16.7.12

Brasil cai do 2º para o 8º lugar em ranking de otimismo dos empresários

61% dos empresários do país estão otimistas com relação à economia local.
Maior nível de otimismo foi registrado no Peru, de 96%.

O Brasil recuou da 2ª para a 8ª posição no ranking mundial de otimismo dos empresários, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira (16) pela consultoria Grant Thornton International. No primeiro trimestre, 86% dos empresários estavam otimistas com relação à economia local. No trimestre seguinte, essa proporção recuou para 61%.
Segundo a Grant Thornton, a piora no otimismo dos brasileiros é resultado de uma maior cautela com a crise europeia e seu impacto no cenário mundial. Apesar da queda acentuada, o Brasil permanece bem acima da média mundial, de 23%. O estudo é feito com 11.500 empresas em 40 economias.
Na América Latina, o nível de otimismo caiu em relação ao último trimestre, de 73% para 53%. O otimismo dos empresários dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) ficou estável em 41%.
Entre os países pesquisados, o maior nível de empresários otimistas foi verificado no Peru (96%), seguido por Chile e Filipinas (90%), Geórgia (83%), Canadá (70%), Índia (67%) e África do Sul (63%). Apesar de uma leve melhora, o país mais pessimista continua sendo a Espanha (-66%), seguido pela Grécia (-58%), Holanda (-46%) e Japão (-41%).
“O destaque positivo foi da Bélgica, onde o nível de otimismo no segundo trimestre aumentou 64 pontos percentuais para 28%, ante a perspectiva negativa dos primeiros três meses do ano (-26%). O mesmo ocorreu na Suíça com uma elevação de 38 p.p do nível de otimismo, passando de -22% para 16%”, diz a consultoria em nota.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2012/07/brasil-cai-do-2-para-o-8-lugar-em-ranking-de-otimismo-dos-empresarios.html

13.7.12

Bovespa opera em alta e dólar cai após dados da China; acompanhe


A Bovespa operava em alta nesta sexta-feira (13), corrigindo parte das perdas acumuladas nos últimos quatro pregões, depois que os dados de crescimento da China vieram em linha com as expectativas e deram certo alívio aos mercados internacionais. 
Por volta das 14h50, o Ibovespa (principal índice da Bovespa) tinha alta de 1,43%, aos 54.185,59 pontos (siga no UOL Economia gráfico da Bovespa com atualização constante). Veja ainda no UOL a cotação das ações e fechamentos anteriores da Bolsa.
A ação preferencial da Petrobras (PETR4.SA) disparava 5,22%, após o aumento de 6% no preço do diesel nas refinarias
O dólar registrava queda ante o real nos primeiros negócios desta sexta-feira, também diante do maior apetite por risco nos mercados internacionais com os dados da China. 
cotação do dólar comercial tinha queda de 0,32%, a R$ 2,033 na venda. O euro registrava valorização de 0,14%, a R$ 2,489.

Bolsas internacionais

As ações europeias avançaram a seu maior nível em mais de uma semana nesta sexta-feira, com dados sobre crescimento da China impulsionando ganhos em papéis de mineradoras e ajudando a contrabalançar preocupações sobre a crise da dívida da zona do euro.
O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em alta de 1,34%, aos 1.042 pontos, maior nível de encerramento desde os 1.044 pontos registrados no último dia 5.
Em Londres, o índice Financial Times fechou com alta de 1,03%, a 5.666 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 2,15%, para 6.557 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 avançou 1,46%, a 3.180 pontos.
As ações asiáticas e o dólar australiano subiram, após o PIB da China no segundo trimestre vir em linha com as previsões, diminuindo temores de que a desaceleração no país pode debilitar a frágil crescimento global.
Mas o alívio no mercado pode ter vida curta, uma vez que o rebaixamento do rating de crédito da Itália pela agência de classificação de risco Moody's para próximo do grau especulativo pouco antes de um leilão de títulos ameaça intensificar os temores sobre a crise da dívida europeia.
As ações de Hong Kong ampliaram os ganhos e avançaram 0,35%, frente a alta de 0,1% antes da divulgação do PIB. O alívio teve vida curta em Xangai, e as ações fecharam estáveis depois de alternar ganhos e perdas. Os investidores continuaram cautelosos com os lucros corporativos fracos.

