9.8.13

Navegar no Facebook ajuda avaliação de alguns investidores

Investidor analisou anúncios no 'feed de notícias' da rede social.
Com estratégia, ações adquiridas em junho tiveram alta de 40%.

Da Reuters

O analista Nabil Elsheshai brinca sobre desperdiçar tempo no Facebook, mas a navegação valeu a pena.
Analista sênior de ações da Thrivent Financial em Minneapolis, Elsheshai tinha dito à sua empresa para não comprar ações na oferta pública inicial do Facebook no ano passado, por US$ 38 por ação, devido a preocupações de que estavam muito caras.

Mas Elsheshai, 44 anos, continuou a usar o Facebook em seu tempo pessoal, e na primavera (do hemisfério Norte) deste ano ele notou que anúncios de empresas como eBay e de montadoras estavam aparecendo no seu "feed de notícias", em uma parte central do site.
Depois de uma pesquisa mais quantitativa, ele foi convencido de que o Facebook estava colocando sua estratégia de publicidade em ordem. Elsheshai sugeriu à Thrivent que era hora de comprar as ações, conselho que a empresa seguiu em junho. O portfólio de 950 milhões dólares da Thrivent Large Cap comprou 572.200 ações do Facebook naquele mês, de acordo com dados da Lipper, em um momento em que a ação estava sendo negociada em torno de US$ 24.
Essa aposta foi vista como um presságio em 24 de julho, quando o Facebook divulgou resultados trimestrais mais fortes do que o esperado e suas ações subiram 40% na semana seguinte, chegando a ser cotada a US$ 38, pela primeira vez desde o IPO. Nesta sexta-feira (9), as ações estão sendo cotadas acima de US$ 38,5.
O investimento oportuno da Thrivent esconde os desafios de investir na maior rede social do mundo.
A oferta pública do Facebook foi um das mais esperadas de 2012, mas preocupações sobre se a empresa seria capaz de ampliar seus negócios de publicidade móvel ajudaram a empurrar para baixo o preço da ação, que chegou a ser cotada a US$ 17,55 em setembro passado.
Kathryn Spica, uma analista de fundos mútuos para Morningstar em Chicago, disse que avaliar a ação do Facebook tem sido um problema comum para muitos gestores de fundos. Tal como acontece com outras jovens empresas da Web, não fica claro quão bem a empresa pode monetizar o tráfego pesado em seu site.
"É uma ação incomum. É difícil para a indústria ter uma ideia de como eles vão gerar receita", disse ela.
Elsheshai descreveu o Facebook como nebuloso e disse que suas próprias impressões como usuário o ajudaram a agir em oposição aos comentários pessimistas naquele momento.
Ele disse que a negatividade que parecia ser principalmente anedótica, como as histórias de adolescentes que mudam para outros serviços de mídia social, mas aquilo não correspondia a sua própria experiência ou aos dados que ele via.
"Parecia claro que você estava começando a ver um conjunto mais amplo de anunciantes" no serviço, disse Elsheshai, que fica em Minneapolis e tem 462 "amigos" na última contagem no Facebook.
Mas bem todo investidor confia em sua própria experiência com o Facebook. Jay Welles, analista sênior de ações da Manning & Napier Inc em Fairport, New York, disse que seguiu as empresas de monitoramento da Internet, como comScore, que continuaram a informar crescente tráfego para o Facebook.


FONTE: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/08/navegar-no-facebook-ajuda-avaliacao-de-alguns-investidores2.html

O cenário para o segundo semestre

Apesar de visões otimistas e pessimistas, é provável que não haja quedas drásticas no nível de emprego e contas externas ainda sejam financiadas pela entrada de recursos
por Luis Nassif publicado 02/08/2013 16:30

