786 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,28%, para 6.816 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 2,47%, para 3.904 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,56%, para 21.527 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 2,38%, para 10.574 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 1,48%, para 7.980 pontos.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/indice-europeu-tem-maxima-em-1-semana-por-telecomunicacoes.html

Vendas de casas antigas nos EUA recuam 9,6% em fevereiro


As vendas de casas antigas nos Estados Unidos declinaram 9,6% em fevereiro, depois de três meses seguidos de alta.

A taxa anualizada ajustada sazonalmente ficou em 4,88 milhões de unidades no mês passado, depois de se situar em 5,40 milhões de residências na abertura de 2011. O indicador também teve queda perante fevereiro do ano passado, de 2,8%.

Os dados são da Associação dos Corretores de Imóveis dos EUA (NAR, na sigla em inglês).

'Apesar de taxas de hipotecas acessíveis, o crédito continua um desafio - os compradores de imóveis devem avaliar seu crédito pessoal e a disponibilidade de hipotecas em sua região', observou o presidente da associação, Ron Phipps.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/vendas-de-casas-antigas-nos-eua-recuam-96-em-fevereiro.html

21.3.11

Governo faz corte adicional de R$ 577 milhões no Orçamento

O governo federal fez um corte adicional de R$ 577,1 milhões nas despesas do Orçamento da União em 2011. O Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas do primeiro bimestre de 2011, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento e encaminhado ao Congresso Nacional, prevê um corte total de R$ 50,664 bilhões em 2011.

O relatório explica que foi constatada a necessidade de aumento do empenho das despesas nesse volume adicional de R$ 577,1 milhões, em função da revisão das projeções de receitas. Entre estes fatores estão a diminuição da arrecadação do Imposto de Renda devido à revisão de 4,5% da tabela de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Quando o governo anunciou o corte de R$ 50,1 bilhões no Orçamento, não havia ainda o anúncio da revisão da tabela.

Receita líquida

O Ministério do Planejamento divulgou ainda uma redução nas estimativas de receita líquida (exceto contribuição para a Previdência Social) de R$ 527,1 milhões para 2011. Em relação somente às receitas administradas pela Receita, a redução foi de R$ 511,7 milhões no resultado anual.

Segundo o documento, a nova estimativa incorporou os valores arrecadados em fevereiro, que serão divulgados esta semana, e leva em conta a revisão de 4,5% na tabela progressiva para o cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Inflação e PIB

Apesar do aumento das projeções de inflação pelo mercado financeiro, o governo prevê que o IPCA acumulado em 2011 ficará em 5%. A projeção consta no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas de 2011, encaminhado hoje ao Congresso Nacional. O mercado prevê, na pesquisa Focus divulgada na manhã de hoje, um IPCA bem mais elevado em 2011, de 5,88%. O governo também manteve projeção de 5% de crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) em 2011. A estimativa também é mais elevada que a do mercado financeiro, registrada na pesquisa Focus, de 4,03%.

O relatório reestimou, no entanto, a previsão da Selic (a taxa básica de juros da economia) média, de 10,71% para 11,58%. A projeção de câmbio médio também foi reavaliada, caindo de R$ 1,72 para R$ 1,70. O preço de petróleo médio foi reestimado, subindo de US$ 88,49 para US$ 98,34, com uma alta de US$ 9,85. Já a projeção para o Índice Geral de Preços - disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu de 5,50% para 6,28%.

Fonte: Agência Estado

Petrobras vai aplicar R$ 8,5 bilhões na Bahia até 2014


O anúncio foi feito pelo presidente da estatal, José Sérgio GabrielliO presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou nesta segunda-feira, 21, em Salvador, que a estatal pretende investir US$ 5 bilhões (R$ 8,5 bilhões) na Bahia até 2014. A modernização completa da Refinaria Landulpho Alves e o Terminal de Regasificação de Gás Natural, que será construído na Baía de Todos-os-Santos, são os principais destaques apresentados.

Além do investimento direto da empresa, Gabrielli destacou a possibilidade da participação da cadeia de fornecedores na Bahia. “A Bahia tem toda a possibilidade de crescer, necessita de um pouco mais de investimentos, solucionar os gargalos que possam existir nessa cadeia”, destacou Gabrielli.

A expectativa do secretário de Indústria Comércio e Mineração (SICM), James Correia, é de que o volume de investimentos da estatal na Bahia supere as expectativas.

“Esses US$ 5 bilhões serão superados com muita facilidade. Na minha mesa foi assinado um protocolo de R$ 1,05 bilhão, referente ao Campo de Araças. É um campo onshore, que ainda tem uma grande capacidade de produção”, avaliou Correia.

Para o secretário, o interesse da Petrobras de atrair fornecedores locais ajudará o governo no esforço para garantir o máximo de conteúdo nacional nos investimentos na camada do pré-sal.
Lúcio Távora/Agência A TARDE

Prefeitura organiza expositores para Feira de Economia Solidária

Entre 25 de março e 03 de abril, na ExpoConquista, 70 stands do Grupo de Economia Solidária estarão abertos à visitação.

Todos os anos, a Prefeitura Municipal organiza a Feira da Economia Solidária, que acontece durante a Feira de Exposição Agropecuária de Vitória da Conquista, no Parque de Exposições Teopompo de Almeida. Este ano, serão 70 stands divididos nas áreas de alimentação, artesanato e o setor de serviços que poderão ser visitados entre 25 de março e 3 de abril.

Reconhecendo a importância de garantir este espaço aos expositores, a Prefeitura Municipal ampliou o espaço da feira para 800 m², além de adquirir stands novos. Também oferece todo o suporte, que inclui vigilância, para que a responsabilidade do expositor seja apenas confeccionar o produto e vendê-lo.

