30.9.11

Governo da Bahia apresenta projeto da ponte que liga Salvador à Ilha de Itaparica

Com aproximadamente 12 quilômetros de extensão, seis faixas de tráfego, duas pistas de acostamento e um trecho móvel, com largura de 160 metros. Este foi o projeto básico selecionado para a ponte Salvador-Itaparica, por meio do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), realizado pelo Governo da Bahia. O resultado do PMI, que será publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (30), foi apresentado na tarde desta quinta (29), na Fundação Luís Eduardo Magalhães, em evento com a presença do governador Jaques Wagner, secretários de Estado, entre outras autoridades.


A ponte Salvador-Itaparica deve ser iniciada em 2014 e concluída em 2018. As intervenções têm investimentos estimados em até R$ 7 bilhões. Os recursos serão dos governos federal e estadual e da iniciativa privada. A previsão é que as obras comecem por Salvador, entre o berço do terminal de São Joaquim e a área de ampliação do porto, chegando à Gameleira, em Vera Cruz. O objetivo é garantir maiores condições de mobilidade e segurança a todos que trafegarem pela via.

O projeto prevê que o espaçamento entre as pilastras de sustentação da obra deve ser de 250 metros. Haverá um vão central, de espaçamento de 700 metros de largura e 70 metros de altura, utilizado para a passagem de embarcações destinadas aos portos de Salvador e Aratu, e uma profundidade de 25 metros, que possibilitará o atracamento de embarcações, a exemplo de navios.

Também estão previstas duas pilastras de sustentação que se movimentarão em torno de seu eixo central, para permitir a passagem de embarcações mais altas pela estrutura como plataformas. Outra novidade é a criação de um mirante, que servirá como mais um ponto turístico e de onde os visitantes poderão apreciar a Baía de Todos-os-Santos, Salvador e a Ilha de Itaparica.

Nas próximas etapas serão realizados estudos de impacto ambiental

Para as próximas etapas está prevista a realização de estudos de viabilidade técnica e econômica, além de impacto ambiental. A previsão é que todo este processo, mais a licitação estejam prontos até 2014, quando as obras devem começar.

“Vamos aprofundar o projeto até o edital de licitação para que a modelagem final aconteça. Tenho certeza que um bom projeto da integração da ilha a Salvador vai atrair investidores do mundo inteiro. O que estamos fazendo não é apenas uma ponte, é um projeto de desenvolvimento, arrojado, que deve garantir 30 a 40 anos de desenvolvimento para toda esta região beneficiada pela ponte”, afirmou o governador Jaques Wagner.

Empreendimento será compatível com expansão do porto de Salvador

O secretário do Planejamento, Zézeu Ribeiro, explicou que o projeto preserva padrões estéticos da baía, além de ser compatível com a expansão do Porto de Salvador e a viabilidade das operações portuárias no interior da Baía de Todos-os-Santos, garantindo ainda a implantação de estaleiros e unidades industriais nos municípios do entorno da baía.

O prefeito municipal de Vera Cruz, Antonio Magno, disse que a ponte será um instrumento de desenvolvimento para o município. “Esta é uma oportunidade ímpar que temos para a sustentação econômica da cidade e torná-la planejada e mais desenvolvida”.

Integração

As cidades de Salvador, Vera Cruz e Itaparica sofrerão impactos positivos com a ponte, que se integrará à BA-001 e às BR’s 101, 116 e 242. Em Salvador, o Centro Antigo será dinamizado e haverá integração com as obras de mobilidade. Em Vera Cruz e Itaparica, a expectativa de aumento populacional fará com que ocorra um amplo desenvolvimento urbano, inclusive com revisões nos Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano (PDDU) desses municípios, de forma a assegurar a sustentabilidade ambiental.

Sistema Viário Oeste

A partir da ponte será construído o Sistema Viário Oeste, proporcionando a duplicação das BA’s 001 e 046, nos trechos entre Bom Despacho, Nazaré e Santo Antônio de Jesus, e ainda implantada nova rodovia, ligando os municípios de Santo Antônio de Jesus e Castro Alves. A partir daí, ocorrerá duplicação da BA-493 até o entroncamento com a BR-116.

Projetado como um indutor de desenvolvimento econômico e social, o Sistema Viário Oeste será elemento fundamental na dinamização de toda a Bahia. Haverá um novo impulso ao eixo litorâneo sul, permitindo a criação de um novo polo industrial e logístico no Recôncavo Baiano, ancorado por investimentos já em curso (estaleiros em São Roque do Paraguaçu) ou projetados (nova retroárea do porto de Salvador).

Com essas intervenções, a expectativa é que sejam abertas três vertentes de desenvolvimento. A primeira soluciona um gargalo logístico, criando uma nova conexão do complexo portuário da Baía de Todos-os-Santos com as BRs 101, 116 e 242, encurtando a distância entre 100 e 200 quilômetros para quem vier do sul e do oeste.

