31.10.11

Perspectiva de crescimento para próximas décadas é boa, diz Tombini

Presidente do BC reafirmou que Brasil está preparado para crise. País tem economia dinâmica e sistema financeiro sólido, afirmou. 


Alexandre Tombini fala na Câmara nesta quinta-feira (5) (Foto: Agência Câmara) 
Alexandre Tombini, em imagem de arquivo 
(Foto: Agência Câmara)

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reafirmou nesta segunda-feira (31) que a economia brasileira está preparada para enfrentar o cenário de crise internacional. Durante encontro da Associação Brasileira de Bancos Internacionais, em São Paulo, Tombini apontou que o país tem hoje uma economia dinâmica, com mercado doméstico forte, classe média em expansão, e sistema financeiro sólido.
“Tudo isso se traduz em boas perspectivas para o crescimento econômico nas próximas décadas. Possuímos atualmente 'colchões' de liquidez tanto em divisas internacionais quanto em reais, o que nos dá mais tranquilidade para enfrentar esse período adverso da economia internacional”, disse ele.
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Quanto às iniciativas recentes tomadas pelas economias europeias contra a crise que as atinge, Tombini faz avaliação promissora. "Contudo, sabemos que soluções para crise de endividamento trazem consequências que se estedem ao longo do tempo. Por isso, o cenário para os próximos anos é de baixo crescimento das economias maduras e de adiamento da normalização das condições monetárias nas economias avançadas."
Diante desse cenário de incertezas, o presidente do Banco Central garantiu que a instituição seguirá "vigilante" aos desdobramentos do cenário internacional e adotará, sempre quando forem necessárias, medidas para "assegurar a solidez do sistema financeiro e a funcionalidade dos nossos mercados".
Inflação
Tombini voltou a afirmar que a inflação está no processo de convergência para o centro da meta no próximo ano. "Após alcançar o nível máximo no terceiro trimestre, a inflação no acumulado em 12 meses começa a recuar a partir de outubro e, assim, a se deslocar, na direção da trajetória de metas.

http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/perspectiva-de-crescimento-para-proximas-decadas-e-boa-diz-tombini.html

 

BNDES não deve atingir meta de desembolsos de 2011

RIO DE JANEIRO, 31 de outubro (Reuters) - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não deve cumprir a meta de desembolsos desse ano, de R$ 145 bilhões, disse nesta segunda-feira (31) o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho.
Ele também previu que, para 2012, as liberações devem ser semelhantes ou um pouco maiores do que esse ano. Para Coutinho, o movimento deve-se em parte à menor atividade da economia doméstica e aos efeitos da crise de dívida soberana na Europa.
"Vivemos um momento peculiar de alta exacerbação das incertezas no cenário internacional," afirmou Coutinho.
De janeiro a setembro, os desembolsos do banco somaram R$ 91,8 bilhões, uma queda de 28% ante o mesmo período de 2010. O resultado do ano passado foi influenciado pela operação de capitalização da Petrobras, no valor de R$ 24,7 bilhões. Sem ela, a queda nas liberações foi de 11,1%.
De acordo com Coutinho, os desembolsos devem crescer no quarto trimestre, período sazonalmente mais forte
"Provavelmente, vamos ter um desembolso entre R$ 140 bilhões e R$ 145 bilhões, talvez um pouco abaixo da nossa expectativa de R$ 145 bilhões", previu.
Ele também atrelou o não cumprimento da meta a questões como demora na concessão de licenças, como as ambientais.
No espaço de 12 meses terminado em setembro, os desembolsos encolheram 22%, para R$ 132,2 bilhões.
As aprovações caíram em 12 meses 23% (R$ 162,2 bilhões), enquanto as operações de enquadramento, 13% (R$ 193,2 bilhões) e as consultas, 32% (R$ 180,3 bilhões).
"A expectativa do BNDES para 2012 dentro da nossa programação é de manutenção ou de uma pequena ampliação dos desembolsos à medida que a economia cresça," disse Coutinho.
De janeiro a setembro, os desembolsos para a industria caíram 56% (totalizando R$ 28, 4 bilhões), sendo que no segmento de química e petroquímica, onde se enquadra o empréstimo a Petrobras, a retração foi de 85%.
Os empréstimos para agropecuária caíram 1% (para R$ 7,2 bilhões), enquanto para infraestrutura subiram 4% (R$ 38 bilhões) e para comércio e serviços encolheram 8% (R$ 17,9 bilhões).