Ações da Petrobras disparam após anúncio de reajuste no diesel


As ações da Petrobras dispararam nesta sexta-feira, um dia após a empresa anunciar reajuste de 6% no diesel a partir de segunda-feira. Sinal de que o mercado reagiu bem à medida.
As ações ordinárias da empresa (ON, com direito a voto) subiam 7,79%, a R$ 20,09 por volta das 13h12. No mesmo horário, as ações preferenciais (PN) tinham alta de 4,89%, a R$ 19,49.
O Ibovespa, principal índice da Bovespa, operava em alta de 1,37%, com a ajuda da empresa, aos 54.151 pontos. O giro financeiro era de R$ 2,86 bilhões, dos quais cerca de R$ 719 milhões apenas das ações preferenciais da Petrobras.
O dólar, por sua vez, operava em baixa de 0,14%, cotado a R$ 2,037.
Os papéis da estatal vêm registrando sucessivas quedas e acumularam perdas de 13% no primero semestre para as ações preferenciais e de 15,9% para as ordinárias, período em que o Ibovespa registrava queda de 4,2%.
Na avaliação do analista da SLW Corretora Erick Scott, a alta deve se sustentar até o final do dia, mesmo que em um nível menor.
Segundo ele, os dados da China que poderiam atrapalhar o desempenho dos papéis da estatal vieram dentro do esperado e estão sendo considerados positivos pelo mercado.
O governo do país asiático anunciou na manhã desta sexta-feira (noite de quinta em Brasília) a desaceleração de seu PIB no segundo trimestre do ano, com um crescimento de 7,6%.
"A alta é por conta do reajuste, e também tem vencimento de opções na segunda-feira, o que sempre puxa o papel. Os dados da China também não decepcionaram, o que ajuda", disse o analista.
Ele observou que mesmo com o aumento, o diesel ainda mantém uma defasagem de cerca de 16% em relação aos preços do mercado internacional.
Scott não acredita em um novo aumento do produto e nem para a gasolina, cujo preço também continua defasado em relação aos preços externos.
"Se mexer mais na gasolina vai refletir na inflação, não acho que vão mexer mais", afirmou.
REAJUSTE
A Petrobras anunciou ontem que irá reajustar em 6% o diesel nas refinarias --é osegundo reajuste em menos de um mês.
A estatal estima que o impacto nas bombas será de 4%, mas os postos afirmam que o repasse para o consumidor será integral.
"Que vai aumentar mais de 6%, ninguém tem dúvida disso", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato dos postos do Estado de São Paulo). "Nós não temos mais condição de absorver mais nada de reajuste nos postos. O que vier de aumento da distribuidora, nós vamos repassar".
Gouveia diz que o aumento de 6% na base, na refinaria, se torna maior ao longo da cadeia de distribuição do combustível. "Em cima desse valor tem toda a carga de impostos, como PIS/Cofins e ICMS, por exemplo."
A estatal disse, em nota, que o aumento foi definido "levando em consideração a política de preços da companhia", que busca "alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional".

9.7.12

Mercado reduz previsão de alta da taxa de juros Selic em 2013


Na véspera de nova reunião do Copom, o mercado financeiro manteve a previsão de que o juro básico cairá 0,50 ponto porcentual, para 8% na quarta-feira

O mercado mantém a previsão de que o juro básico da economia seguirá em queda nas duas próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) até atingir o patamar inédito de 7,50% ao ano. Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra também que analistas reduziram a estimativa de aumento do juro em 2013: as projeções para a Selic no fim do próximo ano caíram de 9% para 8,5%. Assim, o mercado indica que prevê aumento de 1 ponto no decorrer de 2013 e não mais 1,5 ponto como visto até a semana passada.
Na véspera de nova reunião do Copom, o mercado manteve a previsão de que o juro básico cairá 0,50 ponto porcentual, para 8% na quarta-feira. Depois, preveem os analistas, nova redução deve ser anunciada em agosto, quando o juro recuaria para 7,50%, nível em que ficaria até o fim do ano.
A pesquisa Focus mostra ainda manutenção das expectativas para o juro médio neste ano em 8,53%. Para 2013, foi reduzida a previsão de Selic média de 8,13% para 7,97%, 15ª semana seguida de queda da estimativa e a primeira vez abaixo de 8%. Quatro pesquisas antes, analistas esperavam juro médio de 8,72% em 2012 e de 8,50% no ano que vem.
Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012, de 35,65% para 35,55%. Para 2013, a projeção recuou de 34,50% para 34%. Há quatro semanas, as projeções estavam em, respectivamente, 35,85% e 34,25% do PIB para cada um dos dois anos.