Os analistas estratégicos costumam montar seus cenários futuros através da combinação de três cenários distintos em campos diferentes. Definido o modelo e as combinações, confere-se uma probabilidade a cada cenário para se chegar ao resultado final.
Por exemplo, o que esperar do País no segundo semestre e nas eleições de 2014 dependerá dos seguintes fatores:
Otimista - PIB acima de 2,5%, inflação sob controle, emprego e renda estáveis e déficit externo financiável.
Médio - PIB abaixo de 2%, queda moderada do desemprego e da renda, inflação pressionando mais, mas sob controle, e real se desvalorizando em função da fuga de recursos externos.
Pessimista - PIB na faixa de 1%, desemprego disparando, renda caindo, inflação subindo e contas externas depauperadas, levando a desvalorização drásticas do real e fuga de dólares.
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Esses cenários não podem ser analisados isoladamente. Dependem, em parte, do cenário externo. E aí, há que se definir três novos cenários.
Cenário Externo
Otimista - China fazendo pouso suave, ajudada pela recuperação moderada da economia norte-americana e de algum dinamismo do comércio mundial. FED (Banco Central dos EUA) reduzindo os estímulos monetários em um movimento sob controle. Cotações internacionais de commodities mantendo-se nos níveis atuais.
Médio - crescimento chinês caindo para a faixa de 5%, economia norte-americana demorando mais para recuperar, economia da União Europeia mantendo-se estagnada, queda nas cotações de commodities e fuga de recursos externos para títulos norte-americanos.
Pessimista - queda drástica dos preços das commodities e movimento descontrolado dos juros internacionais promovendo efeito manada dos investimentos externos, com disparada do dólar.
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Finalmente, tem-se o cenário sócio-político interno.
Otimista - manifestações refluem, leilão de concessões é bem sucedido, aumentam os investimentos, inflação fica na meta e Dilma Rousseff empreende reforma ministerial bem sucedida, recuperando parte da popularidade perdida. A oposição não consegue se articular.
Médio - permanece o desgaste de Dilma, mas oposição não consegue galvanizar apoio popular.
Pessimista - quadro econômico se agrava, Dilma não consegue atender às demandas surgidas nos movimentos de junho e há perda de controle da inflação e do câmbio. Mesmo não sendo eficiente, oposição consegue encampar sentimento de mudança do eleitorado.
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A definição de probabilidades é bastante complexa. Os cenários prováveis dependem muito mais do que poder ser chamado de "intuição" do analista.
No momento, o cenário provável é o seguinte:
Cenário Econômico - economia andando de lado mas sem quedas drásticas no nível de emprego. Contas externas ainda sendo financiadas pela entrada de recursos. Economia chinesa em leve desaquecimento, com queda moderada das cotações de commodities. Apenas uma deterioriação maios das contas externas poderá precipitar a crise.
Cenário político - fracasso relativo dos leilões de concessão e teimosia de Dilma sendo maior que sua esperteza. Mas oposição com dificuldade de capitalizar a insatisfação popular.


FONTE:
http://www.cartacapital.com.br/economia/o-cenario-para-o-segundo-semestre-3406.html

27.5.13

Indústria brasileira de roupas sofre com concorrência asiática

Artigos "made in China" são cada vez mais frequentes nas grandes lojas brasileiras. Indústria reclama de concorrência desleal e aponta para as precárias condições de produção em países asiáticos.