Dólar e ações

O presidente do BNDES reconheceu ainda que a turbulência nos mercados financeiros pode afetar os resultados financeiros do banco no terceiro trimestre que serão divulgados em 11 de novembro.
Segundo Coutinho, a elevada contribuição da carteira de renda variável na primeira metade do ano não deve se repetir no segundo semestre.
"Antes da crise vir, tivemos um primeiro semestre muito bom. O lucro foi muito bom e e a participação da renda variável chegou a quase 60%. Com o mercado volátil não há momento para a BNDESpar fazer operações de venda", disse.
Já a alta recente do dólar não terá impacto sobre o desempenho do banco, segundo Coutinho.
"O impacto do dólar é desprezível porque fazemos hedge de praticamente todas as nossas operações", afirmou.

Economia para pagar juros da dívida em setembro é 70% menor que em 2010

O superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) do setor público consolidado --que inclui governo federal, Estados, municípios e empresas estatais-- chegou a R$ 8,096 bilhões em setembro, segundo informou nesta segunda-feira (31) o Banco Central (BC). O resultado é 70,83% menor que o atingido no mesmo mês do ano passado: R$ 27,756 bilhões.
No acumulado do ano, o superavit primário é de R$ 104,637 bilhões. De janeiro a setembro do ano passado, o superavit primário foi de R$ 76,938 bilhões. A meta de superavit primário do setor público este ano é R$ 127,9 bilhões.
Mas a economia não foi suficiente para cobrir os gastos com juros, que chegaram R$ 17,267 bilhões. Com isso, o deficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 9,171 bilhões.
Em setembro, o governo federal (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superavit primário de R$ 5,982 bilhões. Os governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,161 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram deficit primário de R$ 46 milhões.
De janeiro a setembro, os gastos com juros chegaram a R$ 177,474 bilhões, contra R$ 141,204 bilhões registrados nos nove meses de 2010. No acumulado até setembro, o deficit nominal ficou em R$ 72,838 bilhões, ante R$ 64,266 bilhões de igual período do ano passado.
Em 12 meses encerrados em setembro, o superavit primário chegou a R$ 129,394 bilhões, o que corresponde a 3,25% de tudo o que o país produz --Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos com juros chegaram a R$ 231,639 bilhões ou 5,81% do PIB. Nesse mesmo período, o deficit nominal ficou em R$ 102,245 bilhões, que correspondem a 2,57% do PIB.
O BC também informou que a dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,481 trilhão em setembro, o que corresponde a 37,2% do PIB, uma redução de 2 pontos percentuais em relação a agosto.
A projeção do BC é que a dívida líquida do setor público corresponda a 38,5% de tudo o que o país produzir (PIB) este ano. Em setembro, a dívida bruta do governo (Tesouro, Previdência, governos estaduais e municipais) chegou a R$ 2,226 trilhões, o que corresponde a 55,9% do PIB, com redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.
(Com informações da Agência Brasil e da Reuters)

Bovespa opera em queda de mais de 1% e dólar sobe; acompanhe

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operava em baixa nesta segunda-feira (31). Por volta das 15h, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) caía 1,70%, aos 58.502,45 pontos (siga no UOL Economia gráfico da Bovespa com atualização constante).
Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha baixa de 1,34%.
Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa.
A cotação do dólar comercial em alta de 0,69% na venda, a R$ 1,696 (veja no UOL gráfico com as últimas atualizações). O euro tinha ligeira queda de 0,21%, a R$ 2,364.