O coordenador de Economia Solidária, Geovane Viana, destaca as expectativas positivas para a Feira. “Serão dez dias de comercialização e esperamos um resultado positivo. Durante todo o ano os expositores se preparam e esta é uma excelente oportunidade para os artesãos e pessoas que trabalham com alimentação dos diversos grupos de economia solidária”, afirmou.

Diferentemente da edição anterior, este ano cinco parceiros terão espaço na Feira de Economia Solidária. A Secretaria de Saúde, ofertando serviços como auferir pressão e teste de glicemia; a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, responsável pela fomentação da Associação de Costureiras e o Grupo de Economia Solidária de Itabuna são alguns novos parceiros que estarão presentes, agregando valor à proposta de cooperação e colaboração entre os expositores. O Centro de Atendimento Psicossocial/Caps também terá espaço na feira, apresentando o resultado da oficina de artesanato desenvolvida junto aos usuários do serviço.

O Grupo de Economia Solidária é composto pelo Grupo de Economia Popular/GEP, Associação de Artesanatos Conquistense/AAC, Associação de Economia Solidária Popular/AESP, Associação de Pequenos Empreendedores Conquistenses/ASPEC, Instituto Incluso, entre outras entidades e trabalha com base na solidariedade entre os produtores e artesãos, primando pelo respeito às pessoas, meio ambiente e colaboração entre os agentes envolvidos.

Confira abaixo depoimento de artesãos:

Cláudia Gomes, trabalha com artesanato de reaproveitamento de tecido no GEP há 10 anos. “Nossa expectativa é que seja uma boa feira. Já comemoramos o espaço que a Prefeitura sempre garante, facilitando para nós artesãos porque sozinho ninguém conseguiria expor”.

Maria Elza Batista, Associação de Economia Solidária Popular/AESP. “O prefeito sempre apoia a economia solidária e nos ajuda muito. Estou ansiosa para o início da feira e esperamos a visita e apoio de todos para ver muito artesanato bonito”.

Ivone Costa, Associação de Pequenos Empreendedores Conquistenses/ASPEC. “Grande expectativa para este momento que é muito importante para gente”.

Vanderlaine Santana, presidente da Associação de Artesanatos Conquistense. “O espaço nós já temos, agora esperamos pode fazer bons negócios e que todos consigam atingir seus objetivos. A área de artesanato tem vários chefes de família que sustentam suas casas com a arte e o apoio da Prefeitura ao pequeno produtor artesão tem sido fundamental e espero que continue sempre assim”.

Edna Almeida, do Instituto Incluso, trabalha com alimentação. “Já é
o quarto ano que participo da ExpoConquista e tem sido sempre bom, por isso só tenho a agradecer pela oportunidade que a Prefeitura nos dá e que se tornou uma base pra gente”.

Janete Honorato, lidera o grupo de Frivolitè. “Será a primeira vez que participaremos e temos certeza de que virão bons resultados, pelas vendas e pelos contatos que são firmados nestas oportunidades”.

por: Secom - PMVC

18.3.11

Exportações baianas ultrapassaram US$ 681 milhões no mês de fevereiro

As exportações baianas se recuperaram, em fevereiro deste ano, alcançando US$ 681,3 milhões, o que supera em 29,8% o desempenho registrado em igual mês de 2010. O aumento de preços das ‘commodities’, como petróleo, celulose e cobre, foi responsável pelo crescimento. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

“A escalada dos preços do petróleo, por exemplo, em consequência da crise política nos países do Oriente Médio e no norte da África, acabou se tornando benéfica às exportações do estado. O óleo combustível vendido pela Bahia, principal produto de exportação em fevereiro, ficou em média 14,5% mais caro. Com isso, a Petrobras vendeu volume 77% maior do produto, incrementando as exportações”, explica o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza Cruz.

O mesmo aconteceu com a celulose - em média 7% mais valorizada este ano e principal segmento de exportação no mês passado - e em relação ao cobre, que registrou preços médios 43% acima do apresentado em fevereiro de 2010.

Já as importações tiveram queda em fevereiro, totalizando US$ 364,8 milhões, número 25,5% inferior ao registrado em igual mês do ano passado. Desembarques menores de trigo, cacau e veículos foram os principais responsáveis pela redução das compras externas. Os problemas na produção do Polo Petroquímico - decorrente do apagão no início de fevereiro - também tiveram reflexo nas importações de nafta.

No bimestre, as exportações baianas estão 3,8% inferiores a igual período do ano anterior, alcançando US$ 1,3 bilhão. Já as importações acumulam, no período, US$ 893,8 milhões, 8,1% menores. Mesmo com números inferiores a 2010, o estado apresentou superávit de US$ 388,6 milhões no período, resultado do desempenho das importações inferiores ao das exportações.

Fonte; http://www.comunicacao.ba.gov.br/noticias/2011/03/16/exportacoes-baianas-passaram-de-us-681-milhoes-em-fevereiro-de-2011

Expoconquista 2011 espera movimentar R$ 80 milhões.




O maior evento da região sudoeste foi lançado nessa sexta-feira, 25, no Parque de Exposições. O lançamento contou com a presença de representantes de diversos setores da sociedade e dos poderes legislativo e executivo. Além disso, os principais parceiros da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Vitória da Conquista aproveitaram a oportunidade para firmar suas participações e transmitir suas expectativas para a Expoconquista 2011.

Para Claudionor Dutra, presidente da Coopmac, a expectativa é a melhor possível. Segundo ele, isso é comprovado pela procura por espaços para serem comercializados para stands, inclusive por pessoas de outros estados. “Nós estamos a 30 dias da exposição e praticamente não temos espaços para serem comercializados. Isso é um grande indicativo do que vai ser a Expoconquista”, conta o presidente.