As obras também permitirão a retomada do desenvolvimento de regiões fragilizadas economicamente, entre as quais a Ilha de Itaparica, Recôncavo baiano e o baixo sul. O projeto criará ainda um novo eixo de expansão urbanística, diminuindo a pressão sobre as áreas urbanas de Salvador e do litoral norte. O turismo nos municípios ao longo da BA-001, desde Salvador até Ilhéus, também será estimulado.

Veja abaixo o vídeo com a projeção da ponte Salvador-Itaparica

Beneficiários do Planserv podem obter cartão de identificação também pelo site

A partir deste sábado (1° de outubro), os beneficiários do Planserv vão poder obter o cartão de identificação provisório pelo site do plano. O mesmo documento, que permite o acesso aos serviços de saúde, também poderá, a partir desta data, ser solicitado nos postos Planserv dos SACs Barra, Comércio, Iguatemi e Paralela.

Segundo a coordenadora-geral do Planserv, Sônia Carvalho, a utilização da internet como mais uma opção para a impressão do cartão de identificação visa proporcionar agilidade e mais comodidade ao beneficiário.

Depois de impresso, o documento pode ser plastificado. Quando solicitado nos SACs, será impresso em um tipo de papel que garante maior durabilidade. A plastificação também fica a critério do beneficiário. Quem optar por imprimir o cartão pelo site, deve clicar na opção Beneficiários, na página principal, e, em seguida, em Cartão de Identificação. É preciso informar o número do benefício e a senha.

Os cartões definitivos em PVC voltarão a ser fabricados em novembro, na sede do Planserv, em equipamentos próprios, e serão distribuídos pelos Correios.

Secretários da Educação fazem balanço do Pacto com os Municípios

O Pacto com os Municípios, compromisso do programa estadual Todos pela Escola para garantir aos estudantes baianos o direito de aprender, reúne secretários da Educação de 217 municípios baianos, nesta sexta-feira (30), no Hotel Vilamar, em Amaralina - Salvador. O encontro, que conta com a participação do secretário da Educação, Osvaldo Barreto, é mais um espaço para o planejamento articulado e um maior compartilhamento de responsabilidades na implementação das ações do Pacto.

Segundo Osvaldo Barreto, é necessária uma mobilização para o processo de construção da educação. "Temos que ter um olho no futuro e atrair esta juventude, o que há de melhor na sociedade, para dentro das escolas". Para isso, ele afirma que a Secretaria da Educação tem focado seu trabalho nas escolas e definido alguns projetos estruturantes. "Estamos propondo construir um plano nacional de educação, em articulação com o governo federal, e também uma política de Estado, e não de governo, que seja enraizada socialmente".

A meta da Secretaria Estadual da Educação é alfabetizar todas as crianças até os oito anos de idade. A parceria envolve 136 mil estudantes, 11 mil professores, 417 formadores e 217 coordenadores. O governo do Estado está trabalhando para congregar todos os 417 municípios baianos. Os que ainda não aderiram podem manifestar o interesse, enviando solicitação para o email pacto@educacao.ba.gov.br.

Governo libera R$ 1,95 bilhão para incentivar exportações

A presidente Dilma Rousseff assinou medida provisória autorizando a União a entregar R$ 1,95 bilhão às cidades, Estados e ao Distrito Federal para incentivar as exportações no país.

A medida foi publicada nesta sexta-feira (30) no "Diário Oficial da União". Os recursos serão entregues em três parcelas de R$ 650 mi até o último dia útil dos meses de outubro, novembro e dezembro. A divisão do dinheiro entre os municípios se baseará nos critérios de participação na distribuição da parcela do (ICMS) de cada Estado, aplicados neste ano.

Do total, os Estados ficarão com 75% e os 25% restantes serão repassados aos municípios.

O texto estabelece ainda que o Ministério da Fazenda poderá definir regras de prestação de informação pelos estados e pelo Distrito Federal sobre a manutenção e o aproveitamento de crédito pelos exportadores.

Pelo decreto, a divisão do dinheiro para os municípios seguirá os critérios de participação na distribuição da parcela do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com os respectivos Estados ao longo deste ano.

A decisão do governo ocorre no momento em que a presidente Dilma Rousseff destaca sua preocupação com os impactos da crise econômica internacional no Brasil. Segundo Dilma, não há país imune aos efeitos da crise.

Um dos esforços, de acordo com a presidente, é o estímulo à indústria nacional, a com geração de emprego e renda. Para ela, os estrangeiros que quiserem investir no Brasil terão apoio desde que garantam a abertura de novas vagas de trabalho e geração de renda no país.

(Com informações da Agência Brasil)

Dólar opera em alta no final da semana

Na quinta-feira (29), moeda fechou a R$ 1,843 na venda, alta de 0,35%.
Cautela com crise da dívida na Europa afetou mais uma vez os mercados.


O dólar comercial opera em alta nesta sexta-feira (30). Perto das 9h30, a moeda tinha valorização de 0,48%, a R$ 1,853 na venda.

Na quinta-feira (29), depois de operar em queda ao longo do dia, o dólar mudou de direção no fim do pregão e fechou em alta, acompanhando a piora do mercado internacional com a cautela permanente sobre a crise da dívida na Europa.