Bolsas internacionais

As Bolsas de Valores da Europa encerraram o dia em queda, com preocupações sobre a dívida da Itália e o pedido de falência da MF Global levando investidores a embolsar lucros.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,77%, a 5.544 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 3,23%, para 6.141 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 3,16%, para 3.242 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,82%, a 16.017 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 registrou perda de 2,92%, para 8.954 pontos.
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa, enquanto o dólar disparava para a máxima em três meses contra o iene após uma intervenção do Japão, com investidores realizando lucros após o rali da semana passada.
O ministro das Finanças, Jun Azumi, disse que o Japão interveio de forma unilateral nos mercados de câmbio nesta segunda-feira, para conter oscilações especulativas que não refletem a saúde da economia do país.
Em Tóquio, o índice Nikkei teve baixa de 0,69%, aos 8.988 pontos, mas ainda encerrou o mês com ganho de 3,3%. Os investidores realizaram lucros, temendo que o iene não fique contido por muito tempo. A força persistente da moeda gera dúvidas sobre os resultados das empresas japonesas.

Boletim Focus

O mercado reduziu, pela quarta semana consecutiva, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para 3,29% neste ano. Na semana passada o boletim do Banco Central (BC) apontava para avanço de 3,30%, e há um mês as projeções estavam em 3,51%.

Houve também redução nas previsões de crescimento da economia para 2012. A mediana dos analistas consultados pelo BC aponta para avanço de 3,50% no PIB do próximo ano, o que representa recuo após estimativa, há uma semana, de avanço de 3,51% para 2012. Há um mês as projeções apontavam crescimento de 3,70% no próximo ano.
(Com informações de Reuters)

30.10.11

Bahia tem cidade com a maior renda agrícola do país

O algodão colocou a Bahia em definitivo no cenário nacional da produção agrícola.

A Bahia desponta no cenário agrícola com a cidade que obteve a maior receita no ano passado. São Desidério, no oeste baiano, obteve R$ 1,1 bilhão de receita no ano passado, de um total de R$ 154 bilhões obtidos no país todo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

O algodão colocou a Bahia em definitivo no cenário nacional da produção agrícola. O Estado passa a ter o principal município brasileiro em receitas no país, desbancando a tradicional posição de Mato Grosso. Este perde, também, a segunda colocação nacional, que passou para um município de Goiás.

São Desidério, no oeste baiano, obteve R$ 1,1 bilhão de receita no ano passado, de um total de R$ 154 bilhões obtidos no país todo.

Os dados são do IBGE e fazem parte da pesquisa PAM (Produção Agrícola Municipal) e se referem à safra do ano passado. Em 2009, a liderança era de Sorriso (MT).

São Desidério ganhou a primeira posição porque é o maior produtor de algodão do país, sendo responsável por 16% de toda a produção brasileira do produto e por 47% do que é colhido na Bahia.

Como o algodão atingiu preços recordes nos mercados externo e interno, as receitas dos produtores da região aumentaram. O município está bem posicionado, ainda, na produção de milho, detendo a sexta posição nacional. Produz também soja (10ª posição) e feijão (20ª).