A Cooperativa espera que sejam fechados negócios na ordem de 80 milhões de reais, o que movimenta a economia local. Segundo o prefeito Guilherme Menezes, que prestigiou o evento, Conquista como uma cidade com vocação para o setor de comércio e serviços, tem muito a ganhar com isso. “Até pra quem não vem vender ou comprar a Expoconquista é um espaço privilegiado, um lugar de lazer para toda a família”, lembrou o prefeito.

Entre os parceiros da Expoconquista 2011 figuram nomes como o Banco do Nordeste, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Secretaria de Agricultura e as Associações Comercial e Industrial de Vitória da Conquista. A grande parceria é a do Banco do Brasil, que apresentou, na noite de lançamento, o valor do investimento no evento: 100 milhões de reais.
Fonte: http://economiabaiana.com.br/2011/02/27/expoconquista-2011-espera-movimentar-r-80-milhoes/

Juazeiro é a 1º da Bahia em investimentos para pequenas empresas

No final da manhã desta sexta-feira (18), o prefeito Isaac Carvalho, acompanhado do secretário de Administração e Finanças do município, João da Costa, receberam no Paço Municipal, o gerente regional do Banco do Nordeste (BNB), José Gomes da Costa, o Agente de Desenvolvimento da regional, Jorge Murilo de Carvalho e o gerente de Negócios da Superintendência Estadual da Bahia do BNB, Marcelo Andrade Ferreira.

Na oportunidade, foi apresentado ao gestor municipal a carteira do Banco para o setor público, os dados referente ao CrediAmigo e o volume de negócios realizado entre o Banco e as pequenas e micro empresas do município. Segundo dados da agência regional do BNB, Juazeiro em 2010 registrou o maior volume de negócios da Bahia e o CrediAmigo movimentou a soma de 30 milhões de reais.

O prefeito Isaac Carvalho aproveitou para pedir e reforçar o apoio do BNB na questão do financiamento dos carrinhos padronizados que serão utilizados pelos fretistas do Mercado do Produtor. Os dirigentes do banco informaram que já existem diversos contratos encaminhados e que em breve serão disponibilizados os recursos para os interessados.

Ascom / Juazeiro

Jazida em Maracás tem maior teor de ferro-vanádio do mundo

Quatro depósitos de minério de ferro-vanádio descobertos pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), com teor de vanádio estimado como o mais alto do mundo (1,44%), começam a ser explorados por empresa do grupo canadense Largo Mineração.

O empreendimento já está sendo implementado, tem produção prevista de 5 mil toneladas/ano, e início da produção em 2010. A Vanádio Maracás Ltda foi a vencedora da concorrência pública para extração do minério realizada pela CBPM, empresa vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM).

O ferro-vanádio é o principal insumo para a fabricação de aços especiais de alta resistência, utilizados na fabricação de estruturas de aviões de grande porte, ferramentas, tubos de oleodutos, gasodutos, entre outros usos.

As jazidas descobertas pela estatal baiana se localizam no município de Maracás, a 400 km a leste de Salvador. Além dos royalties pela extração do minério, estimados em R$ 29,7 milhões por ano, a Companhia também detém cotas de participação na empresa que irá explorar o minério de Maracás.

Segundo o presidente da CBPM, Paulo Fontana, as reservas descobertas foram avaliadas em 17,3 milhões de toneladas, com teor médio de 1,44% de vanádio. Até então, o maior teor já descoberto era de apenas 0,4%, encontrado em minas da África do Sul. O depósito baiano será a única mina do minério do Brasil. No mesmo local, foram detectados também platina e paládio.

De acordo com Fontana o investimento para instalação da mina e da unidade de beneficiamento e metalurgia está orçado em R$ 216 milhões. Pelo preço atual do ferro-vanádio (US$ 36/kg), a receita bruta anual do empreendimento será da ordem de R$ 324 milhões.

Fonte: Agecom

Governo da Bahia e Coréia do Sul negociam produção de soja, algodão e milho

O oeste do estado está, mais uma vez, na mira dos investimentos internacionais. A qualidade e a regularidade da produção de grãos na região resultaram na assinatura, nesta quinta-feira (17), do memorando de entendimento entre o governador Jaques Wagner e o presidente da empresa estatal sul-coreana Korea Agro-Fisheries Trade Corp, Young Jê Ha, para a comercialização de soja, algodão e milho.

Um dos pontos centrais do acordo é estabelecer a venda direta destes grãos sem a intervenção de traders (empresas que negociam commodities), o que resultará em aumento de lucro aos produtores rurais. “Queremos firmar um comércio bilateral direto entre produtores e a Coréia do Sul sem intermediadores para ampliar a renda dos produtores e aumentar nossas exportações”, afirmou o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles.

Além do aumento nos lucros, a entrega regular de grãos de qualidade vai explicitar ao mercado asiático a capacidade de exportação da Bahia. “Diante disso, o governo da Coréia do Sul atuará como um facilitador, incentivando empresas asiáticas a abrirem portas para os grãos da Bahia, principalmente na China, país com o qual os sul-coreanos mantêm o maior comércio bilateral”, explicou o secretário.

Outro objetivo previsto no memorando é o investimento sul-coreano na agroindustrialização da Bahia, sobretudo nas cadeias produtivas da soja, milho e algodão na região oeste. Se por um lado, o estado é um dos melhores do mundo na produção de grãos e detém a tecnologia de produção dos mesmos, a Coréia do Sul possui a tecnologia da industrialização e mercado consumidor.

“Este é um dos países que têm os alimentos como estratégias centrais, uma vez que não são autossuficientes na produção alimentícia. Por isso, vemos lá um grande mercado consumidor em potencial”, enfatizou Salles.

Produção

Nos últimos quatro anos, a produção de grãos na Bahia cresceu 51,4%, atingindo a marca de 23,5 milhões de toneladas. Em 2010, o estado alcançou recorde histórico de produção, com 6,73 milhões de toneladas. Hoje o agronegócio representa 24% do PIB, 30% dos empregos gerados e 37% das exportações.

