28.10.10

Os EUA dependem da China? Veja Índice da Sinodependência

28/10/10
Fonte: estadao.com.br

Agora que o Índice Big Mac já é pop e mundialmente conhecido, a revista britânica “The Economist” vem com mais uma inovação curiosa e que pode causar polêmica: o Índice da Sinodependência, uma tentativa de medir o desempenho das ações das empresas americanas que mais dependem do mercado chinês.

Anunciado na atual edição da revista, o indicador seleciona 22 empresas que fazem parte do Índice S&P 500, um dos principais da Bolsa de Nova York.

Para entrar no Índice da Sinodependência, a companhia precisa fazer parte do S&P 500, ter um certo nível de capitalização e ter também uma grande parte da sua receita proveniente da China. Fazem parte do indicador companhias como Intel e Qualcomm (fabricantes de chips), Yum! Brands (dona da marca KFC, entre outras), Boeing (de aviões) e Corning (do setor de vidro).

O Índice da Sinodependência chegou a ter um desempenho mais de 10% superior ao S&P 500 em 2009, mostrando que, naquele ano, as ações de empresas com grande dependência da China subiram mais. Lido de outro modo, poderia ser dito que, naquele período, investidores faziam boa avaliação do setor da economia americana que depende mais da China.

No entanto, em abril deste ano o S&P 500 alcançou o Índice da Sinodependência (o motivo, segundo a “Economist”, seria a nascente bolha imobiliária na China). Dito de outra forma, os investidores (que, ao comprar e vender ações, determinam o preço delas) acreditam que o segmento da economia dos EUA que mais depende do país asiático não está melhor do que o setor menos dependente.

China é indispensável?

O indicador criado pela revista é apenas mais um argumento dentro de uma reportagem intitulada “[A China] É uma economia indispensável?”, que questiona a importância que tem sido dada ao país asiático. “A China pode não importar tanto você pensa”, diz o subtítulo da reportagem.

O país asiático, de fato, se tornou um importador relevante do Brasil e da Austrália, entre outros. No entanto, essas nações não dependem tanto das exportações. No Brasil, por exemplo, as vendas à China equivalem a apenas 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto); na Austrália, a 3,4%.

Ainda, a China tem aumentado também suas exportações, o que significa que, ao longo do tempo, muitos países que intensificaram o comércio com o país asiático perderam saldo comercial.

É verdade que algumas economias da Ásia têm uma dependência considerável em relação à China, como Taiwan e Coreia do Sul. Mas o que o gigante regional faz é comprar peças desses países para montá-las e depois revendê-las, o que significa que a China não é responsável pela demanda por essas mercadorias; é apenas uma mediadora de uma demanda gerada por outros países.

Esses argumentos da “Economist”, é preciso que fique claro, não têm o objetivo de mostrar que a China não tem importância. A revista apenas alerta que “não é impossível” ver análises que exageram o peso do país asiático no mundo.

Lucro da Usiminas tem aumento de 14% no 3º trimestre

Empresa registrou lucro líquido no período de R$ 495 milhões.
Aumento das importações afetou resultado, segundo a companhia.

28/10/10
Fonte: g11.com.br

A Usiminas anunciou nesta quinta-feira (28) alta de 14% no lucro líquido do terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 495 milhões, apesar de registrar uma queda de 9% nas vendas em volume em um período marcado por fortes importações de aço no país.

A Usiminas, uma das principais fornecedoras para as indústrias de veículos e máquinas e equipamentos do país, teve vendas de 1,55 milhão de toneladas de aço de julho a setembro, ante 1,694 milhão um ano antes. Enquanto isso, a produção de aço bruto somou 1,953 milhão de toneladas, alta de 7%.

O lucro antes de incidência de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 735 milhões no trimestre, contra R$ 417 milhões de julho a setembro de 2009. A margem Ebitda subiu sobre o terceiro trimestre de 2009, de 14,6% para 22,7%.

A receita líquida do grupo encerrou o trimestre em R$ 3,241 bilhões, crescimento de 13% na comparação anual e queda de 10% sobre o segundo trimestre e abaixo dos R$ 3,425 bilhões esperados pelo mercado.

'Momento atípico'
Chamando o momento por que passa o setor siderúrgico de "totalmente atípico", a Usiminas afirma no balanço que o crescimento acelerado do país, "associado a uma taxa de câmbio supervalorizada, cria um cenário altamente favorável às importações, que afeta o crescimento da indústria como um todo e do setor siderúrgico".

A empresa terminou o trimestre com um resultado financeiro positivo de R$ 112,1 milhões ante R$ 200,44 milhões entre julho e setembro de 2009.