fonte: http://www.corecon-ba.org.br/site/main.asp?view=noticia&id=1816

Desemprego tem leve alta na Região Metropolitana de Salvador em setembro

Em setembro, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 15,8% da População Economicamente Ativa (PEA), valor ligeiramente superior ao de agosto (15,6%). A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela SEI, em parceria com Dieese, Seade e Setre. Apesar do leve incremento na comparação mensal, essa é a menor taxa de desemprego registrada para os meses de setembro ao longo da série da PEDRMS, iniciada em dezembro de 1996.
Em setembro, o contingente de desempregados foi estimado em 300 mil pessoas, 5 mil a mais que no mês anterior. Esse resultado deveu-se a criação de 3 mil postos de trabalho na região, número insuficiente para absorver as pessoas que ingressaram na PEA (8 mil). No mês em análise, a taxa de participação, indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou de 56,9% para 57,0%.
O contingente de ocupados foi estimado em 1.597 mil pessoas, mantendo-se praticamente estável em relação ao mês anterior (+3 mil). O setor que mais gerou novos postos foi o da Construção civil (9 mil ou 7,0%), seguido do Comércio (5 mil ou 1,9%) e do agregado Outros setores, que inclui serviços domésticos e outras atividades (3 mil ou 2,0%). O saldo foi negativo nos Serviços (-8 mil ou -0,9%) e na Indústria (-6 mil ou -4,4%).
No mês de agosto, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (-2,3%) e para os assalariados (-1,9%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 1.003 e R$ 1.100, respectivamente.
Taxa fica estável no conjunto das sete regiões metropolitanas investigadas
No conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada, que inclui São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Distrito Federal e Porto Alegre, o contingente de desempregados foi estimado em 2.362 mil pessoas, 52 mil a menos do que no mês anterior. Pelo sexto mês consecutivo, a taxa de desemprego manteve-se relativamente estável, ao passar de 10,9%, em agosto, para os atuais 10,6%.
No mês, o nível de ocupação aumentou 0,9%. A geração de 182 mil ocupações superou o número de pessoas que ingressou no mercado de trabalho metropolitano (130 mil), resultando na redução do contingente de desempregados em 52 mil pessoas. O total de ocupados, nas sete regiões investigadas, foi estimado em 19.974 mil pessoas, e a PEA, em 22.336 mil.
A taxa de desemprego diminuiu nas Regiões Metropolitanas de São Paulo (-5,4%) e Belo Horizonte (-4,5%), passando respectivamente a 10,6% e 6,4% da PEA. Nas demais regiões, Fortaleza (-1,1%), Porto Alegre (0,0%), Recife (0,7%), Salvador (1,3%) e no Distrito Federal (1,6%) houve relativa estabilidade, com as respectivas taxas de 8,9%, 7,7%, 13,9%, 15,8% e 12,5%.
Já o nível de ocupação aumentou em Recife (1,5%), Porto Alegre (1,3%), São Paulo (1,1%) e, em menor proporção, em Fortaleza (0,6%) e Belo Horizonte (0,6%), e permaneceu relativamente estável em Salvador (0,2%) e no Distrito Federal (0,2%).
Segundo setores de atividade, no conjunto das regiões, o nível ocupacional aumentou nos Serviços (geração de 84 mil postos de trabalho, ou 0,8%), na Indústria (73 mil, ou 2,5%), no Comércio (20 mil, ou 0,6%) e na Construção Civil (9 mil, ou 0,7%) e manteve-se em relativa estabilidade no agregado Outros Setores (4 mil postos de trabalho a menos, ou -0,3%).

fonte: http://economiabaiana.com.br/page/2/

Lula pede a médico transparência em boletins sobre seu tratamento

São Paulo – Depois de fazer uma visita de meia hora, o médico Roberto Kalil Filho, disse hoje (30) que encontrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tranquilo e descansando com a família, em casa, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
“Ele sabe o que aconteceu, sabe o que foi diagnosticado. Foi bem discutido o tratamento", disse o médico. Amanhã (31), Lula inicia a quimioterapia para combater um câncer na laringe, diagnosticado ontem (29) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Hoje Kalil contou que o ex-presidente pediu que ele conversasse com repórteres que aguardam informações na porta do prédio onde mora. “Ele determinou que o boletim médico dele fosse transparente”, relatou Kalil à imprensa. O ex-presidente passará o domingo em casa.
Na quinta-feira (27), durante sua festa de aniversário, Lula reclamou de rouquidão excessiva nas últimas duas semanas e foi aconselhado por Roberto Kalil a fazer uma consulta. Os primeiros exames foram feitos na sexta-feira (28) e, ontem, ao retornar para complementar o procedimento, ele recebeu o diagnóstico.
Acompanhado da mulher, Marisa Leticia, o ex-presidente passou o sábado no hospital, para se recuperar da biópsia a que foi submetido. Durante todo o dia, ele recebeu centenas de mensagens de solidariedade e votos de pronto restabelecimento, entre elas a da presidenta Dilma Rousseff, de seu partido, o PT, e também de legendas de oposição, como o PSDB e o PPS. 

fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-30/lula-pede-medico-transparencia-em-boletins-sobre-seu-tratamento

Empresários querem medidas para acabar com guerra fiscal entre estados e a concorrência desleal com importados

Brasília – Empresários ligados aos setores têxtil, da indústria elétrica e eletrônica, de máquinas e do setor de aço estiveram hoje (28) com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e pediram que o governo tome medidas para evitar que o aumento das importações prejudique ainda mais esses setores.
Além disso, segundo as entidades, medidas de incentivo à importação que alguns estados oferecem prejudicam os empresários já que, alegam, nos últimos anos, vários estados passaram a usar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual como instrumento de guerra fiscal.
“A questão do ICMS foi falada como uma prioridade do governo. A pergunta que eu faço é: se isso é tão importante, por que está parado? Hoje, a cobrança é se é um projeto prioritário, se o governo tem essa preocupação de a indústria estar sofrendo um baque, por que não anda?”, perguntou o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso Dias Cardoso.
Atualmente, 12 estados oferecem incentivos à importação, entre eles a redução da alíquota do ICMS. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, desde 2006, as importações de têxteis cresceram 284% nos estados onde há incentivos para a importação. Nos estados onde não existe esse benefício, as importações cresceram 108%. “No final, ninguém vai ganhar com isso. É um tiro no pé”, disse.
Desde o início do ano, o Senado discute a redução do ICMS interestadual sobre produtos importados. O relator do projeto, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), havia sugerido a redução para zero. A proposta, no entanto, está parada desde que o governo anunciou a inclusão do tema na reforma tributária, cujo acordo ainda não saiu. A equipe econômica quer reduzir a alíquota dos atuais 12% para 8% em 2012, 4% em 2013 e 2% a partir de 2014. Nos casos em que o imposto é 7%, nas vendas de mercadorias dos estados do Sul, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais para o resto do país, a alíquota cairia para 4% em 2012 e 2% em 2013.
O ICMS interestadual incide quando uma mercadoria é produzida (ou importada) por determinado estado e vendida a outro. O estado de origem recebe a alíquota interestadual e o estado de destino – onde a mercadoria é consumida – fica com a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota final. Dessa forma, se a alíquota final no estado de destino é 18%, o estado produtor (ou importador) cobra os 12% de ICMS interestadual, e o estado consumidor fica com 6%.
Pimentel disse ainda que um estudo feito pela Abit mostrou que a concorrência com a China é desleal devido aos subsídios dados por aquele país aos produtores locais. A intenção é fazer com que o governo brasileiro peça direitos compensatórios na Organização Mundial do Comércio (OMC). “Vamos defender nosso mercado contra a competição desleal. Não acho correto um país que tem a sua moeda desvalorizada em 30% entrar aqui fazendo a festa”, disse. A indústria têxtil é uma das que mais sofre com a concorrência dos produtos importados da China.

fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-28/empresarios-querem-medidas-para-acabar-com-guerra-fiscal-entre-estados-e-concorrencia-desleal-com-imp

País pode ter cerca de 300 empresas irregulares no mercado de seguros, estima Susep