A invasão de importados, principalmente da China, tem prejudicado a indústria têxtil e de confecções no Brasil, que está perdendo mercado para esses produtos. Apesar do aumento de 3,4% nas vendas do segmento de vestuários em 2012, houve uma queda de 4,5% na produção têxtil no país e 10,5% na de confecções.
Essa diferença entre o aumento das vendas e a diminuição na produção foi preenchida por produtos importados. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), as importações no setor em 2011 foram de 6,17 bilhões de dólares. Em 2012, o valor subiu para 6,59 bilhões de dólares.
O cenário é preocupante, uma vez que o setor é o segundo maior empregador da indústria de transformação no país. "A expectativa é que, se as empresas não se mexerem neste ano, o mercado interno vai ser abocanhado em 30% por produtos estrangeiros", diz Daniel de Souza, professor do departamento de Ciências Econômicas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).
O deficit na balança comercial de têxteis e confecções era de 235 milhões de dólares em 2006. Em 2012, ele fechou em 5,3 bilhões de dólares. "Isso representa um aumento de 1.800%. O produto importado vem tomando o mercado do produto nacional, e cada vez mais rápido", ressalta Souza.
Parque fabril defasado
A perda de competitividade no setor não é um problema novo e é causada pela combinação de uma série de fatores internos e externos, entre eles o real valorizado, que contribuiu para o aumento das importações, o que, por sua vez, desestimulou a indústria a renovar seu parque fabril.
"Durante muitos anos era mais barato importar do que produzir no Brasil e isso se estendeu por longos períodos, até que a indústria não conseguiu investir em máquinas e equipamentos e, assim, não pôde trabalhar suficientemente na sua atualização tecnológica", afirma Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP.
Outros problemas internos apontados por especialistas são a alta carga tributária do país (o que encarece o preço final das roupas), a valorização do real (o que facilita a entrada dos importados), o preço da energia elétrica (uma das mais caras do mundo), a infraestrutura ineficiente do país (que faz com que o transporte da mercadoria seja muito deficiente), a falta de mão de obra especializada e os encargos sociais elevados.
Concorrência asiática
"A evolução do quadro é triste. Nós temos uma dificuldade imensa de manter essa indústria que sempre foi uma indústria competitiva no Brasil. A dificuldade é de mantê-la viva, porque a possibilidade de competirmos em pé de igualdade já foi ultrapassada", afirma Grisi.
Os fatores externos estão relacionados à situação econômica e de produção dos países asiáticos, principalmente da China, principal concorrente no Brasil. Com a crise mundial nos maiores mercados consumidores do mundo, esses países tiveram que procurar outros mercados para sua produção e encontraram no Brasil espaço para vender seus produtos.
A Abit considera a concorrência com a China desleal. Segundo a associação, os chineses mantêm sua moeda artificialmente desvalorizada – cerca de 30% em relação ao real –, além de possuírem cerca de 27 subsídios contestáveis na OMC e não seguirem as regras míninas trabalhistas, previdenciárias e ambientais. A associação argumenta que, se a demanda é mundial, as condições de produção deveriam ser iguais em todos os países.
Mudanças para elevar a competitividade
A indústria nacional tem capacidade de suprir a demanda nacional, mas, para isso, algumas mudanças fundamentais são necessárias. As medidas para aumentar a competitividade da produção nacional envolvem a qualificação da mão de obra, investimentos em infraestrutura, modernização do setor e das leis trabalhistas, redução dos impostos e a queda dos juros.
"Muitas vezes o produto é tributado duas ou três vezes durante a cadeia produtiva. Atualmente a carga tributária é em torno de 18%. Para a indústria ser competitiva, esse imposto precisava ser de no máximo 10% sobre a receita bruta", diz Souza.
A Abit vem organizando uma série de ações para fortalecer a indústria nacional. A associação está negociando com o governo uma reforma tributária para o setor. No ano passado, ela encaminhou um pedido de salvaguarda ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A medida visa limitar a importação de 60 produtos de confecção que correspondem a 82% do total do vestuário importado.
"No momento, é preciso 'estancar' a hemorragia das importações para que o setor têxtil no Brasil não continue a ser depauperado, enquanto não temos uma reforma tributária. Além disso, mesmo com uma reforma, é preciso enquadrar a produção chinesa nos requisitos mínimos que o mundo adota em termos trabalhistas e de meio ambiente", afirma a associação.
Consumidores e redes de lojas de varejo
Segundo a Abit, as confecções importadas já chegam a 20% nas grandes redes de loja. "Ao olhar as etiquetas das roupas vendidas nas grandes redes varejistas, como Renner, C&A, Riachuelo e Marisa, percebe-se uma predominância de produtos chineses", diz Souza.
O consumidor brasileiro não costuma verificar, antes de comprar, onde as peças são produzidas. "A cada ano que passa, os consumidores desinformados compram mais e mais produtos importados. Infelizmente não há propaganda na mídia das empresas do Brasil para inibir esses produtos importados, até porque eles ganham e lucram muito com os produtos asiáticos", afirma o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite).
A C&A, a Hering, a Riachuelo e a Lojas Renner foram contatadas, mas não quiseram comentar o assunto.