País está atento ao risco de formação de bolhas, diz Meirelles

Autoridade disse que o BC continua tomando medidas no sentido de não permitir a formação de uma das mais perigosas bolhas, que é a impulsionada pelo aumento excessivo de crédito

28/10/10
Fonte: estadao.com.br

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou que o Brasil tem estado atento ao risco de formação de bolhas na economia. Ele, que participou de evento fechado à imprensa sobre economia na Câmara Americana de Comércio (Amcham), afirmou que uma das conclusões mais importantes tirada da última crise é que a primeira linha de defesa contra a formação de bolhas são as normas prudenciais, quesito em que o Brasil tem um histórico que vem desde a década de 90. Neste período, o Brasil mantém o histórico de estar com regras prudenciais não só bastante sólidas, mas que foram fortalecidas no decorrer do processo. Estabelecendo uma comparação, Meirelles lembrou que os Estados Unidos mantiveram uma taxa de juros muito baixa durante um período prolongado, mas tinham, ao mesmo tempo, regras prudenciais excessivamente liberais.



"Aqui, algumas regras têm sido tomadas recentemente, mas desde 2007 estabelecemos alocação de capital mais fortes e mais rigorosas para qualquer risco de expansão da moeda", disse o presidente do BC. Ele disse ainda que o BC continua tomando medidas no sentido de não permitir a formação de uma das mais perigosas bolhas, que é a bolha impulsionada pelo aumento excessivo de crédito. "Estamos atentos a isso", disse.

Meirelles reiterou ainda a existência de outras regras "que chamamos de regras macro prudenciais, que são aquelas que tem em vista as regras sistêmicas ou regras que não necessariamente afetam só o sistema, mas como o País como um todo". Ele citou o aumento das reservas como um exemplo de medida prudencial, que absorve o excesso de liquidez externa , mas que deixa alguma liquidez no País para enfrentar qualquer reversão da saída de moedas. Essa, de acordo com Meirelles, são as chamadas operações de esterilização da liquidez que o BC faz através das compromissadas, rigorosamente. "São todos um conjunto de medidas que o BC faz para evitar formação de bolhas.

Agora, é importante aceitar que se há política monetária expansionista como é o caso americano, gera-se uma liquidez excessiva que pode formar bolhas", ponderou. No caso do Brasil, disse o presidente do BC, bolhas só poderiam ser criadas por excesso de liquidez externa. "Por isso, estamos esterilizando a liquidez colocando regras prudenciais que impedem a formação de bolhas no Brasil", decretou o presidente do BC.

Acordo entre EUA e China

Sobre um eventual acordo entre EUA e China para atenuar a pressão mundial sobre oi dólar, Meirelles disse acreditar na possibilidade de um acordo. Mas salientou que as informações que tem sobre este assunto vem das leituras que tem feito na imprensa. "Existe todo um trabalho sendo feito nos diversos fóruns internacionais de discussão e o Brasil tem sido muito ativo nisso", salientou Meirelles. Ele destacou, no entanto, que haverá um momento importante na reunião do G-20 que será realizada na Coreia no mês que vem para se avançar nesta questão. "Evidentemente, enquanto não se chega lá, cada país tem que tomar providências para proteger sua própria moeda. Não só na taxa de câmbio, mas no sentido de uma moeda equilibrada, controlada e de um país que não gere desequilíbrios. Nós estamos tomando providências para proteger a economia do Brasil", assinalou.

Legado para próximo presidente

Questionado sobre qual será o seu legado para o próximo presidente do Banco Central, Meirelles listou alguns. Disse que deixará o compromisso com a meta de inflação, rigorosa regulamentação do sistema financeiro, não permitindo a formação de desequilíbrios e crises financeiras. Meirelles falou também que deixará para seu sucessor a manutenção do câmbio flutuante com a construção de reservas internacionais para manter a estabilidade. No entanto, não quis falar sobre o que pretende fazer a partir do ano que vem, pois no próximo domingo o País elege o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Santander Brasil tem lucro de R$ 1,016 bilhão no 3º trimestre

Um ano antes, ganho líquido tinha sido de R$ 473,63 milhões.
No padrão contábil internacional, lucro cresceu 31%, a R$ 1,934 bilhão.

28/10/10
Fonte: g1.com.br

O Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira (28) que registrou lucro líquido contábil de R$ 1,016 bilhão, de acordo com o padrão contábil geralmente usado no Brasil, o BR Gaap. Um ano antes, o banco havia anunciado ganho líquido de R$ 473,63 milhões, o que representa alta de 114%.