A moeda norte-americana avançou 0,35%, vendida a R$ 1,843. Esta é a segunda alta seguida, já que, na véspera, o dólar havia subido 1,75%.

Na semana, a divisa ganha 0,24%. Em setembro, o dólar acumula alta de 15,73% até esta quinta-feira. No ano, a valorização é de 10,62%.


Confiança da indústria recua em setembro, mostra FGV

O índice é o menor desde agosto de 2009.
Piora das expectativas para os próximos meses pesou sobre resultado.


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) medido pela Fundação Getulio Vargas registrou recuo de 1,6% em setembro, em relação ao mês anterior, passando de 102,7 pontos para 101,1 pontos. Segundo a pesquisa, o índice é o menor desde agosto de 2009 (100,2), ficando 2,9 pontos abaixo da média desde 2003.

A piora das perspectivas para os próximos meses pesou sobre o resultado de setembro. O Índice de Expectativas (IE), que integra o cálculo do ICI, caiu 2,6%, para 99,2 pontos.

Entre os itens que fazem parte do Índice de Expectativas, o emprego industrial teve resultado negativo. O indicador ficou em 105,1 pontos e é o menor desde junho de 2009 (98,0). Das 1.241 empresas consultadas, 17,7% afirmaram que deverão aumentar a contratação de mão de obra nos três meses seguintes (contra 22,6% em agosto), enquanto 12,6% pretendem diminuir o efetivo (contra 11,9%).

Já o Índice da Situação Atual (ISA) teve uma queda menor, de 0,6%, para 102,9 pontos, menor nível desde agosto de 2009 (101,4), de acordo com a FGV. Entre os itens integrantes do ISA, a proporção de empresas que disseram considerar o nível atual de demanda como forte recuou de 14,9% para 14,0%; a parcela das que o avaliam como fraco subiu de 10,6% para para 11,7%.

Em setembro, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou em 83,6%, o menor patamar desde novembro de 2009 (82,9%).


Bolsas globais encolhem 9% no ano e perdas somam R$ 10 trilhões

Mercados de ações do mundo agora valem R$ 101 trilhões; Ásia amarga maiores perdas, de R$ 5,3 tri, cerca de 15% de seu valor


Foto: AP Ampliar

Bolsas asiáticas perdem US$ 2,9 trilhões de janeiro a agosto, 15% de seu valor

A crise econômica global está encolhendo as bolsas de todo o mundo neste ano. Até agosto, as principais bolsas de valores do mundo já tinham perdido US$ 5,4 trilhões (R$ 9,92 trilhões) em valor de capitalização e, juntas, somavam US$ 54,9 trilhões (R$ 100,9 trilhões), contra US$ 60,4 trilhões (R$ 111 trilhões) em dezembro de 2010.

Os dados são da organização internacional World Federation of Exchange (WFE), que compila informações dos 52 principais mercados de ações do mundo, em dólares.

As praças asiáticas foram as que mais perderam. Sozinhas, tiveram seu valor total de capitalização reduzido em 15%, ou cerca de US$ 2,9 trilhões (R$ 5,3 trilhões), mais da metade das perdas globais.

No total, os principais mercados de ações da região Ásia Pacífico totalizavam US$ 16,4 trilhões (R$ 30,1 trilhões) no fim de agosto deste ano. Enquanto isso, tanto as bolsas americanas, como as europeias e as africanas viram seus valores de capitalização diminuírem em cerca de 6%.

Os mercados de ações das Américas perderam US$ 1,3 trilhão de janeiro a agosto – sendo que a bolsa de valores brasileira, a BM&FBovespa, encolheu US$ 141 bilhões (R$ 259 bilhões), cerca de 9,2% de seu tamanho. No oitavo mês do ano, as bolsas das Américas somavam um capital de US$ 20,8 trilhões (R$ 38,2 trilhões).

As bolsas de valores europeias, por sua vez, somam uma perda de US$ 830 bilhões no ano, para US$ 12,7 trilhões, enquanto as principais praças da África e do Oriente Médio, juntas, ficaram US$ 318 bilhões menores, somando US$ 5 trilhões.

46 mil empresas listadas

Além do destaque por seu menor valor de capitalização, as bolsas da Ásia também lideram em número de novas companhias listadas, com 410 companhias a mais em seus mercados de ações em 2011. Só na bolsa chinesa de Shenzhen o número de empresas abertas subiu de 1.169 no fim de dezembro do ano passado para 1.352 em agosto deste ano.

No total, o número de novas companhias com ações nas 52 bolsas associadas à WFE cresceu em 606, passando de 45.541 para 46.147.

O aumento é maior do que o de 2010, quando o número de empresas listadas aumentou em 202 em relação ao fim do ano anterior, de acordo com os dados da WFE.

Chipre tem maior perda, Irlanda maior ganho

A bolsa de valores da ilha de Chipre, no mar Mediterrânio, amarga a maior perda percentual, até agosto, de 37,8%, cerca de US$ 2,6 bilhões. Enquanto isso, o maior ganho foi do mercado de ações da Irlanda, de 51,8% (31 bilhões).