Mercado prevê mais inflação e crescimento menor do PIB em 2013

Os economistas do mercado financeiro baixaram, na semana passada, sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, ao mesmo tempo em que elevaram sua previsão de inflação para este ano, informou o Banco Central nesta segunda-feira (27), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Boletim Focus.
O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Para a expansão do PIB de 2013, a estimativa dos analistas do mercado recuou de 2,98% para 2,93%. Foi o segundo recuo consecutivo do indicador. Para 2014, a previsão de crescimento da economia brasileira permaneceu estável em 3,50%.
IBGE informou, em março, que o PIB de 2012 avançou somente 0,9%, no pior desempenho desde 2009. Para este ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que vinha prevendo expansão superior a 4%, revisou sua estimativa para um crescimento de 3% a 4% em 2013.
Na última semana, na divulgação da revisão do orçamento de 2013, a previsão do governo para o crescimento da economia neste ano foi mantida em 3,5% - a mesma da Lei de Diretrizes Orçamentárias, divulgada em março. Entretanto, Mantega afirmou que o número pode recuar no futuro, dependendo do resultado do PIB do primeiro trimestre, que será divulgado na próxima quarta-feira (29) pelo IBGE.
Inflação e juros
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação, a estimativa do mercado financeiro para este ano subiu de 5,80% para 5,81%. Para 2014, a previsão do mercado permaneceu inalterada em 5,80%.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
O mercado financeiro também manteve, na semana passada, a estimativa de que o BC subirá os juros básicos da economia, atualmente em 7,5% ao ano, para 7,75% ao ano, nesta quarta-feira, quando termina a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da autoridade monetária - responsável por fixar a taxa de juros.
A elevação dos juros prevista para esta semana, portanto, é de 0,25 ponto percentual. Para o fim de 2013, a previsão dos analistas dos bancos para a taxa de juros permaneceu em 8,25% ao ano e, para o fechamento de 2014, avançou de 8,25% para 8,5% ao ano.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2013 subiu de R$ 2,02 para R$ 2,03 por dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar avançou de R$ 2,06 para R$ 2,07.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2013 caiu de US$ 9,05 bilhões para US$ 8,3 bilhões na semana passada. Para 2014, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 10 bilhões para US$ 10,4 bilhões na última semana.
Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na última semana.

Deflação em Alimentação e Habitação segura IPC

Além do resultado do IPC ter ficado aquém do esperado, Costa Lima também previa taxas diferentes das anunciadas nesta segunda-feira para Alimentação e Habitação

Torre de energia elétrica

São Paulo - A despeito de a taxa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S) na terceira quadrissemana de maio, de 0,18%, ter ficado abaixo da taxa projetada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), de 0,25%, o cenário da inflação na capital paulista não foi alterado, disse, nesta segunda-feira, 27, o economista e coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

"Ficou um pouco abaixo do que prevíamos. Os grupos Alimentação (-0,07%) e Habitação (-0,05%) ainda tiveram deflação. E é isso que ajudou no arrefecimento", justificou. Além do resultado do IPC ter ficado aquém do esperado, Costa Lima também previa taxas diferentes das anunciadas nesta segunda-feira (27) para Alimentação e Habitação, cujas expectativas eram de queda de 0,03% e estabilidade, respectivamente.
O item energia elétrica, que mostrou retração de 2,39% na terceira medição do mês, frente a recuo de 2,70%, foi o principal responsável pela queda dos preços em Habitação, disse o economista da Fipe. "Ainda tem impacto forte da redução de PIS/Cofins nas tarifas de energia. Praticamente é isso que está levando à deflação. Corresponde a uma contribuição negativa de 0,09 ponto porcentual do índice cheio", afirmou.
Quanto ao grupo Alimentação, apesar do declínio de 0,03% nos alimentos industrializados na terceira quadrissemana - a mesma taxa apresentada anteriormente -, Costa Lima ressalta que houve mudanças na composição do subgrupo na leitura em questão. "Os preços dos produtos derivados do leite aumentaram o ritmo de alta (de 0,42% para 1,12%), o que é justificado pelo aumento do leite longa vida (de 3,56% para 3,41%). Já os preços dos cereais passaram de 2,22% para 3,29%. Por outro lado, os panificados desaceleraram (de 0,75% para 0,05%)", ponderou.
Além da elevação nos preços dos derivados do leite, Costa Lima também chama a atenção para o recuo menos acentuado das carnes bovinas, que saíram de queda de 1,81% para 0,62% na terceira medição de maio, e que podem ser fator de pressão do IPC nas próximas leituras. "Acredito que isso explica boa parte da queda de 0,40% dos semielaborados, depois de caírem 0,91%", avaliou, acrescentando que, da lista de carnes, a do frango foi a única a mostrar deflação ainda forte, de 7,78% na terceira leitura, contra declínio de 6,78%.
A boa notícia foi que os preços dos alimentos in natura, que vinham contrariando as estimativas, demorando para diminuir a velocidade de alta, aceleraram a queda de 0,23% para 0,61% entre a segunda e a terceira quadrissemana. O movimento, segundo o economista, contou com efeito importante do comportamento dos preços dos legumes (de -5,65% para -7,41%). "E peso importante do tomate, que caiu 18,09% (de -15,40%)", disse.
Na avaliação de Costa Lima, as altas de 0,66% em Vestuário e de 1,33% em Saúde vieram dentro do esperado. No primeiro caso, comentou, a elevação reflete a forte sazonalidade, enquanto no segundo ainda reage ao impacto do reajuste nos preços dos medicamentos de até 6,31% no fim de março. "O grande efeito já deve ter passado, mas ainda deve continuar", estimou. O item remédios saiu de um aumento de 3,36% para 2,63% na terceira quadrissemana de maio.
"Já em Despesas Pessoais (alta de 0,34%), os refrigerantes não estão pressionando tanto, pois os preços caíram 0,19%, ante aumento de 1,62%. Jas as passagens aéreas ficaram mais caras (passando de queda de 0,89% para elevação de 0,22%). Talvez o período de baixa tenha terminado", concluiu.