De acordo com o padrão contábil internacional IFRS, que será exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a partir de 2011, o banco apurou lucro líquido de R$ 1,934 bilhão, aumento de 31,4% em relação ao obtido em igual período de 2009.

No terceiro trimestre de 2009, houve forte diferença de resultado entre o padrão brasileiro e o internacional do banco devido à amortização do ágio referente à aquisição do Banco Real, que não é feita na regra internacional.

A carteira de empréstimos e recebíveis da filial do banco espanhol no Brasil era de R$ 169,25 bilhões no final de setembro, ante R$ 152,16 bilhões doze meses antes.

Pelo padrão brasileiro (BR GAAP), a carteira de crédito era de R$ 159,085 bilhões em setembro sobre 136,244 bilhões um ano antes.

Também pela norma brasileira, o banco anunciou que seu lucro líquido consolidado dos nove primeiros meses do ano ficou em 3,032 bilhões de reais, comparado com os 1,420 bilhão de reais da mesma etapa de 2009.

De acordo com o vice-presidente executivo de finanças, Carlos Galán, a participação do Brasil nos negócios do grupo subiu de 5% para 25% de setembro de 2009 para o mesmo mês de 2010.

No mundo
O Grupo Santander registrou lucro líquido de 6,08 bilhões de euros (cerca de US$ 8,4 bilhões) entre janeiro e setembro de 2010, montante 9,8% menor que os 6,74 bilhões de euros (US$ 9,3 bilhões) alcançados no mesmo período de 2009.

Na América Latina, o lucro foi de 3,482 bilhões de euros (US$ 4,8 bilhões), o que representa crescimento de 24%, e a maior contribuição corresponde ao Brasil, que alcançou lucro recorde de 2,079 bilhões de euros (US$ 2,9 bilhões), em alta de 31%.

Pelos números apresentados pelo banco espanhol à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV) da Espanha, 42% do lucro do Grupo Santander vem dos negócios na América Latina (25% do Brasil).

A região obteve ainda um volume de créditos de 117,909 bilhões de euros (US$ 163,200 bilhões), com aumento de 29% do Brasil.

Os depósitos de clientes da maior instituição financeira espanhola cresceram 28% em todo o mundo, para 601,293 bilhões de euros (US$ 832,4 bilhões).

Na América Latina, a alta foi de 22%, para 128,554 bilhões de euros (US$ 178 bilhões), sendo que o Brasil apresentou crescimento de 25%

Mineração

Vale planeja investir até US$ 24 bilhões em 2011

A cifra é quase o dobro frente ao montante investido pela companhia neste ano

28/10/10
Fonte: veja.com.br

A maior produtora de minério de ferro do mundo necessita de 28 bilhões de dólares para concluir projetos em andamento (Folha Imagem)

A mineradora Vale, maior produtora mundial de minério de ferro, anunciou nesta quinta-feira um investimento de 24 bilhões de dólar em 2011. O orçamento foi aprovado durante a manhã pelo conselho de administração da companhia.

O anúncio foi feito durante teleconferência com analistas financeiros para explicar os dados da mineradora no terceiro trimestre. Na quarta-feira, a empresa divulgou que seu lucro líquido atingiu a marca de 10,6 bilhões de reais no terceiro trimestre deste ano. Foi o melhor resultado trimestral já apresentado pela companhia presidida por Roger Agnelli.

Para 2010, o orçamento de investimentos da mineradora soma 12,9 bilhões de dólares e inclui a participação da companhia em projetos de siderúrgicas no Ceará, no Pará e no Espírito Santo. Recentemente, o presidente da empresa informou que a Vale precisa de até US$ 28 bilhões nos próximos dois anos somente para finalizar projetos em andamento.

PNAD 2009: aumento do acesso a energia elétrica na Bahia
28/10/10
Fonte: sei.ba.gov.br


Em 2009, o estado da Bahia atingiu uma proporção de 96,5% dos domicílios particulares permanentes iluminados com energia elérica, o que significa que falta muito pouco para a universalização do acesso a energia em todo o Estado. Esse desempenho foi resultado, principalmente, da melhoria do fornecimento de energia aos domicílios do meio rural, onde em 2008 a proporção de domicílios particulares permanentes com iluminação elétrica era de 86,3% e passou a ser de 88,9% no ano de 2009. Nas áreas urbanas, onde a proporção de domicílios particulares permanentes com iluminação elétrica observada no ano de 2008 (99,7%) se manteve em 2009, a universalização do fornecimento de energia é praticamente uma realidade.

Proporção de domicílios particulares permanentes, segundo a forma de iluminação. Bahia, 2008 e 2009.