Fonte: http://economia.ig.com.br/2012-07-09/mercado-reduz-previsao-de-alta-da-taxa-de-juros-selic-em-2013.html

6.7.12

Inadimplência do comércio recua 0,27% em junho, informam lojistas


A taxa de inadimplência do comércio varejista recuou 0,27% em junho deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo informou nesta sexta-feira (6) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
"A baixa inadimplência é um indicador de que parte das famílias está conseguindo pagar em dias suas contas", avaliou a CNDL, em conjunto com o SPC Brasil. "Isso é bom, visto que a inadimplência era a grande preocupação que a sociedade vinha demonstrando. A razão para essa queda da inadimplência é que as contas com prazos mais curtos tendem a ser pagas com mais facilidade", avaliou o consultor da CNDl/SPC Brasil, Nelson Barrizzelli.Trata-se da segunda queda, nesta base de comparação, deste ano. Em março, o indicador já havia recuado 11,95%. Na parcial do primeiro semestre deste ano, ainda segundo informações dos lojistas, houve um pequeno aumento de 0,09% na taxa de inadimplência. 
Consultas e cancelamentos de registros
CNDL e o SPC Brasil disseram ainda que o número de consultas para compras a prazo e para pagamentos com cheques (indicador relacionado com o volume de vendas) recuou 2,8% em junho de 2012, na comparação com o igual período do ano anterior. Esta foi a primeira queda desde março de 2010. Na parcial do ano, o indicador avançou 3,7%. 
Os dados da CNDL/SPC Brasil mostram, porém, que houve uma queda de 1,1% no cancelamento dos registros (de inadimplência) em junho, contra o mesmo mês de 2011. Nos seis primeiros meses de 2012, o cancelamento de registros de inadimplência subiu 1,55%. 
Metodologia
A CNDL lembra que sua base de dados incorpora os grandes e pequenos varejistas, mas não inclui as operações com cartões de crédito. As transações com cartões de crédito absorvem cerca de 20% do volume total de operações, segundo estimativas da entidade. Os dados da CNDL envolvem, porém, a consulta em mais de 150 milhões cadastros de pessoa física (CPF) de consumidores em 800 mil pontos de vendas credenciados.

Após corte do IPI para carros, inflação em junho é a menor em quase dois anos


A inflação oficial do país desacelerou em junho para o menor nível em quase dois anos após a redução temporária de imposto sobre carros.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 0,08% em junho, após alta de 0,36% em maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (6).
A taxa é a menor desde agosto de 2010, quando o IPCA avançou 0,04%.
No primeiro semestre do ano, o índice fechou em 2,32%, bem abaixo dos 3,87% relativos ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos doze meses, o IPCA ficou em 4,92%, o mais baixo desde setembro de 2010 (4,70%) e inferior aos doze meses anteriores (4,99%).
O IBGE informou ainda que o grupo Alimentação e Bebidas desacelerou a alta de preços em junho, quando comparada com maio, de 0,73% para 0,68%. O grupo Habitação também mostrou o mesmo movimento, com a alta nos preços desacelerando de 0,80% para 0,28% no período.
A previsão do mercado para o IPCA é de que o índice terá neste ano uma alta de 4,93%, e em 2013 de 5,50%. Já o BC, em seu Relatório de Inflação, piorou suas perspectivas ao projetar que o IPCA subirá 4,7% pelo cenário de referência, ante previsão anterior de 4,4%, devido à alta do dólar frente ao real.

Governo tenta estimular a economia

O governo adotou no final de maio medidas de estímulo ao setor automotivo, reduzindo alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos. Esta medida foi a que mais aliviou o resultado da inflação em junho, segundo o IBGE.
A inflação oficial encerrou 2011 com alta de 6,5%, recorde em sete anos, mas desde então tem recuado em direção ao centro da meta do governo, de 4,5%.
Com a baixa da inflação, o BC reduziu a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado, para o recorde de baixa de 8,5% ao ano, e que deve continuar atuando nos próximos meses para estimular a atividade econômica.
Os esforços para reduzir ainda mais a Selic fazem parte de uma atuação mais ampla do governo para estimular a economia brasileira. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a economia brasileira deve crescer entre 3% e 4% neste ano, abaixo da projeção inicial de 4,5%.
Por conta disso, o governo tem adotado medidas de estímulo fiscal e monetário. Na última semana, foi anunciado um pacote de estímulos à indústria nacional no valor de R$ 8,4 bilhões, a serem injetados a partir do segundo semestre, além de um corte nos juros de longo prazo para baratear investimentos.

Entenda o IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no comércio para o público final, mostrando, assim, o aumento do custo de vida para a população. O IPCA é divulgado mensalmente e é considerado o índice oficial de inflação do país.