Exportações de soja já somam 6,8 mi t

As exportações brasileiras de soja em maio já se aproximam de recorde histórico, somando 6,8 milhões de toneladas nas quatro primeiras semanas do mês, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).


Navio é carregado com soja, no Porto de Santos

São Paulo - As exportações brasileiras de soja em maio já se aproximam de recorde histórico, somando 6,8 milhões de toneladas nas quatro primeiras semanas do mês, informou nesta segunda-feira a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O volume parcial de maio fica atrás dos números fechados de abril (7,15 milhões de toneladas) e de maio do ano passado (7,28 milhões), maior volume da oleaginosa embarcado na história.
Os números finais das exportações de maio serão divulgados na próxima segunda-feira.
Na semana passada chuvas chegaram a atrapalhar --mas não impedir totalmente-- os embarques no principal porto de grãos do país, em Santos.
Este é o período em que o Brasil mais exporta soja no ano. Na atual temporada, por conta de uma quebra de safra nos EUA em 2012, a demanda internacional ficou ainda mais concentrada nos portos brasileiros.
O ritmo diário de exportações em maio está em 400 mil toneladas, segundo a Secex, bem acima do ritmo do mês passado, de 325 mil toneladas por dia.
Os embarques do Brasil de janeiro até a quarta semana de maio somaram 18,45 milhões de toneladas, ou cerca de metade do que o país prevê exportar no ano em que colheu uma safra recorde.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou as exportações da safra 2012/13 em 36,78 milhões de toneladas da oleaginosa, ante 32,47 na safra passada.
Os preços da soja no mercado internacional acumulam alta nas últimas semanas, em meio a um aperto nos estoques e elevação dos preços no mercado físico norte-americano.
O contrato julho da soja em Chicago chegou a bater na semana passada 15,4675 dólares por bushel, maior valor para o contrato desde meados de setembro.
A soja negociada em Paranaguá, porto de referência para a formação de preço para exportações, subiu 7,5 % desde o início de maio, segundo levantamento do Cepea.

Mercado de trabalho mantém fôlego, diz ministro

O Ministério do Trabalho e Emprego informou que o saldo líquido de empregos formais gerados em abril foi de 196.913 vagas, pior resultado para o mês desde 2009


Carteira de Trabalho em uma fila para candidatos de emprego

Rio - O mercado de trabalho ainda segue com fôlego, apesar dos sinais de desaceleração já apresentados, avaliou nesta segunda-feira, 27, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Questionado se o mercado de trabalho estaria perdendo fôlego, Dias respondeu que, "pelo contrário, estamos hoje com problema de falta de mão de obra". "Em função disso, tem aumentado inclusive o valor real dos salários", afirmou Dias, após participar da abertura da Semana Mundial do Comércio Justo e Solidário, no Rio.
O ministro exaltou a criação de novos postos de trabalho. "O Caged demonstrou que, em abril, tivemos um acréscimo de 197 mil empregos novos, com aumento real do valor desses empregos. E no governo da presidenta Dilma alcançaram 4 milhões de novos empregos gerados", disse.
No dia 21, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que o saldo líquido de empregos formais gerados em abril foi de 196.913 vagas, o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram geradas 106.205. Mesmo assim, o resultado ficou dentro das estimativas dos analistas. Em relação a abril de 2012, a geração de empregos do mês passado foi 9,24% inferior, pela série sem ajuste.
Dias voltou a defender a equiparação de direitos trabalhistas para empregados domésticos, embora considere que o "Congresso é soberano" na elaboração da lei de regulamentação da emenda constitucional que igualou os direitos.
"Cabe ao Congresso a aprovação dessa nova lei. Eu, como ministro do Trabalho, acho que, na medida em que se praticou esse grande gesto, de recuperação histórica, do último resquício da escravidão, que era o trabalho escravo das empregadas e empregados domésticos, não tem como não manter essa extensão. Se é para subtrair direitos dos trabalhadores domésticos, que não se aprovasse então a PEC."