Proporção de domicílios particulares permanentes nas áreas rurais, segundo a forma de iluminação. Bahia, 2008 e 2009.

Proporção de domicílios particulares permanentes nas áreas urbanas, segundo a forma de iluminação. Bahia, 2008 e 2009.

País está atento ao risco de formação de bolhas, diz Meirelles

Autoridade disse que o BC continua tomando medidas no sentido de não permitir a formação de uma das mais perigosas bolhas, que é a impulsionada pelo aumento excessivo de crédito

28/10/10
Fonte: estadao.com.br

SÃO PAULO - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou que o Brasil tem estado atento ao risco de formação de bolhas na economia. Ele, que participou de evento fechado à imprensa sobre economia na Câmara Americana de Comércio (Amcham), afirmou que uma das conclusões mais importantes tirada da última crise é que a primeira linha de defesa contra a formação de bolhas são as normas prudenciais, quesito em que o Brasil tem um histórico que vem desde a década de 90. Neste período, o Brasil mantém o histórico de estar com regras prudenciais não só bastante sólidas, mas que foram fortalecidas no decorrer do processo. Estabelecendo uma comparação, Meirelles lembrou que os Estados Unidos mantiveram uma taxa de juros muito baixa durante um período prolongado, mas tinham, ao mesmo tempo, regras prudenciais excessivamente liberais.



"Aqui, algumas regras têm sido tomadas recentemente, mas desde 2007 estabelecemos alocação de capital mais fortes e mais rigorosas para qualquer risco de expansão da moeda", disse o presidente do BC. Ele disse ainda que o BC continua tomando medidas no sentido de não permitir a formação de uma das mais perigosas bolhas, que é a bolha impulsionada pelo aumento excessivo de crédito. "Estamos atentos a isso", disse.

Meirelles reiterou ainda a existência de outras regras "que chamamos de regras macro prudenciais, que são aquelas que tem em vista as regras sistêmicas ou regras que não necessariamente afetam só o sistema, mas como o País como um todo". Ele citou o aumento das reservas como um exemplo de medida prudencial, que absorve o excesso de liquidez externa , mas que deixa alguma liquidez no País para enfrentar qualquer reversão da saída de moedas. Essa, de acordo com Meirelles, são as chamadas operações de esterilização da liquidez que o BC faz através das compromissadas, rigorosamente. "São todos um conjunto de medidas que o BC faz para evitar formação de bolhas.

Agora, é importante aceitar que se há política monetária expansionista como é o caso americano, gera-se uma liquidez excessiva que pode formar bolhas", ponderou. No caso do Brasil, disse o presidente do BC, bolhas só poderiam ser criadas por excesso de liquidez externa. "Por isso, estamos esterilizando a liquidez colocando regras prudenciais que impedem a formação de bolhas no Brasil", decretou o presidente do BC.

Acordo entre EUA e China

Sobre um eventual acordo entre EUA e China para atenuar a pressão mundial sobre oi dólar, Meirelles disse acreditar na possibilidade de um acordo. Mas salientou que as informações que tem sobre este assunto vem das leituras que tem feito na imprensa. "Existe todo um trabalho sendo feito nos diversos fóruns internacionais de discussão e o Brasil tem sido muito ativo nisso", salientou Meirelles. Ele destacou, no entanto, que haverá um momento importante na reunião do G-20 que será realizada na Coreia no mês que vem para se avançar nesta questão. "Evidentemente, enquanto não se chega lá, cada país tem que tomar providências para proteger sua própria moeda. Não só na taxa de câmbio, mas no sentido de uma moeda equilibrada, controlada e de um país que não gere desequilíbrios. Nós estamos tomando providências para proteger a economia do Brasil", assinalou.

Legado para próximo presidente

Questionado sobre qual será o seu legado para o próximo presidente do Banco Central, Meirelles listou alguns. Disse que deixará o compromisso com a meta de inflação, rigorosa regulamentação do sistema financeiro, não permitindo a formação de desequilíbrios e crises financeiras. Meirelles falou também que deixará para seu sucessor a manutenção do câmbio flutuante com a construção de reservas internacionais para manter a estabilidade. No entanto, não quis falar sobre o que pretende fazer a partir do ano que vem, pois no próximo domingo o País elege o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

BC não descarta novo aumento dos juros

Inflação ainda não está convergindo para o centro da meta do governo

28/10/10
Fonte: veja.com.br


Em ata de sua última reunião, divulgada nesta quinta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mostrou-se otimista em relação ao cenário econômico de curto prazo, porém, não descartou a possibilidade de reajustar a política monetária para conseguir manter a inflação no centro da meta. Os diretores do BC avaliam que os reajustes na taxa básica de juros, a Selic, ainda não surtiram todo o seu efeito na economia. A Selic subiu 2 pontos porcentuais entre abril e julho deste ano, para os atuais 10,75% ao ano.