Alpargatas, dona da Havaianas, quer crescer no exterior

Empresa diz que processo de internacionalização está na reta final. Hoje, 32% do faturamento é em moeda estrangeira


A Alpargatas, mais conhecida pela marca Havaianas, considera estar na reta final para alavancar seu processo de internacionalização.

Com a entrada em novos mercados e expansão naqueles onde já opera, a companhia tem como meta elevar a participação das vendas externas na receita do grupo nos próximos três anos.

Foto: Divulgação

Loja da Havaianas em Barcelona, na Espanha

Atualmente, a Alpargatas tem 32% do faturamento em moeda estrangeira, percentual que, segundo o diretor-presidente da companhia, Márcio Utsch, deve chegar a 40% em 2014, ano em que espera atingir entre R$ 5,5 bilhões e R$ 6 bilhões em vendas.

"Já estamos em 82 países, não faltam muitos para continuar crescendo. Crescer no mercado internacional é nosso objetivo, mas sem abandonar o Brasil", disse ele à Reuters na quinta-feira.

Do total de países onde a empresa atua, nove contam com operações próprias e o restante com distribuidores. Mais recentemente, a companhia avançou para Índia e Paquistão.

Mas, ainda que a expansão internacional esteja no foco da Alpargatas, Utsch descarta a possibilidade de a empresa passar a produzir fora do Brasil.

"A fabricação no Brasil faz uma diferença enorme lá fora, principalmente no caso de Havaianas... Quanto mais concentrar a produção, mais escala eu tenho. Resisto a abrir novas fábricas."

É por essa razão que a Alpargatas tem adotado o movimento de redução do número de fábricas, que passam a ter porte maior, sem reduzir o volume de produção. A empresa tem quatro fábricas de grande porte e 13 satélites, e conta com dois centros para montagem, preparo e customização de produtos, um nos Estados Unidos e outro na Espanha.

Além de explorar novos mercados e novas categorias de produtos, o plano de crescimento da Alpargatas está apoiado em crescimento orgânico e fusões ou aquisições de concorrentes.

"Estamos sempre observando o movimento de concorrentes... Mas olhamos aqueles que estão mais vulneráveis. Vamos focar onde podemos ganhar", disse o executivo, sem dar mais detalhes sobre possíveis negociações em andamento.

Para suportar tais planos, Utsch considera a possibilidade de se capitalizar por meio da emissão de dívida no mercado local. "Temos bastante caixa e, mais do que isso, nosso endividamento é negativo. Temos capacidade enorme de alavancagem por divida."

A Alpargatas encerrou junho com 666,4 milhões de reais em caixa e endividamento de 284,3 milhões.

Foco na marca Topper

A Alpargatas elegeu a marca Topper como destaque para os próximos anos. A Topper responde por 32% do mercado de artigos esportivos na Argentina e por 25% do segmento de futebol no Brasil, e também deve passar um processo de internacionalização.

Entre os planos da companhia está a abertura de lojas próprias sob a bandeira Topper, hoje presentes apenas na Argentina, onde existem 30 unidades. Utsch, entretanto, não quis comentar sobre a previsão de abertura dessas lojas no Brasil.

"Queremos elevar a percepção de valor da marca e fazer com que a Topper tenha a mesma relação custo/benefício imbatível da Havaianas", disse ele, acrescentando que a Topper acaba de ser inserida na Colômbia e no Peru.

O movimento focado na América do Sul, segundo o executivo, tem uma razão mais forte: aproveitar a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014.

"A Topper terá de estar consolidada pelo menos um ano antes da Copa para termos participação de mercado interessante contando com as pessoas que virão para cá assistir os jogos", afirmou.

Em 2011 até agora, a Alpargatas apurou ganho de quase 4 pontos percentuais em participação de mercado, contabilizando 54% em sandálias e cerca de 7% em calçados esportivos, número que tende a aumentar até o fim do ano, segundo Utsch.


29.9.11

Conferência Sobre Desenvolvimento.

 Prezados, o Colegiado de Economia convida para prestigiar a conferência sobre Macroeconomia e Desenvolvimento Regional, com a professora Vanessa Corrêa (UFU - IPEA), no auditório do módulo IV de aulas, dia 29 de setembro, as 19h.



Além dos lucros, alta rotatividade e questão de gênero motivam greve dos bancários


A greve do setor, que entra em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), também tem origem na insatisfação dos trabalhadores com a rotatividade do emprego, sobretudo aquela relacionada à troca de funcionários de mais altos salários por jovens com menor remuneração. Em média, bancárias ainda recebem 24% a menos do que os homens.

SÃO PAULO – Não são apenas os altos lucros das instituições financeiras que estimulam os bancários a cruzarem os braços em busca de melhores salários.

A greve do setor, que entra em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), também tem origem na insatisfação dos trabalhadores com a rotatividade do emprego, sobretudo aquela relacionada à troca de funcionários de mais altos salários por jovens com menor remuneração.

Um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese) ajuda a dimensionar esse fenômeno.

No primeiro trimestre de 2011, os bancos desligaram de seus quadros 8.947 trabalhadores, que possuíam um salário médio de R$ 4.086,32, e contrataram 15.798 novos empregados, com remuneração média de R$ 2.330,25.