Em 2010, a região oeste apresentou a maior safra de soja de sua história, batendo recordes de produção e produtividade. Lá, a produção dos grãos, pela primeira vez, atingiu a marca de três milhões de toneladas, registrando o volume recorde de 3,213 milhões de toneladas - 28% a mais do que a safra passada, de 2,5 milhões de toneladas. O milho também bateu recordes, com a colheita de 1,5 milhão de toneladas nesta safra - 1,4% a mais do que na anterior.

Foi este contexto favorável que despertou a atenção internacional asiática, culminando com a assinatura do memorando de intenções após dois dias de viagens empreendidas pelos representantes do governo sul-coreano. De acordo com o presidente da Korea Agro-Fisheries Trade Corp, Young Jê Ha, o objetivo da viagem foi conhecer o estado para firmar parcerias comerciais em prol do abastecimento seguro de grãos. “Nesses dois dias, pudemos confirmar realmente que a Bahia está numa fase de crescimento muito rápido e tenho certeza de que, por meio deste relacionamento comercial, poderemos conseguir um resultado muito bom para os dois lados”, disse Young Je.

Bahia é um porto seguro para produção de alimentos

Os presidentes da estatal AT Korea Agro-Fisheries Trade Corporation, Young Je Ha, e da Samsung C&T do Brasil, Choong Ki Jung, visitaram fazendas de soja e de milho, no município de Luiz Eduardo Magalhães, e se mostraram muito animados. “Tive idéia da organização dos produtores e deu para conhecer bem melhor as associações”, disse Young, que espera ver a parceria da Coréia do Sul com o Brasil fortalecida. Seu país importa mais de 70% dos produtos alimentícios, chegando a 14 milhões de toneladas por ano só de milho e soja.

O secretário Eduardo Salles disse que a agropecuária baiana vivencia um momento de “extrema importância” porque os investidores do setor alimentício de todo o mundo veem a Bahia como um porto seguro para a produção de alimentos. “Possuímos a tecnologia de produção, e eles a experiência de industrialização e o mercado final. Temos que aproveitar esse momento, dar condições aos empresários que querem investir na Bahia para que os investimentos sejam concretizados, agregando valor aos nossos produtos, gerando empregos e renda no interior do estado”.

Salles defendeu um modelo de parceria onde os empresários investirão para implantar agroindústrias e os produtores, organizados em cooperativas ou associações, entrarão com a matéria prima, gerando resultados positivos para todos. Segundo o prefeito de Luiz Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, essa seria mesmo a melhor alternativa de parceria. Ele entende que os grãos produzidos no oeste continuarão sendo exportados porque a agroindustrialização da região é a meta do município. “Nós temos condições competitivas para receber os investimentos dos empresários da Ásia”.

Empresários visitam porto

Depois de conhecer a produção de grãos no oeste baiano, os executivos coreanos, acompanhados pelo superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Jairo Vaz, conheceram a estrutura do Terminal Portuário de Cotegipe. “A Coréia do Sul depende da importação de grãos e o Brasil, com destaque para a Bahia, é grande produtor. Essa parceria vai funcionar. Estamos com interesse de participar nesses investimentos e na expansão da infraestrutura”, afirmou o presidente da Samsung, Choong Ki Jung.

O vice-presidente do Terminal Portuário de Cotegipe, Sérgio Farias, mostrou à comitiva como funciona o porto por onde escoa grande parte da produção de grãos, considerado o mais moderno da Bahia e o de maior crescimento do estado. “Já visitamos outro estado do Brasil, mas acredito que fecharemos negócios aqui na Bahia”, disse Ki Jung.

C-port

Construído em janeiro de 2004, o Cotegipe (C-port), localizado na Baía de Aratu, com capacidade total para armazenar seis milhões de toneladas, iniciou a operação em 2005. Numa área de 120 mil metros quadrados o C-Port realiza o escoamento da produção de soja do oeste baiano e recebimento de trigo para o moinho M. Dias Branco. Até agora, opera com dois berços totalizando 520 metros para navios de até 75 mil tpb. Trigo, soja e farelo de soja são algumas das cargas exportadas pelo porto.

Fonte: Agecom

Grupo chinês vai investir R$ 4 bilhões na área de grãos em Barreiras

Depois de dois anos de estudos de viabilidade econômica, o Chongqing Grupo de Grãos vai se instalar no estado e anunciou investimentos de R$ 4 bilhões no município de Barreiras, a 880 quilômetros de Salvador, no Oeste baiano. Nesta sexta-feira (18), em Salvador, a comitiva chinesa esteve reunida com representantes do governo estadual. No encontro, realizado na sala de reuniões da Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), o secretário da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Eduardo Salles, representou o governador Jaques Wagner.

Na oportunidade, Salles reiterou a disponibilidade do Estado em dar condições para que o Chongqing inicie a construção da indústria de beneficiamento de soja. “Vocês escolheram a melhor região do Brasil para realizar o empreendimento. Temos ali os maiores índices de produção do mundo. São mais de um milhão de hectares de área plantada de soja”. Segundo o secretário, em 2010, a Bahia ampliou a relação com a China, inclusive com a instalação de um escritório naquele país. “Nos últimos anos, realizamos várias visitas à China, com a intenção de estimular esse comércio bilateral”.

Em 11 de abril, o governador acompanha a presidente Dilma Rousseff em viagem oficial à China. “Será uma oportunidade para assinarmos o protocolo de intenções. O governador se prontificou em encontrar com os representantes do grupo durante a viagem”, explicou o secretário.