Diante desse quadro, o BC reafirma a expectativa de que a inflação vai convergir com a meta. A afirmação foi feita, porém, sem citar o horizonte dessa previsão. "De qualquer maneira, o Comitê assegura que, caso esse cenário não se concretize tempestivamente, a postura de política monetária será ajustada", observa o texto.

"Dito de outra forma, caso a inflação não convirja tempestivamente para o valor central da meta estabelecida pelo CMN (Comitê de Política Monetária), a política monetária atuará a fim de redirecionar a dinâmica dos preços e, portanto, assegurar que a meta seja atingida", registra a ata. Para 2010 e 2011, o centro da meta de inflação é de 4,50%.

A ata da reunião de outubro do Copom reafirma que "neste momento prevalece o entendimento de que a convergência da inflação para o valor central da meta tende a se concretizar". O documento cita ainda que a recente alta dos preços de alimentos já estava contemplada nos cenários previstos pelo BC desde a reunião anterior, realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.

"O fato de que a contribuição de alimentos para a inflação plena tem sido elevada, comparativamente ao padrão histórico, sugere estar em curso a materialização de riscos de curto prazo que haviam sido identificados e levados em conta no balanço de riscos avaliado na última reunião do Copom", destacou o documento. "O balanço de riscos atual ainda aponta para a concretização de um cenário benigno, no qual a inflação seguiria consistente com a trajetória de metas", afirmou o BC.

Apesar de prever um cenário positivo, a ata também demonstra estado de alerta. "Caso esse cenário não se concretize tempestivamente, a postura de política monetária será ajustada de modo a garantir a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e o da oferta", informou o documento. Ou seja, caso a inflação não convirja para o valor central da meta estabelecida pelo CMN, a política monetária poderá redirecionar a dinâmica dos preços - sobretudo por meio do aumento da Selic.

Projeto Jovens Empreendedores
28/10/10
Fonte:uesb.br

Embora seja um termo contemporâneo, sua aplicabilidade no mundo dos negócios é tão antiga quanto o próprio ato de administrar. Estamos falando do empreendedorismo, da capacidade de inovação, da criação de oportunidades para expansão e desenvolvimento dos negócios. É para disseminar essa visão e o espírito criativo junto ao público estudantil que foi criado, no campus da Uesb de Vitória da Conquista, o Projeto Jovens Empreendedores.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), o projeto visa o aprimoramento do perfil empreendedor dos estudantes por meio da construção de um ambiente empresarial focado no empreendedorismo, na acepção de novos conhecimentos, novas ferramentas e a formação de uma mentalidade inovadora. É destinado a toda comunidade acadêmica interessada no tema e também a moveleiros da região.

Entre as ações programadas está a realização de palestras, cursos, minicursos e mesas redondas, que discutirão temas como “Liderança de mercado e competitividade”; “Relações interpesssoais e redes de contatos”; “Incubação de empresas”; “Empresa Júnior”; “Inovação tecnológica”; entre outros. As atividades, que se estenderão até o primeiro semestre de 2011, terão início no próximo dia 4 de novembro, com uma conferência ministrada pelo diretor da Fapesb, professor Roberto Paulo Machado, às 19 horas, no Auditório II do Módulo Luisão.

O projeto é coordenado pela professora do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA), Rita de Cássia Oliveira. Outras informações, pelo telefone (77) 3424-8658.
Permacultura: produção sustentável de alimentos
28/10/10
Fonte: uesb.br

Na noite desta quarta-feira, 27, professores e estudantes dos cursos de Economia, Geografia e Agronomia da Uesb reuniram-se no auditório II do módulo Antônio Luís Santos (Luisão), campus de Vitória da Conquista, para assistir a uma palestra sobre um tema ainda pouco explorado na Academia: a Permacultura. A iniciativa é do “Projeto Pensamento Econômico: Gênese, Atualidade e Interdisciplinaridade”, coordenado pelo professor Gildásio Santana Júnior, do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas (DCSA) da Universidade.

O termo Permacultura surgiu na Austrália, na década de 70 do século passado, e diz respeito ao planejamento, atualização e manutenção de sistemas que vão desde jardins, vilas e aldeias comunitárias até grandes propriedades, com foco na sustentabilidade. “Eu, particularmente, não conhecia e a primeira vez que li sobre o tema me pareceu uma utopia, porque fala sobre algo que é socialmente justo, ambientalmente responsável e economicamente viável. Isso parece mágica. Não parece que é possível um negócio desse”, diz o estudante Vinicius Barbosa de Moraes, que cursa o oitavo semestre de Economia.