Rio de Janeiro - Com o avanço das empresas estrangeiras na área de seguro no país, o Brasil pode ter cerca de 300 companhias atuando irregularmente no setor, estima a Superintendência de Seguros Privados (Susep), vinculada ao Ministério da Fazenda. A autarquia vem apertando o cerco a essas empresas e recomenda ao consumidor que, ao adquirir qualquer forma de seguro, dê preferência a empresas habilitadas no órgão.
Em entrevista à Agência Brasil, o superintendente de Seguros Privados, Luciano Portal, disse que o número de atuações irregulares é alto e reconheceu que o processo que resulta na punição dessas empresas é demorado.
“Temos no âmbito da Susep mais de 100 empresas atuando de forma irregular. Mas esse número pode ser significativamente superior, uma vez que a cada dia surgem novas empresas atuando irregularmente no mercado - o que me leva a estimar que este número pode chegar a cerca de 300 empresas atuando irregularmente. É um número alto”, avaliou. “A gente vê isso acontecendo na Baixada Fluminense, na Bahia, e sobretudo em Belo Horizonte e no Espírito Santo, essa atuação irregular por parte das empresas está ganhando proporções muito grandes”, completou.
O superintendente informou que existem hoje no país cerca de 240 empresas operando de forma legal, registradas no órgão, entre empresas seguradoras, de capitalização, previdência privada complementar aberta e resseguradoras, além de cerca de 60 mil corretores de seguros.
O problema, segundo ele, é que nem sempre o consumidor procurar se informar adequadamente sobre a empresa em que está adquirindo o seu seguro, seja ele de automóvel, previdência privada ou mesmo residencial. “Há todo um conjunto de normas que é descumprido quando uma empresa sequer pede autorização de funcionamento à autarquia”, disse.
Na avaliação do superintendente, apesar da atuação de empresas de forma irregular, o mercado brasileiro dispõe de mecanismos que permitem a proteção adequada do segurado.
“Todas essas empresas são fiscalizadas e o setor é muito regulado exatamente para proteger os consumidores. Agora temos essas empresas que atuam sem autorização. É por isso que a Susep está preocupada, priorizando as ações de fiscalização e tomando decisões mais enérgicas”, destacou.
“Foram criados mais grupos da fiscalização, com equipes atuando em São Paulo, no Rio, em Belo Horizonte. São especializadas no combate ao mercado marginal. Temos agora também uma atuação da Procuradoria Federal, que está ingressando com ações civis públicas para, pela via judicial, conseguir a suspensão das atividades das empresas que atuam irregularmente no mercado. A nossa intenção também é responsabilizar criminalmente os seus dirigentes”, acrescentou.
Ele ressaltou que, muitas vezes, se a empresa atua de forma irregular no mercado, o consumidor acaba recorrendo à Justiça para buscar seus direitos. “No caso dessas cooperativas e associações, é uma grande frustração para o segurado que teve seus direitos lesados e resolveu apelar para a esfera judicial, porque muitas dessas empresas fecham as portas e não têm reservas, patrimônio suficiente, para honrar os compromissos assumidos.”
Por isso, ele avalia que o consumidor está sujeito a riscos e danos “muito sérios” quando contrata um seguro de empresas não autorizadas pela Susep. “O problema é que, muitas vezes, mesmo ingressando com uma ação judicial, em face da ausência de lastro patrimonial, dificilmente os consumidores terão seus danos reparados.”
 
fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-30/pais-pode-ter-cerca-de-300-empresas-irregulares-no-mercado-de-seguros-estima-susep

Confiança do consumidor cresce em meio à crise, informa CNI

Índice de confiança dos consumidores cresce 0,5 ponto em outubro, diz CNI.
Para confederação, confiança ainda não retomou trajetória de crescimento.

A confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo, informou nesta sexta-feira (28) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Neste mês, o indicador de confiança avançou 0,5 ponto na comparação com setembro, atingindo 112,9 pontos - o maior patamar desde julho (113,2 pontos).
Os dados do Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) foram coletados por meio de pesquisa encomendada ao Ibope, realizada entre os dias 13 a 17 de outubro com 2.002 pessoas em 141 municípios.
"O brasileiro parece não estar preocupado com o agravamento da crise econômica internacional. Com leve alta de 0,5% na comparação com setembro, a confiança dos consumidores cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo", informou a CNI.