Os itens que vão compor o protocolo de intenções serão ajustados pelo superintendente de Indústria e Mineração, Paulo Guimarães, da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), e pelo subgerente-geral do Chongqing, Wang Jianjun. “O próximo passo será a apresentação, por parte da empresa, no formato padrão do Estado, dos dados efetivos do projeto, como o número de empregos gerados, para que possamos montar o protocolo. O tipo de incentivo fiscal que eles têm direito por lei já está definido. Para que eles tenham direito à redução de impostos na importação de equipamentos, é preciso a assinatura do protocolo”, disse o representante da Sicm.

O presidente do Chongqing, Hu Julie, afirmou que já esteve reunido com o governador em duas ocasiões. “Com o apoio das secretarias estaduais e da prefeitura de Barreiras, nosso projeto está andando muito bem”. Para o empresário chinês, os projetos contemplam várias áreas do agronegócio, como o processamento (beneficiamento) de alimentos, armazenagem de grãos e logística. “Para atingir nossa meta, construiremos um polo industrial em Barreiras com capacidade de esmagar 1,5 milhão de toneladas, refinar 300 mil toneladas e armazenar 400 mil toneladas de grãos”.

Durante a reunião, a prefeita de Barreiras, Jusmari Oliveira, confirmou a doação de um terreno para construção do complexo industrial. “Estamos disponibilizando uma área de 100 hectares fora da zona industrial de Barreiras. Escolhemos um local que não ficasse totalmente fora da cidade, mas também próximo da ferrovia. Nossa ideia é fazer dessa nova área um novo distrito industrial de Barreiras”.

Complexo Intermodal Porto Sul


Indagado pelos executivos chineses sobre a logística para o escoamento dos produtos, o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, falou do empenho do Estado para viabilizar o Complexo Intermodal Porto Sul, que inclui a Ferrovia Oeste-Leste. “O Estado está preocupado com o desenvolvimento do Oeste baiano. Estamos trabalhando para implantar a primeira etapa da estrada de ferro que liga a região”.

A prefeita de Barreiras declarou que o projeto vai contemplar os pequenos produtores rurais. “Esse empreendimento muda totalmente a realidade econômica e social da nossa região. Os agricultores poderão ampliar suas áreas de produção, uma vez que o grupo vai investir recursos em financiamento de produção e garantir a comercialização”.

Segundo ela, inicialmente, serão gerados 300 empregos diretos, e quando estiver em pleno funcionamento, dentro de dois anos, poderá chegar a mil empregos diretos. “É um investimento que atrai outros. Onde a China investe, outros países também querem investir. Com a notícia que demos do investimento do Chongqing no Brasil, fomos procurados pelo Royal Group, dos Emirados Árabes. O Brasil tem buscado investimentos chineses, e a Bahia sai na frente com esse investimento de tamanha envergadura”, ressaltou Jusmari. O presidente da Desenbahia, Alberto Petitinga, também participou da reunião.

Fonte: Agecom

16.3.11

Especialistas dizem que crise no Japão chega ao Brasil

O terremoto e o tsunami no Japão atingiram também a Bolsa de Valores local. A Bolsa japonesa afundou 10,55% na terça-feira, sob ameaça de desastre nuclear (hoje, avançou 5,68%). Para o investidor estrangeiro tanto faz onde está o problema. O fato é que ele existe. Então, o aplicador internacional foge dali. Daí a queda.

E essa queda no valor das ações pode afetar o Brasil? Para quem acompanha o mercado financeiro, sim. “O Japão foi responsável por 11% das vendas da Vale do ano passado”, diz Pedro Galdi, estrategista-chefe da corretora SLW.

Por outro lado, a crise é sinal de oportunidade. “Os japoneses vão precisar de aço, minério de ferro, cimento, petróleo, gás, combustível. Empresas como Gerdau, Aço Minas, Brasil Foods, Duratex e a própria Vale podem exportar mais”, afirma Galdi.

Mas assim como as empresas brasileiras pensam desta maneira, o resto do mundo também está de olho no Japão. “Serão gastos cerca de US$ 183 bilhões na recuperação do país. Vai ter investimento para muita empresa”, diz Galdi.

Para ele, os “day traders”, ou seja, investidores que compram e vendem ações várias vezes por dia, devem ficar atentos, pois deve haver muita oscilação na Bolsa brasileira.

Quem pensa no longo prazo pode se beneficiar, porque, segundo Galdi, a China vai continuar crescendo e os Estados Unidos estão se reerguendo. “E em seis meses o Japão volta a ser o que era antes.”

Para o analista da corretora Socopa, Osmar Camilo, a catástrofe no Japão está afetando todos os mercados internacionais. “Ela trouxe desequilíbrio aos mercados de commodities (matérias-primas) e semicondutores, dos quais o país tem quase um terço da produção mundial”, afirma Camilo.

Segundo ele, a grande questão é a Vale, cujas exportações dependem dos japoneses. “No curto prazo, as vendas serão interrompidas, mas vão se normalizando no futuro”, diz Camilo.

Influência

Para o educador financeiro Mauro Calil, além de afetar a Bolsa brasileira, a crise japonesa também pode abalar a economia brasileira. “Mas os japoneses vão se reerguer rapidamente. E os investidores estrangeiros logo voltarão”, afirma Calil.

A sócia da Kodja Investimentos Claudia Kodja afirma que os investidores estrangeiros, aliás, foram bem rápidos. “Numa economia globalizada, o clima de incertezas é suficiente para espantar os investidores”, diz Kodja.

Fonte: http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimas-noticias/2011/03/15/especialistas-dizem-que-crise-no-japao-chega-ao-brasil.jhtm

Leis trabalhistas do Brasil são arcaicas e contraproducentes, diz 'Economist'

Código trabalhista prejudicaria igualmente empresas e trabalhadores


As leis trabalhistas do Brasil são arcaicas, contraproducentes e oneram tanto empresas quanto trabalhadores, diz uma reportagem da revista britânica The Economist que chegou às bancas nesta sexta-feira.