O que a Indonésia tem que o Brasil não tem


A Indonésia passou o Brasil na preferência dos investidores estrangeiros, segundo ranking feito pela agência das ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O que a Indonésia tem que nós não temos ou perdemos?
“Integração regional. Apesar de ser um país pequenininho, ele está rodeado e muito integrado com seus vizinhos, que também são pequenos mas são fortes, como Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul. Aqui nós tínhamos o Mercosul como uma promessa de ser isso. Mas agora isso fica em cheque com a crise em torno do Paraguai. Enquanto nós estamos perdendo integração, eles estão aumentando, e o investidor está gostando”, diz Luis Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).
O Brasil foi o “queridinho” dos investidores até o ano passado, porque a promessa do nosso mercado consumidor era muito tentadora, num ambiente externo que não prometia tanto. Recebemos mais de US$ 66 bilhões de investimento estrangeiro direto, que foram principalmente para os setores de mineração, petróleo, eletricidade, transporte, gás e comunicações.
Quando 2012 começou e a economia decepcionou, o embarque do dinheiro para cá diminuiu. O mau humor dos estrangeiros com o país explica parte do problema.
“Temos uma questão interna que é a perda de dinamismo, o crescimento é muito importante para atração de investimento. Outra coisa é a intervenção maior do estado na economia, o protecionismo, o câmbio, e a ingerência na política monetária assustam o investidor estrangeiro”, diz o presidente da Sobeet.
Há uma razão para a queda do Brasil do 4o para o 5o lugar no ranking da ONU, que não nos imputa culpa nem responsabilidade. Também dispensa muita explicação: a principal turma que investe no Brasil são os europeus.
“Quem perde mais são os setores voltados para exportação. O Brasil deixa de ser visto como plataforma de exportação de produtos manufaturados.   Nós já temos uma enorme carência em investimentos, vamos perder competitividade”, conclui Luis Afonso Lima.
De ranking em ranking, o Brasil vai se recolocando no cenário mundial, não mais como um solteiro bem disposto e cobiçado. Mas não deveríamos nos preocupar tanto, afinal, somos a sexta maior economia do mundo, ultrapassamos até a  Inglaterra.

Mais pobres sentem mais alta de alimentos e INPC sobe 0,26%


Apesar da pequena desaceleração em junho, a alta dos preços dos alimentos pesou mais no orçamento das famílias de menor renda.
O INPC (Índice Geral de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para inflação dos lares com renda de 1 a 8 salários mínimos, subiu 0,26% no mês passado, abaixo dos 0,08% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), cuja abrangência é maior (1 a 40 salários).
Os dois índices são calculados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram divulgados nesta sexta-feira (6).
O grupo alimentação registrou alta de 0,68% junho, em leve desaceleração frente a junho (0,73%). Acontece que esses produtos têm impacto maior no bolso das famílias de renda menor: o peso no INPC é de 28,37%, enquanto no IPCA se situa em 23,19%.
Em junho, as principais altas de alimentos vieram de itens como batata (17,67%), tomate (11,45%), pão francês (0,944%), arroz (1,01%), óleo de soja (2,92%), entre outros. O feijão carioca caiu 3,07%, mas ainda acumula forte alta de 53,51% no ano.
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, os aumentos são resultado de problemas climáticos que afetam a safra de importantes produtos, como soja, arroz e feijão.
Ela ainda diz que se pode notar o início do impacto da alta do dólar, com a alta do pão por conta do aumento do trigo.
O menor ritmo de alta da inflação em junho (em maio, o IPCA havia sido de 0,36%) se deveu especialmente à deflação do grupo transportes, influenciada pela queda de automóveis novos (-6,70%) razão da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Como esses bens têm elevado valor, diz Eulina Nunes, seu peso é grande no IPCA (-10,08%), mas representa uma fatia menor no INPC (6,26%). Ou seja, a redução dos preços dos veículos ajudaram menos a reduzir a inflação das famílias renda mais baixa.
IPCA
A inflação do IPCA de 0,08% registrado em junho foi a menor registrada desde agosto de 2010, quando havia ficado em 0,04%.
De janeiro a junho, a inflação acumula alta de 2,32%. Com esse resultado, o IPCA dos últimos 12 meses ficou em 4,92%. Esta é a menor taxa desde setembro de 2010 (4,70%).
A forte desaceleração de maio para junho decorreu principalmente por conta da deflação do grupo transporte (-1,18%).
O resultado foi influenciado especialmente pela queda nos preços dos automóveis novos, que ocorreu após a redução do IPI.
Com os novos em queda, os carros usados também caíram de preço (-4,12%).
Ainda no grupo transporte registraram redução o álcool (-1,24%) e gasolina (-0,41%).
Também contribuíram para a freada da inflação a queda do preço da energia elétrica (-0,67%) e dos eletrodomésticos (-1,2%).
A menor pressão dos artigos de vestuários (0,39%) e dos remédios (0,05%) foram outros fatores que ajudaram a conter a inflação.