Trajetória
De acordo com a pesquisa, mesmo com o crescimento moderado nos últimos dois meses – em setembro, frente a agosto, o aumento no índice foi de 0,4 ponto - o INEC permanece abaixo do registrado em julho último e no início do ano.
“Apesar da evolução recente, não se pode afirmar que a confiança do consumidor está retomando trajetória de crescimento”, diz o documento da Confederação.
O economista da CNI, Marcelo Azevedo, disse que, mesmo com a melhora do INEC, a expectativa do brasileiro sobre o índice de inflação, que caiu 1,9% de setembro para outubro, mostra que os consumidores continuam bastante pessimistas sobre a trajetória dos preços.
“Esse indicador está 23,3% abaixo do registrado em outubro de 2010, o que mostra uma preocupação muito grande dos brasileiros com a inflação”, afirmou Azevedo.

Componentes
Dos seis componentes do INEC, segundo a CNI, três registraram melhora sobre setembro: expectativas de desemprego (mais 2,6%), avaliação de situação financeira (2,2% acima) e endividamento (mais 2,6%).
"O comportamento desses três índices demonstra que os consumidores estão confiantes na oferta de vagas no mercado de trabalho e que a maioria deles melhorou ou manteve a mesma situação financeira e reduziu ou permaneceu com o mesmo nível de endividamento", informou a entidade.
As expectativas sobre a renda pessoal, contudo, recuaram 1,5% em outubro na comparação com setembro, mostrando que os brasileiros estão menos otimistas com o aumento dos salários.
Depois de um crescimento de 2,1%, em setembro ante agosto, o indicador de compras de bens de maior valor caiu 0,8% neste mês frente ao anterior.

fonte: g1.globo.com/economia/noticia/2011/10/confianca-do-consumidor-cresce-em-meio-crise-informa-cni.html

 

Agropecuária respondeu por 5,8% do PIB

A agropecuária brasileira teve participação, em 2010, de 5,8% na composição do Produto Interno Bruto do país (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos, que subiu 7,5% em relação a 2009. Em valores, o PIB do setor somou R$ 180,8 bilhões, um crescimento de 6,5% sobre o volume de recursos movimentado em 2009.
Os dados fazem parte da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (26), sob a ótica das despesas. Segundo o IBGE, o aumento das demandas interna e externa por proteína animal fez com que o crescimento da bovinocultura, da avicultura e da suinocultura se destacasse também em 2010, mantendo uma tendência que vem sendo verificada desde a década passada.
Outra constatação é que a participação da atividade no PIB, embora proporcionalmente menor do que a da indústria (26,8%) e dos serviços (67,4%), mantém a importância em termos de geração de emprego, renda e ocupação do território nacional.
A alta do preço da carne bovina no mercado interno, segundo o IBGE, incentivou o consumo da carne de frango e suína, de menor custo. Ainda em relação aos suínos, o aumento do consumo no mercado interno vem sendo incentivado não só pelo preço, mas também pela maior disponibilidade de cortes nobres padronizados nos grandes centros urbanos.
A pesquisa Contas Nacionais Trimestrais constatou, ainda, que o aumento dos preços mundiais dos alimentos em 2010, entre os quais produtos ligados à agropecuária, decorreu, entre outros fatores, da utilização de áreas agricultáveis para a plantação de culturas destinadas à produção de biocombustíveis, aliada às adversidades climáticas como as secas ocorridas na China e na Rússia.
Também contribuíram para a alta dos preços dos alimentos as oscilações no preço do petróleo, a crise norte-americana e a desvalorização do real, segundo o IBGE.

fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/agropecuaria-respondeu-por-58-do-pib

Brasil usa crise mundial para ganhar espaço político

A decisão dentro do Palácio do Planalto é de que, sim, o país pode ajudar, mas quer contrapartidas que o fortaleça diante do cenário político-econômico global

Brasília - A crise europeia está abrindo uma janela de oportunidade diplomática para o Brasil e o governo sabe disso.