A reportagem, intitulada Employer, Beware (Empregador, Cuidado), afirma que as leis trabalhistas brasileiras são ''extraordinariamente rígidas: elas impedem tanto empregadores como trabalhadores de negociar mudanças em termos e condições, mesmo quando há um acordo mútuo".

Para a revista, a legislação incentiva trabalhadores insatisfeitos a tentar que sejam demitidos em vez de pedir demissão.

Esse ciclo, acrescenta a Economist, induz também empresários a preferir não investir em treinamento de seus funcionários, já que esse é um investimento que pode não dar retorno.

De acordo com a publicação, as leis trabalhistas do Brasil são ''uma coleção de direitos de trabalhadores listados em 900 artigos, alguns escritos na Constituição do país, originalmente inspirados no código trabalhista de Mussolini''.

A reportagem diz que o conjunto de leis é custoso e que ''demissões 'sem justa causa'' geram multas de 40% sobre o que um trabalhador recebe", acrescentando que nem ''um empregado preguiçoso ou um empregador falido constituem 'justa causa'".

Custos

O artigo comenta que, em 2009, um total de 2,1 milhões de brasileiros processaram seus empregadores em cortes trabalhistas. ''Estes tribunais raramente se posicionam favoravelmente aos empregadores. O custo anual deste ramo do Judiciário é de de mais de R$ 10 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).

De acordo com a Economist, ''empresários há muito reclamam que essas onerosas leis trabalhistas, juntamente com elevados impostos sobre os salários, impedem-nos de realizar contratações e os empurram para fazer pagamentos por debaixo dos panos, isso quando esses pagamentos são feitos''.

O passado sindical do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representava, no entender do empresariado brasileiro, uma esperança de que ele estaria mais bem situado que seus predecessores para persuadir trabalhadores a aderir a regras mais flexíveis que seriam melhores para eles.

Mas a publicação britânica acrescenta que os escândalos que abalaram o primeiro mandato de Lula impediram a implementação desta e de outras reformas.

Fonte:

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2011/03/11/leis-trabalhistas-do-brasil-sao-arcaicas-e-contraproducentes-diz-economist.jhtm

Mercado europeu tem menor fechamento do ano após terremoto

Índice das principais ações européias, FTSEurofirst 300, caiu 0,8%.

Indicador chegou aos 1.123 pontos, menor patamar desde 31 de dezembro.

As bolsas de valores da Europa tiveram o menor fechamento de 2011 nesta sexta-feira (11), após o terremoto que abalou o Japão e reduziu ainda mais o apetite por risco do investidor, com as ações de companhias de seguros entre as mais afetadas.

Também contribuíram para a aversão a risco a intensificação dos conflitos civis no mundo árabe e preocupações sobre a crise de dívida soberana na zona do euro, enquanto líderes do bloco se reúnem para tentar resolver os problemas fiscais da região.

O índice das principais ações europeias, o FTSEurofirst 300, encerrou em queda de 0,8%, aos 1.123 pontos, o menor nível de fechamento desde 31 de dezembro de 2010.

"Há uma rotação voltando-se para ativos defensivos, no curto prazo eu acho que o mercado pode continuar vulnerável", disse Colin McLean, diretor do grupo SVM Asset Management, em Edinburgh, que administra cerca de 650 milhões de libras em ativos.

"O terremoto japonês teve um impacto direto sobre as seguradoras, mas os investidores também estão preocupados sobre questões como o que vai acontecer com o fundo de estabilidade europeu e se outros países podem ser rebaixados."

As companhias de seguros tiveram o maior prejuízo, com o índice STOXX Europe 600 de seguros caindo 2,1%. Munich Re, Swiss Re, Hannover Re e o grupo francês Scor perderam entre 3,5% e 5,3%.

Mercados
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,28%, a 5.828 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,16%, para 6.981 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,89%, para 3.928 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1%, para 21.863 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,36%, para 10.398 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,27%, para 7.896 pontos.

FONTE: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/mercado-europeu-tem-menor-fechamento-do-ano-apos-terremoto.html

15.3.11

Lupi diz que Brasil vai 'ganhar mais do que perder' com tragédia no Japão

Ministro lamentou desastre e disse que 'não deseja a tragédia de ninguém'.
Segundo ele, haverá maior demanda por cimento, minério e alimentos.


O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, lamentou nesta terça-feira (15) a tragédia no Japão, país que foi fortemente atingido por um terremoto e um tsunami na semana passada, mas, ao ser questionado pelos jornalistas sobre o impacto na economia brasileira, avaliou que, em termos de trocas comerciais, o Brasil vai "ganhar mais do que perder".

"O Brasil vai acabar, apesar de não desejarmos tragédia para ninguém, até ganhando. Acho que vai ter mais encomenda do que desistência", declarou ele a jornalistas.

Segundo a Polícia Nacional japonesa, o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão na última sexta-feira (11) deixaram até as 12h desta terça-feira, 3.373 mortos e 6.746 desaparecidos. Segundo o balanço, há ainda 1.897 feridos. o balanço anterior falava em 2.414.

Além dos desaparecidos, desabrigados e feridos pelo terremoto e tsunami, o Japão ainda enfrenta uma crise nuclear, com explosões nos reatores do complexo de Fukushima. Dados japoneses indicam que os índices de radioatividade caíram drasticamente na usina nuclear mais danificada pelo terremoto da semana passada, disse a agência nuclear da ONU nesta terça-feira.

Segundo Lupi, pode ser que, em um primeiro momento após a tragédia, ocorram mais desistências do que encomendas do país asiático.

"Pode ser até que no começo tenha uma encomenda menor. Mesmo assim demora [para ter impacto nas exportações brasileiras]. Não é de um dia para o outro. As encomendas são feitas com muita antecedência. É o mesmo prazo que vai ter para que se recupere a economia japonesa", disse ele.