A ideia, explica a palestrante Cinara Sanches, do Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), é criar condições para que a produção de alimentos seja, ao mesmo tempo, diversificada, harmônica, descentralizada e sustentável, de modo a permitir que o homem do campo permaneça no campo, com fonte de renda contínua e em harmonia com o ecossistema. Sem dúvida, um grande desafio deste século, já que a área plantada no mundo passou de 265 milhões para 1,5 bilhão de hectares, um aumento, porém, concentrado na monocultura. “Apesar de ter havido um crescimento em área, nós tivemos uma diminuição da variedade de culturas, já que 91% da produção se referem ao arroz, algodão, soja, milho e trigo”, esclarece Sanches.

Desde 1999, a palestrante pesquisa e implementa ações de Permacultura no semiárido brasileiro, que é formado por 1141 municípios em 11 estados, totalizando 26,4 milhões de habitantes, uma região que sempre apresentou baixa produtividade e, a partir da intervenção da Permacultura tem conseguido mudar essa realidade, melhorando a vida dos pequenos agricultores. “O sentido da palestra é justamente a gente conhecer como as comunidades trabalharam e enfrentaram essa dificuldade de uma maneira diferenciada e a partir dos recursos e dos conhecimentos tradicionais que elas possuem, como pressupõe a Permacultura”, pontua Gildásio Júnior.

Na Bahia, os municípios de Ourolândia, Umburanas, Cafernaum e Morro do Chapéu são atendidos pelo IPB. “O mais interessante dessa iniciativa é que são utilizadas tecnologias próprias, específicas e adaptáveis à realidade das comunidades onde os produtores estão vivendo”, comenta o professor José Antônio Gonçalves, coordenador do Colegiado de Economia da Uesb. "Nós acreditamos que é possível levar essa experiência para outros locais e, principalmente, nós acreditamos que é possível produzir sem agredir o meio ambiente, a partir da modificação e da adaptação do sistema produtivo ao contexto de cada comunidade", enfatiza Cinara Sanches.

27.10.10

Palestra sobre Permacultura
27/10/10
Fonte: uesb.br

Na próxima quarta-feira, 27, às 19 horas, as comunidades acadêmica e externa da Uesb estão convidadas para participar da palestra “Permacultura e Desenvolvimento: O Projeto Policultura no Semiárido”, a ser proferida por Cinara Sanches, do Instituto de Permacultura da Bahia (IPB). O evento será realizado no Auditório II do Módulo Luisão, no campus de Vitória da Conquista.

Mas afinal, você sabe o que significa permacultura? Esse termo é utilizado para definir uma reunião dos conhecimentos de sociedades tradicionais com técnicas inovadoras, visando criar uma "cultura permanente", sustentável, baseada na cooperação entre os homens e a natureza. A permacultura já é desenvolvida em vários pontos do Brasil, locais como Goiás, Amazonas, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal possuem institutos que desenvolvem ações voltadas para uma sociedade sustentável que tenha como base a sabedoria da natureza.

Segundo o IPB, a sua missão é “semear conhecimentos que promovam a cooperação entre os seres para a construção de um mundo abundante, belo e ético”. O evento é promovido pelo Colegiado do Curso de Economia da Uesb em parceria com a coordenação do “Projeto Pensamento Econômico: Gênese, Atualidade e Interdisciplinaridade”.

Mais informações podem ser obtidas no Colegiado de Economia, através do telefone (77) 3424-8712.

Câmara Setorial da Cadeia do Milho quer que governo acelere leilões de estoques oficiais

27/10/10

Fonte: estadao.com.br


Brasília - O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, César Borges, disse hoje (27) que o setor deve apresentar até amanhã ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, proposta para que sejam acelerados os leilões dos estoques públicos de milho. “Discutimos a volta rápida dos leilões. Agora mais para abastecimento do que para garantia de preços mínimos, já que os preços se elevaram”, disse Borges, após reunião da câmara.

Produtores de aves e suínos, que usam muito milho como ração, alertam para o perigo de falta do produto. No início do mês, durante a divulgação do levantamento da safra 2010/2011, representantes do Ministério da Agricultura falaram sobre a possibilidade de adotar a estratégia de fazer leilão dos estoques públicos dos 5,5 milhões de toneladas de milho para evitar que o custo maior acabe influenciando o preço dessas carnes.