Apesar do saldo positivo de 6.851 vagas geradas, a diferença salarial entre admitidos e desligados foi de 42,97%, acima do verificado no ano anterior, de 37,57%.

De acordo com o técnico do Dieese Miguel Huertas Neto, um dos responsáveis pela pesquisa divulgada em julho, a rotatividade explica porque, nos últimos seis anos, os bancários empregados acumularam reajuste real de pelo menos 12,2%, mas a média salarial do setor subiu apenas 3,6% – de R$ 4.278, em 2004, para R$ 4.435, em 2010, em valores já corrigidos pela inflação.

Com remuneração menor, a juventude é a nova cara do trabalhador bancário. Entre os 15.798 funcionários admitidos nos primeiros três meses deste ano, 72,84% tinham até 29 anos. Já entre os trabalhadores com mais de 40 anos, houve 2.002 mais desligamentos do que admissões.

“O principal motivo de desligamento continua sendo ‘a pedido’, com quase a metade dos desligamentos. Em relação aos bancários que foram desligados, observa-se que, além de a maioria ter pedido demissão, eram pessoas com maior escolaridade, principalmente aquelas com ensino superior completo”, explica Huertas.

Questão de gênero
Não é apenas a troca de funcionários de faixa etária elevada por outros, mais jovens, que impõe a estagnação do salário médio pago aos bancários.

Os dados da pesquisa do Dieese revelam que isso também ocorre porque as instituições financeiras têm contratado menos homens e mais mulheres, para quem costumam pagar menos. 

Segundo o estudo, as mulheres desligadas saíram do banco com rendimento médio de R$ 3.410,41, valor 27,41% inferior àquele auferido pelos homens (R$ 4.697,90).

Na contratação, a mão-de-obra feminina começa a trabalhar ganhando, em média, R$ 2.004,21, enquanto os admitidos do sexo masculino receberam o equivalente a R$ 2.639,32 – 24,06% a mais.

O Dieese aponta que o degrau salarial que separa homens e mulheres permaneceu do mesmo tamanho quando comparado aos 24,10% registrados em 2010.

Braços cruzados
Em assembléia realizada no início da noite desta quarta-feira (28), os bancários decidiram manter a greve até pelo menos a próxima segunda-feira, quando ocorrerá nova assembléia. 

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT), a paralisação cresceu em seu segundo dia, com 2.057 novas agências fechadas.

No total, há 6.248 unidades paradas em todos os Estados brasileiros, exceto Roraima, e no Distrito Federal.

A Contraf-CUT disse, porém, que os bancários de Roraima aprovaram, em assembléia realizada na terça-feira (27), o início da greve para o dia 3 de outubro.

“A força da greve é proporcional à insatisfação dos bancários, que cresce a cada dia sem manifestação por parte dos bancos", diz Carlos Cordeiro, presidente da confederação.

Os trabalhadores do setor entraram em greve após a quinta rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada na última sexta-feira (23), em São Paulo.

Eles recusaram a proposta de reajuste salarial de 8% sobre os salários e reivindicam 12,8%, incluindo 5% de aumento real.

Lutam ainda, entre outros pontos, pelo fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes, contra "metas abusivas" e o "assédio moral", mais segurança, igualdade de oportunidades e maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Os seis maiores bancos que operam no Brasil (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Caixa, Santander e HSBC) lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, alta de 20,11% sobre o registrado no mesmo período de 2010.

Mundo ainda vai ficar pior antes de melhorar, diz David Darst


Chefe de investimento estratégico do Morgan Stanley Smith Barney afirma que 2012 pode ser ainda pior que 2011 e diz que Europa e os EUA precisam de reformas para superar a crise