Diante dos apelos que vêm da zona do euro para que os emergentes auxiliem na recuperação da região, a decisão dentro do Palácio do Planalto é de que, sim, o país pode ajudar, mas quer contrapartidas que o fortaleça diante do cenário político-econômico global.
O alvo vai desde ampliar poderes dentro de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), até ganhar status maior dentro do cenário externo.
Fontes do governo e especialistas ouvidos pela Reuters concordam que o momento é bom para fortalecer o país lá fora, e ressaltam que o caminho econômico é o mais adequado.
"A atitude brasileira é legítima e justificada. As nações e as economias se fortalecem neste tipo de situação (de crise internacional)... Acho legítimo que o país busque ocupar o espaço que lhe cabe", afirmou uma importante fonte da equipe econômica à Reuters.
A intenção já tem ficado clara em discursos de importantes autoridades brasileiras. A própria presidente Dilma Rousseff afirmou que uma eventual ajuda à Europa poderia ocorrer via FMI, mas desde que respeitadas as reformas aprovadas em 2010, que elevaram a fatia dos emergentes no Fundo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também faz coro.
Na próxima semana, Dilma e Mantega vão participar da reunião do G20 --grupo com as vinte mais importantes economias do mundo--, onde vai ser discutida a situação global.
Em um encontro prévio, nesta semana, autoridades europeias chegaram a um acordo sobre medidas para enfrentar a crise de dívida soberana no continente e solicitaram ajuda dos emergentes.
Um assessor próximo à Dilma argumenta que o G20 já representa melhor o desenho da nova geopolítica mundial, mas isso ainda não se transferiu para estruturas formais como a Organização das Nações Unidas (ONU), o FMI, o Banco Mundial e outros organismos. Isso poderia acontecer agora.

Medidas não recessivas
Na avaliação do governo brasileiro, o receituário de demissões em massa de funcionários públicos, adotado nas economias com maiores dificuldades na Europa, não soluciona o problema. Esse deve ser o tom do discurso de Dilma na reunião do G20 e nas conversas bilaterais que terá antes da cúpula.
Em Bruxelas, no início de outubro, Dilma já havia se posicionado contra "ajustes fiscais recessivos" para enfrentar as turbulências.
Especialistas também concordam que o Brasil tem de aproveitar o momento para fortalecer sua posição na cena externa.
"É um momento propício para uma guinada na história, já que os países emergentes estão saindo em socorro da Europa", disse o embaixador Roberto Abdenur, que ocupou o comando da diplomacia nos Estados Unidos e na China.

O professor Antonio Jorge Ramalho, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), ressalta que o atual governo tem adotado uma política externa mais discreta, com uma atuação mais de bastidor do que a vista na administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nem por isso a estratégia é menos eficiente.
Para ele, a crise tem dado ao país oportunidade de ganhar terreno também na área de cooperação internacional. Com os países ricos sofrendo restrições orçamentárias, o Brasil tem aumentado presença em lugares como África e Haiti por meio de acordos de cooperação, muitas vezes em articulação com outros emergentes.
"O governo está conseguindo ocupar espaços", afirmou o professor. 
Para diplomatas de representações estrangeiras, nas questões políticas o Brasil ainda tem posição frágil e até agora não conseguiu estar à frente das discussões. No entanto, o pedido dos líderes europeus mostra que o país está em outro patamar nas questões econômicas da arena internacional.
"Têm algumas coisas que o Brasil não faz e deveria fazer. Por exemplo, tomar iniciativa de ajudar países não só com dinheiro, mas remédio, alimento --e não esperar uma coordenação internacional", disse um dos diplomatas, sob condição de anonimato.
Segundo uma fonte do Itamaraty, o Brasil quer ter papel de protagonista, participando de detalhes das discussões, e não ficar escanteado. "Não queremos ser chamados para assinar o acordo e posar para a foto", disse.

fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/brasil-usa-crise-mundial-para-ganhar-espaco-politico-3