Borges disse também que começou a ser discutido na câmara setorial o uso do milho para fabricação de etanol. Segundo ele, o milho seria usado de forma complementar para diminuir o período de ociosidade da indústria de etanol, que trabalha a todo vapor após a colheita de cana e depois fica meses parada até a colheita seguinte.

“Não é nossa ideia usar o milho como nos Estados Unidos”, explicou, depois de dizer que gostaria do apoio do governo. No entanto, ele admitiu que as conversas estão muito no início e, além disso, a maior bandeira do etanol brasileiro no exterior é justamente sua produção a partir de um produto que não serve de alimento para a população: a cana-de-açúcar.

Edição: João Carlos Rodrigues

BC da Coreia vê necessidade de medidas para lidar com entrada de capital

BC da Filipinas já está intervindo no câmbio e Cingapura cogita a possibilidade

27/10/10
Fonte: estadao.com.br


SEUL E CINGAPURA - O presidente do Banco da Corea, o banco central da Coreia do Sul, Kim Choong-soo, disse que o governo precisa preparar medidas para lidar com eventuais problemas decorrentes da forte entrada de recursos no país. "Tendo em vista a experiência passada, não temos outra opção a não ser nos preocuparmos com os problemas que a entrada de capital traz para a administração macroeconômica", afirmou Kim em discurso preparado para uma seminário com empresários europeus em Seul.

"No longo prazo, devemos desenvolver o mercado de câmbio para garantir que as taxas de câmbio não flutuem amplamente durante períodos curtos de tempo, em consequência de grandes oscilações no fluxo de capital", disse.

Kim afirmou que seria adequado considerar opções macro de prudência para moderar o volume de entrada de capital e que a nação poderia tentar mitigar os riscos potenciais, embora não possa resolvê-los totalmente.

Os comentários sugerem que o governo está testando a reação do mercado. Na semana passada, o vice-ministro para Estratégia e Finanças, Yim Jong-yong, disse que o governo estava em busca de possíveis medidas para reduzir a volatilidade do fluxo de capitais, mas que um eventual plano só ocorreria após o encontro de cúpula de novembro dos líderes do G-20.

Intervenção

O banco central de Cingapura disse que poderá intervir no câmbio para controlar a valorização da moeda local, destacando que a Ásia enfrenta riscos provenientes do aumento do fluxo de capital para a região.

"Cingapura tem visto um forte fluxo de entrada de capital desde o segundo semestre de 2009, em consequência do enfraquecimento generalizado do dólar norte-americano e do cenário relativamente positivo da economia de Cingapura", disse a Autoridade Monetária de Cingapura (MAS, na sigla em inglês), em sua revisão anual macroeconômica. "Em tais circunstâncias, o MAS pode intervir no mercado de câmbio para limitar as pressões de alta do dólar de Cingapura", acrescentou.

A Autoridade Monetária disse, entretanto, que esteriliza as intervenções no câmbio para manter a base monetária estável e que as intervenções têm pouco impacto na conta corrente dos bancos locais.

É raro para o MAS discutir suas intervenções no câmbio. Pessoas próximas à questão disseram duas vezes à Agência Dow Jones no mês passado que o banco central vendeu dólares de Cingapura para enfraquecer a alta da moeda.

O MAS esclareceu ainda que a decisão de elevar o juro no mês passado teve por base a expectativa de que a atividade econômica permanecerá elevada e de que a economia do país continuará crescendo, embora em ritmo mais lento e sustentável. Ao mesmo tempo, as pressões sobre os custos domésticos subiram e o forte crescimento na renda impôs alta nos preços de alguns itens de consumo, observou o MAS.

O MAS utiliza o câmbio como instrumento de política monetária, já que a economia do país está fortemente relacionada à exportação. Em 14 de outubro, o banco central surpreendeu o mercado anunciando que iria direcionar o dólar de Cingapura em alta em ritmo um pouco mais rápido e que permitira sua elevação para levemente acima do meio de banda de oscilação.

O banco central das Filipinas já está intervindo no câmbio para "preservar o valor do peso de modo que oscile dentro de uma banda específica", disse o presidente do país, Benigno Aquino, em entrevista concedida para a Bloomberg. Segundo ele, a taxa de câmbio do peso deve ficar "estável" e seu movimento deve ser "administrável". A Bloomberg informou que os comentários foram feitos em um fórum em Hanói, no Vietnã.

As informações são da Dow Jones.