Foto: DivulgaçãoAmpliar
David Darst, do Morgan Stanley Smith Barney: 'países desenvolvidos precisam de reformas estruturais'
A crise europeia poderá fazer de 2012 um ano ainda pior que 2011, quando os problemas dos países endividados na Europa e da economia norte-americana espalharam preocupações por todo o mundo. A opinião é de David Darst, diretor do Morgan Stanley Smith Barney e chefe global de investimentos estratégicos do banco.
“Mas pode ser diferente caso as autoridades façam as coisas certas. De qualquer forma, o mundo vai piorar antes que fique melhor,” afirma.
Na lista de “coisas certas” a serem feitas, Darst inclui reformas tributárias, pesados cortes de gastos e envolvimento de alguns países europeus com o problema de outros.
Atualmente, diz ele, existe uma batalha entre autoridades e mercados. “Os mercados estão pressionando os líderes globais, que estão sendo forçados a tomar atitudes econômicas “amigáveis”,” afirma. No entanto, apesar de as autoridades, primeiros-ministros, secretários do Tesouro, Bancos Centrais, tanto dos Estados Unidos e da Europa, estarem se esforçando para acalmar os ânimos dos mercados globais, Darst acredita que não estão indo no caminho correto.
“O tempo todo falam em mais estímulos e mais dinheiro, e não em uma reforma estrutural. A Europa, os Estados Unidos e o Japão ainda não fizeram grandes reformas, seus líderes acham que isso não é necessário.”
O diretor diz que são necessárias reformas tributárias, assunto polêmico nos Estados Unidos. De um lado, estão os defensores da mudança, assim como Darst. Eles defendem que os cortes e mudanças de impostos poderiam levar a uma situação ainda mais crítica no curto prazo, mas incentivariam o crescimento e, consequentemente, levariam à redução das dívidas.
No caso europeu, ele acrescenta, a Alemanha também tem que ajudar a Grécia e que são necessários mais esforços conjunto para cuidar da situação da dívida grega.
Darst afirma que os países em desaceleração e em situação de alto endividamento precisam cortar impostos e simplificar taxas para que mais empregos sejam criados e as pessoas possam consumir mais. De outro lado, estão aqueles que argumentam que uma reforma tributária não levaria, necessariamente, à geração de empregos e à melhora da economia.
“A situação europeia está complicada, mas não estamos no fim do mundo. O fim do mundo como conhecemos pode não ser o fim do mundo. Acho que estamos em um momento de transição,” afirma.
5 saídas para os EUA
Para os Estados Unidos, Darst defende que a solução econômica não está em planos de estímulo, mas em alguns aspectos cruciais: poupança e investimentos, educação, redução de dívidas e diminuição das disparidades.
Quando se fala em poupança e investimentos, a sugestão é a mesma para a Europa, a redução de tributor: “eu acho necessário que os Estados Unidos reduzam uma parte de tributos e impostos. Os altos custos dificultam que as companhias façam investimentos em novos equipamentos e que as pessoas consumam mais.”
Em educação, a primeira necessidade é de um programa nacional para que as pessoas ajudem no ensino da população. “Acho que precisamos de um serviço nacional, que pode ser voluntário ou mandatório, para que as pessoas que saem das escolas e também aposentados e avós passem a dar aulas e ajudar os professores.”
Dentro deste universo da educação também entra a formação familiar, diz Darst, que segundo ele vem ficando pior no país. Ele cita uma pesquisa do instituto norte-americano Pew Research Centre, que constatou que 40% dos bebês nascidos nos Estados Unidos em 2009 não tinham os pais casados.
Já a dívida do país precisa ser cortada, a começar pelos pagamentos dos salários de funcionários federais, que costumam ganhar de 30% a 40% acima da média. “Precisamos reduzir esse diferencial de alguma forma. Isso poderia levar a uma economia de centenas de milhões de dólares,” afirma.
As ideias para os cortes de gastos também poderiam vir do setor privado. “Homens como Steve Jobs, Warren Buffet, Jack Welch poderiam basicamente apresentar uma lista de 10 coisas que poderiam ser feitas para reduzir os gastos do governo,” diz Darst.
Outra questão que precisa ser tratada nos Estados Unidos, segundo o diretor do Morgan Stanley Smith Barney são as disparidades entre ricos e pobres, entre setor público e privado e entre novos e velhos. “O governo precisa permitir que a iniciativa privada o ajude neste quesito. Também acho que deveríamos aprender com experiências de fora, por exemplo, com o Bolsa Família do Brasil. Poderíamos achar o que o programa tem de melhor e usar isso,” diz.
Brasil
Para Darst, o Brasil pode ficar mais tranquilo em relação à crise global por ter grandes reservas, empresas muito competitivas e uma grande demanda da China.
“O Brasil não é mais um país médio, é um grande país.” Ele cita gigantes como Petrobras, Vale e Brazil Foods como exemplos do que considera a “força brasileira” e diz ainda que o Brasil pode usar lucros que obtiver em diversas áreas para desenvolver o consumo interno. “A chave é a classe média, que vai trazer um crescimento mais estável ao País,” diz.
“E agora vocês têm a Olimpíada e a Copa, que são oportunidades não para o Brasil se mostrar ao mundo, mas sim para mostrar a si mesmo e transmitir confiança aos seus próprios cidadãos.”

Crise já afeta comportamento do desemprego, diz Dieese

Taxa de crescimento da ocupação, na comparação com mesmo mês do ano passado, caiu de um ritmo de 5,5% em 2010 para menos de 2% este ano