Na avaliação do ministro do Trabalho, a crise no Japão vai ter o efeito de aumentar exportações brasileiras de alguns produtos para o país.

"Vai ter setores de energia, pois quase 25% de energia é nuclear. Vai diminuir a produção industrial. Por outro lado, vai ter que reconstruir parte do país. Continuamos produzindo minério, cimento e alimentos", declarou ele.


Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/03/lupi-diz-que-brasil-pode-ganhar-mais-do-que-perder-com-tragedia-no-japao.html

Brasil gera recorde de 280 mil empregos formais em fevereiro

Brasília - O número de empregos com carteira assinada gerados em fevereiro deste ano chegou a 280,799 mil e atingiu o recorde para o mês, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O recorde anterior foi registrado em 2010, quando foram criados 209,4 mil.

A quantidade de vagas criadas em janeiro também foi revista para cima, passando de 152 mil para 168 mil, já que o ministério incorporou aos dados do mês as declarações de contratações feitas pelas empresas fora do prazo estipulado pela pasta. Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com o ajuste de fevereiro, que só será divulgado em março, o total de empregos criados no mês passado vai superar 300 mil.

De acordo com Lupi, o recorde de fevereiro se deve, principalmente, aos preparativos para o Carnaval. "Em fevereiro, tivemos praticamente o mês inteiro sem interrupções, sem feriados, e gente contratando para trabalhar durante o Carnaval", disse. Com isso, o resultado para o primeiro bimestre do mês também atingiu o maior nível bimestral medido pelo Caged, com 448,7 mil vagas criadas. O recorde para os dois primeiros meses do ano foi registrado no ano passado, quando foram registrado 390 mil novas vagas.

No mês passado, o País registrou recorde de contratações (1,7 milhão) e também de demissões (1,5 milhão), o que determinou a maior alta já medida pela pasta no pagamento de seguro-desemprego. "A alta rotatividade do mercado de trabalho brasileiro aumenta também a quantidade de demissões. Como o mercado está ofertando mais empregos, os trabalhadores passam a procurar empregos que remuneram mais", afirmou.

Segundo Lupi, a comemoração do Carnaval em março, não em fevereiro como tradicionalmente acontece, teve influência positiva principalmente no setor de serviços, que gerou 134,3 mil empregos, a maior marca já registrada pelo Caged. Com destaque para o setor de serviços de alojamento e alimentação, que, sozinho, criou 33 mil vagas, também maior alta já medida pelo Ministério do Trabalho.

Em março, a quantidade de empregos gerados deve surpreender, segundo o ministro do Trabalho. De acordo com Lupi, o ensino, a construção civil e a indústria de transformação devem impulsionar a alta na criação de empregos com carteira assinada para o mês. O ministério mantém a previsão de gerar 3 milhões de vagas formais em 2011.


Fonte : http://odia.terra.com.br/portal/economia/html/2011/3/brasil_gera_recorde_de_280_mil_empregos_formais_em_fevereiro_150788.html

Japão tenta evitar pânico nos mercados sobre crise nuclear

Os líderes japoneses tentavam na terça-feira acalmar o pânico dos mercados financeiros, num momento em que a crise nuclear agrava a situação da economia atingida pelo terremoto e tsunami da última sexta-feira.

A Bolsa de Tóquio chegou a registrar uma queda superior a 14% depois das explosões em dois reatores da usina nuclear de Fukushima, que levou o primeiro-ministro Naoto Kan a advertir a nação, em tom sombrio, de que os níveis de radiatividade se tornaram "significativamente" mais altos.

Mesmo antes dos dramáticos acontecimentos desta terça-feira, os economistas já estimavam que os custos de recuperação e reconstrução atingiriam pelo menos US$ 180 bilhões, ou 3% do PIB do Japão, terceira maior economia mundial. Outros sugeriram que o custo poderia chegar a 5% do PIB.

O país vive sua maior crise desde a Segunda Guerra Mundial, e os dirigentes pediram calma aos mercados.

"A produção do Japão e seu poder econômico não caíram. Acho que a confusão do mercado vai se acalmar em um curto espaço de tempo", disse o ministro da Economia, Kaoru Yosano, numa entrevista coletiva.

Ele disse que não há motivos para fechar os mercados de Tóquio, mas reconheceu que o governo e o banco central do país precisam "aliviar a ansiedade do público e dos investidores".

Yoshihiko Noda, ministro das Finanças, afirmou que queda da Bolsa foi uma reação a "fatores temporários".

A explosão em dois reatores da usina de Fukushima, atingida pelo terremoto de sexta-feira, é o mais grave acidente nuclear no mundo desde a catástrofe de Chernobyl (Ucrânia) em 1986. O governo recomendou que as pessoas não saiam de casa num raio de 30 quilômetros em torno da usina.

"Houve um incêndio no reator número 4, e os níveis de radiação na área circundante tem aumentado significativamente. A possibilidade de vazamento radioativo ainda está aumentando", disse Kan no seu pronunciamento.

"Estamos fazendo todos os esforços para evitar que o vazamento se propague. Sei que as pessoas estão muito preocupadas, mas gostaria de pedir-lhes que ajam com calma."

Mas os mercados refletiram o crescente medo com o risco da radiação, que se soma ao trauma causado pelo terremoto de magnitude 8,9 e pelo tsunami subsequente.

No fechamento do pregão de terça-feira, as ações da empresa Tepco, operadora da usina, estavam num patamar 42% inferiores ao de sexta-feira. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, teve queda de 10,5%, a maior desde outubro de 2008, no auge da crise financeira global. As empresas japonesas perderam mais de US$ 600 bilhões em valor de mercado desde sexta-feira.

"Todo o foco está na crise nuclear. Na situação em que a crise parece piorar, os investidores estrangeiros e operadores de fundos nacionais estão abandonando os papéis japoneses", disse Hideyuki Ishiguro, supervisor da corretora Okasan Securities, em Tóquio.