SÃO PAULO - O diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, afirmou nesta quarta-feira, 24, que a crise financeira internacional já mudou o comportamento tradicional do desemprego no País. Segundo Clemente, a taxa de crescimento da ocupação nas sete regiões metropolitanas pesquisas pela entidade caiu, nas comparações com o mesmo mês do ano anterior, de um ritmo de 5,5% em 2010 para menos de 2% este ano.
"A tendência é de que o desemprego ainda caia neste segundo semestre, mas não com a mesma intensidade dos últimos anos", analisou. "Em junho, por exemplo, tivemos o terceiro mês consecutivo de estabilidade na taxa de desemprego, o que não é normal. Tradicionalmente, ela deveria estar caindo nesta época do ano", afirmou o diretor-técnico do Dieese, ao participar de um ciclo de seminários sobre "Progressividade da Tributação e Desoneração da Folha de Pagamento", realizado na capital paulista.
Segundo Clemente, o fato de a População Economicamente Ativa (PEA) não estar crescendo contribuiu para que o desemprego se mantivesse estável. "Considerando esse quadro, o desemprego deveria estar caindo, já que não está havendo uma pressão da PEA", disse. "O mercado de trabalho já está observando os impactos da crise", admitiu.
Clemente explicou que, para que a taxa de desemprego se mantenha estável, o nível de ocupação deve crescer por volta de 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior. "Embora a ocupação esteja crescendo a um nível inferior, o desemprego ainda se mantém estável porque a PEA não está crescendo e, portanto, não está pressionando o mercado de trabalho", afirmou.
Outro dado relevante citado por Clemente é a renda, que parou de crescer e em alguns setores já está caindo. "Parte disso se deve à aceleração da inflação, mas o fato é que o valor nominal da renda também não tem crescido", afirmou. "Podemos ter surpresas nos próximos meses."
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann, concorda que os impactos da crise financeira internacional no País atingirão o emprego ainda neste ano. Pochmann lembra que o segundo semestre costuma ter um resultado, em termos de geração de empregos, sempre melhor que o primeiro semestre. "O segundo semestre conjunturalmente é melhor que o primeiro, então talvez ele não apresente sinais tão evidentes (de desaceleração)", observou. "Mas os dados do comércio e da indústria já mostram um ritmo de crescimento do emprego muito próximo a zero."

BC reduz projeção de crescimento da economia e sobe a de inflaçãoTítulo da postagem


O Banco Central elevou suas projeções para a inflação neste ano e reduziu o cenário para o crescimento econômico em 2011, segundo o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira.
O prognóstico para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 foi reduzido de 4% para 3,5%.
A perspectiva para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou de 5,8% para 6,4%, enquanto o de 2012 foi de 4,8% para 4,7%.
O BC projeta ainda que a inflação estará em 4,5% nos 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2013, último período de previsões do relatório.

"Possibilidade elevada" de recessão em economias maduras

O BC vê "possibilidade elevada de recessão" em alguns países devido à crise global, "em especial nas economias maduras" (países mais ricos).
O relatório divulgado nesta quinta-feira, também trouxe que o BC vê que a desaceleração da atividade doméstica torna o balanço de riscos para a inflação  mais favorável.
Fonte:http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/09/29/bc-reduz-projecao-de-crescimento-da-economia-e-sobe-a-de-inflacao.jhtm
Fonte:

BC reduz previsão de crescimento da economia para 3,5%


O Banco Central reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira neste ano de 4,0% para 3,5%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira (29).
A redução se deve, segundo o BC, aos resultados abaixo do esperado divulgados no primeiro semestre, a dados parciais que mostram desaceleração no terceiro e à revisão das projeções para os últimos três meses do ano.
A agropecuária deverá crescer 2,1%, 0,2 ponto percentual acima da estimativa anterior. A expansão do setor industrial teve recuo de 1,9 ponto, para 2,3%. A produção do setor de serviços deve aumentar 3,5%, ante 3,8% na projeção anterior.
Em relação à demanda, a nova projeção considera crescimento maior no consumo das famílias (de 4,1% para 4,5%) e para o consumo de governo (de 1,9% para 2,1%). A estimativa para os investimentos foi reduzida de 6,4% para 5,6%.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/poder/982764-bc-reduz-previsao-de-crescimento-da-economia-para-35.shtml

Corretor imobiliário fala sobre o mercado conquistense


Vitória da Conquista tem se destacado no cenário nacional como uma das cidade que mais cresce. São cerca de 320 mil habitantes, além de estar entre os três maiores municípios da Bahia. Diariamente, cerca de 50 mil pessoas de outros municípios circulam pela cidade.
Aliado a isso, o mercado de construção civil tem crescido a olhos vistos, em grande empreendimentos espalhados por toda cidade. A grande oferta de novos imóveis e as possibilidades para aquisição da casa própria, com facilidades proporcionadas pelo governo e instituições financeiras, têm uma influência direta no mercado imobiliário da cidade.
Para conversar um pouco mais sobre o setor imobiliário de Vitória da Conquista, o seu comportamento e expectativas, o Site da Cidade conversou com o corretor imobiliário e sócio de uma imobiliária da cidade, Leonardo Carqueija.
Leonardo Carqueija. Foto: Zé Silva

Site VC: Vitória da Conquista é uma das cidade que mais cresce no setor de construção civil no Brasil, de que forma isso influencia no mercado imobiliário?
Leonardo Carqueija: O setor imobiliário, como outros setores, responde a estímulos que são dados. A abertura da BR 116 na década de 1940, que foi um marco na relação de Conquista com as outras regiões, a implantação da cultura do café que veio a ser base para tudo isso, a chegada da Uesb  - que se tornou um celeiro de mão de obra na cidade, o aumento das instituições federais, como Polícia Federal, Justiça Federal, Ministério Público, e tantos outros, o amadurecimento das organizaçõe sociais, e a grande oferta de serviços em diversas áreas em Vitória da Conquista, fizeram com que ela se tornasse uma capital regional, atendendo cerca de 70 municípios baianos e 16 de Minas Gerais. O setor imobiliário se empenha para prestar serviços e ofertar produtos condizentes às necessidades de todo o sudoeste baiano e norte de Minas Gerais.
Site VC: Qual o perfil das pessoas que buscam a imobiliária?
Leonardo Carqueija: Todo nível de público, hoje, procura uma imobiliária. Antes era diferente, o público que procurava a imobiliária era um público de poder aquisitivo maior, mas hoje, é muito variado. Com a presença dos projetos do PAC, do governo federal, propicia que as camadas com uma renda mais baixa recorram às empresas de prestação de serviço para conseguir ter acesso a empreendimentos das construtoras. Além disso, começamos também a ter imobiliárias de bairro, propondo para o  mercado uma relação mais segura nas transações comerciais para as camadas de poder aquisitivo mais baixo. E hoje todo mundo procura qualidade, se você tem uma imobiliária de bairro que proporciona toda a segurança e estrutura para o cliente, com certeza ele vai procurá-la.
Foto: Zé Silva.

Site VC: Uma das grandes queixas é que o preço do aluguel de Vitória da Conquista é muito alto. O que define o preço cobrado pelo aluguel de um imóvel?
Leonardo Carqueija: Todos os preços, não só do mercado imobiliário, estão sujeitos à lei de demanda, da oferta e da procura. Além disso têm os custos de produção dos imóveis. Algumas pessoas reclamam que o preço está caro, mas se você for em Itapetinga, por exemplo, você vai ver o que o preço está muito próximo de Conquista e, às vezes, o aluguel lá hoje está mais alto que aqui levando em consideração o valor vendal do imóvel. Hoje em Conquista a oferta de imóveis está bem equilbrada com a procura, a cidade está num momento maduro para este mercado.
Foto: Zé Silva.

Site VC: Em relação à oferta e procura, nossa cidade está tendo um número elevado de construções, e isso aumenta ainda mais a oferta de novos imóveis. Essa situação não poderia levar a um colapso do mercado imobiliário em Conquista?
Leonardo Carqueija: Em 2008 eu estive num fórum de habitação popular em Belo Horizonte, e os números que foram apresentados lá revelavam que o número de unidades habitacionais que estão sendo construídas, não vai se aproximar de sanar o déficit habitacional do país, que é enorme. E esse déficit tem um número muito grande na zona rural, que ainda não está sendo olhado. Então, no Brasil você tem um déficit habitacional muito grande, com um número de pessoas que pagam aluguel, com pessoas que compartilham unidades (filhos que moram com os pais depois do casamento, ou até duas família compartilhando unidades), então a previsão de um boom é muito pequena. Porque há uma necessidade de moradia muito grande no Brasil.
Site VC: O que você acha do surgimento de diversos novos condomínios construídos cada vez mais afastados do centro da cidade?
Leonardo Carqueija: O governo, com o projeto Minha Casa Minha Vida, deixou por conta das construtoras encontrar as áreas urbanizadas para construir os seus projetos. Só que o país todo tem um déficit de área urbanizada, e como isso é algo que influencia diretamente no custo do empreendimento e a margem de retorno das construtoras é pequena, elas foram em busca de áreas mais baratas. São áreas mais distantes do centro da cidade e por consequência, desprovidas das estruturas governamentais, são pontos espalhados que não vão ter escola, posto de saúde, policiamento. O governo poderia ter feito algo parecido com um centro industrial, onde ele iria desapropriar uma área enorme, criando uma área central de governo e dividir em áreas que seriam vendidas com valor de mercado para as construtoras. Assim você não ia ter por exemplo mil habitações no anel viário.

Acordo nos royalties pode render R$ 19,2 bilhões para estados e municípios em 2012


O acordo no Senado para aprovação do projeto que trata dos royalties do petróleo vai permitir que estados e municípios (produtores e não produtores) partilhem recursos da ordem de R$ 19,2 bilhões em 2012. A proposta prevista para ir ao plenário na próxima semana também prevê arrecadação da União em torno de R$ 8,8 bilhões para o próximo ano. Do total, a destinação será de R$ 10,8 bilhões somente para produtores e R$ 8,4 bi para estados e municípios não produtores.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA), defendeu durante seu pronunciamento na noite de ontem (28), no Senado, a urgência na aprovação do Projeto de Lei 448, de 2011. “Não se trata aqui de uma batalha entre Estados produtores e não produtores. O debate é quanto à forma como vamos tratar as questões que envolvem a distribuição de royalties. De que maneira vamos interferir para que a aplicação dos recursos, inclusive do pré-sal, possa, com suas vinculações, ter, principalmente, sua aplicação pautada na área de ciência e tecnologia, na educação e na saúde”, disse.

Pinheiro disse ainda que o projeto prevê a criação de um Fundo de Compensação Financeira destinado a ressarcir os Estados por eventuais danos ambientais, a partir de 2013.



Assessoria de Comunicação do Senador Walter Pinheiro (PT-BA)

Fonte: http://www.jornaldiariosudoeste.com.br/v3/2011/09/29/acordo-nos-royalties-pode-render-r-192-bilhoes-para-estados-e-municipios-em-2012/