Fonte : http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2011/03/15/japao-tenta-evitar-panico-nos-mercados-sobre-crise-nuclear.jhtm

14.3.11

Conheça a história do Orçamento Participativo em Vitória da Conquista

Boa Tarde - Vitória da Conquista - BA, 16:38:58
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Notícia Postada em 11/03/2011 as 09:41 hs
por: Secom - PMVC
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O Orçamento Participativo /OP de Vitória da Conquista nasceu na primeira gestão do prefeito Guilherme Menezes, que conheceu as experiências bem-sucedidas de cidades como Porto Alegre, Maringá e Santos.

Logo ao assumir o Governo Municipal, em 1997, o prefeito Guilherme Menezes e sua equipe tomaram medidas para que os moradores tivessem a chance de participar da administração da cidade.

Os primeiros encontros foram realizados entre os meses de julho e setembro de 1997, com a participação de 1.345 pessoas em plenárias realizadas em todo o município. Oitenta e seis delegados foram eleitos para o I Congresso do Orçamento. Foi a primeira vez que a população se reuniu para discutir e decidir sobre a utilização dos recursos de maneira participativa.

“Quando iniciamos, a população não tinha conhecimento sobre o orçamento da Prefeitura. Naquela ocasião, uma das primeiras medidas tomada pelo governo foi abrir as contas públicas para a população. Mostramos como os recursos chegam até a gente, como aplicamos as verbas, enfim, houve uma democratização do conhecimento”, disse o secretário de Governo, Edwaldo Alves, segundo quem “o OP abriu uma janela para a população”.

1º Congresso - No primeiro Congresso, ainda sofrendo com o peso dos problemas herdados das administrações passadas, a comunidade não pôde indicar obras. Era preciso, primeiro, arrumar a casa. As diretrizes definidas pelos delegados ajudaram o Governo Municipal nessa tarefa inicial. A primeira gestão do prefeito Guilherme Menezes conseguiu equilibrar as contas, organizar a Prefeitura e investir em ações que beneficiaram a maioria da população. Entre as decisões tomadas pelos moradores, estavam prioridades relacionadas à educação, saúde, infraestrutura e emprego e renda.

2º Congresso - O segundo congresso foi promovido em 1999, num ato de coragem política a Prefeitura destinou 1 milhão de reais para que os delegados do Orçamento Participativo decidissem, de forma autônoma, onde e como deveriam ser aplicados. E assim aconteceu. Divididos em zonais (leste, oeste e rural), os moradores definiram obras e carimbaram verbas.

Depois, as pessoas envolvidas no Orçamento Participativo foram percebendo que destinar uma determinada quantia para uma obra, na maioria das vezes, não dava certo. É que o valor da obra, freqüentemente, ultrapassava o que estava no papel. Por isso, a metodologia foi mudada. Ao invés de indicar obras com valores definidos, a comunidade passou a indicar os setores e as obras que devem receber investimentos da Prefeitura. Fica mais fácil e eficiente.

Nessa época, já era possível apurar os primeiros resultados do Orçamento Participativo. Os moradores dos bairros Alto Maron, Pedrinhas e Petrópolis, por exemplo, reivindicaram, na plenária de 1999, a pavimentação das ruas da Corrente e Padre Anchieta. Com a conclusão dos trabalhos, eles avaliaram a forma como foi resolvido o problema. “O Orçamento Participativo é uma maneira de a população participar e decidir na Administração Municipal, coisa que não acontecia em outros anos”, afirmou Inês Maria de Andrade Santos, moradora do bairro Alto Maron.

Benefícios concretos - As intervenções indicadas pelo Orçamento Participativo vão desde a construção de escolas até o patrolamento de estradas na zona rural. Ainda na primeira gestão, entre os anos de 1997 e 2000, os bairros Vila Serrana Bruno Bacelar e Lagoa das Flores foram atendidos com a implantação de escolas. Em Caiçara, a comunidade optou pela reforma do posto de saúde. Em Cercadinho, a Prefeitura ampliou a Escola Antonio Machado Ribeiro. Várias ruas foram asfaltadas nos bairros Guarani, Panorama, Conquistinha, Petrópolis e Pedrinhas.

Participação crescente - No ano 2000, mais de 3 mil pessoas participaram das reuniões do OP, resultando na eleição de 379 delegados. O Orçamento Participativo se consolidou como um dos maiores instrumentos de controle social da Administração Municipal, permitindo à população conhecimento, crítica, realização e influência sobre as ações implementadas em Vitória da Conquista. Com a experiência, a metodologia das reuniões e das decisões foi sendo melhorada, de forma a contemplar melhor as diretrizes apontadas pelos delegados durante os congressos.

Nos anos posteriores, o Orçamento Participativo continuou sendo um dos mais importantes espaços de participação popular já criado por uma administração pública na cidade. Cada plenária, cada congresso, cada reunião de acompanhamento das ações, cada fórum é uma aula de cidadania.

O coordenador do OP, Rivaldo Gusmão, que também já foi conselheiro de bairro, lembra que o Orçamento Participativo carrega em sua essência uma discussão sobre a importância da democracia, da participação popular e da solidariedade. “A gente percebe como esses debates fomentaram a união entre as pessoas em prol de um mesmo objetivo. Muitas vezes delegados de outros bairros traziam para as reuniões problemas maiores que os nossos. Num gesto muito sensível, os moradores abriam mão do recurso para uma reforma no muro da escola e atendiam o bairro vizinho, que necessitava daquela verba para uma construção de uma unidade de saúde. Quando, senão nesta Administração, foi possível fazer isso?”, questiona.


Fonte: http://www.pmvc.com.br/v1/pmvc.php?pg=noticia&id=6231