Desenbahia injeta R$ 631 milhões na economia baiana em quatro anos
27/10/10
Fonte: desenbahia.ba.gov.br


Entre janeiro de 2007 e setembro de 2010, a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) injetou R$ 631 milhões na economia baiana, por intermédio de financiamentos ao setor produtivo. O balanço do quadriênio foi divulgado pelo presidente da empresa, Luiz Alberto Petitinga. As taxas anuais de crescimento da Agência saíram do patamar de 3,5%, em 2007, para 30% nos anos 2008 e 2009. O aumento da oferta de crédito na Bahia é um forte incentivo para elevação da produtividade das empresas locais.

A análise do desempenho da Desenbahia revela um crescimento substancial em aprovações. Em 2006 foram R$ 99,8 milhões em financiamentos. Em 2007, R$ 103,3 milhões. Em 2008, R$ 133,1 milhões. Em 2009, R$ 169,8 milhões e, neste ano, o balanço do terceiro trimestre já registra R$ 225,1 milhões em crédito produtivo.

O diretor de Administração e Finanças, Marco Aurélio Cohim, informou que a recuperação de crédito alcançou, nestes quatro anos, a marca histórica de R$ 100 milhões. "Somente em 2010, a recuperação de crédito efetivo no caixa da Desenbahia ultrapassou R$ 12 milhões. Como antigos financiamentos, não-honrados pelos tomadores, foram contabilizados como prejuízo, os recursos recuperados, de forma negociada ou judicial, entraram como lucro e foram reinjetados na economia por meio de novos financiamentos". Neste ano, a taxa de inadimplência manteve-se baixa - Carteira Fundese (Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico da Bahia), 0,82%, e Carteira Desenbahia, 0,77%.

Interior
Atualmente, a Desenbahia é um dos principais agentes da oferta de crédito ao setor produtivo na Bahia. A obtenção de financiamento permite que o empresário execute seus planos de investimentos, o que possibilita, por exemplo, a adoção de novas tecnologias que elevem sua capacidade de produção. O crédito é fundamental para a expansão de novos negócios.

Os números mostram que a meta estratégica da Agência de Fomento - de interiorização do crédito - foi atingida neste quadriênio. Entre janeiro de 2007 a setembro de 2010, cerca de 60% das aprovações foram direcionadas para empresas situadas fora da Região Metropolitana de Salvador (RMS), totalizando R$ 384,7 milhões.

Maior percentual de financiamento foi para Comércio e Serviços

No balanço por setor da economia, 'Comércio e Serviços' demandou 65% dos financiamentos, número que, segundo Luiz Petitinga, corresponde à composição do PIB baiano. Para o setor Rural foram aprovados R$ 100,5 milhões (16%). Setor Industrial, R$ 90,3 milhões (14%) e o setor Público, R$ 30,7 milhões (5%).

Para facilitar o acesso ao crédito, os clientes da Desenbahia contam com o sistema de solicitação de financiamento pela internet. Empresário de qualquer parte do estado pode solicitar pelo site da Agência (veja banner ao lado).

Com a entrega dos documentos é feita a qualificação cadastral - enquadramento de acordo com as normas operacionais. A partir daí há uma análise técnica do investimento. Com a aprovação é realizado o contrato para em seguida o recurso ser liberado. Mais informações no site ou pelo telefone 0800-285-1626.

Estados Unidos e Chile questionam Brasil na OMC

27/10/10
Fonte: corecon-ba.org.br

Países pedem explicações sobre medidas antidumping usadas contra seus produtos

Estados Unidos e Chile questionam na Organização Mundial do Comércio (OMC) medidas antidumping usadas pelo Brasil contra seus produtos e pedem explicações para as barreiras. Não se trata da abertura de uma disputa nos tribunais da OMC, mas sim de expor o País e cobrar que ações sejam tomadas para que as regras internacionais não sejam violadas.

A Casa Branca cobrou explicações sobre a alta e ampliação de medidas antidumping adotadas pelo Brasil contra produtos químicos exportados pelos Estados Unidos. As medidas antidumping são autorizadas pelas leis internacionais como forma de punir atitudes comerciais injustas por parte dos exportadores.

Washington, porém, alega que o Brasil não apenas renovou barreiras que estavam com seus prazos acabando, como incrementou a tarifa cobrada sobre o produto.

No caso do Chile, o questionamento foi quanto às barreiras ao comércio de sal marinho. Santiago fez questão de cobrar o Itamaraty para garantir que as leis internacionais de adoção de medidas antidumping contra seus produtos sejam respeitadas.

O mercado que se cuide

Por Décio Batista Pizzato (*)
27/10/10
Fonte: cofecon.org.br


Matéria constante no Site IG da sexta-feira, dia 22 de outubro, informa que acionistas controladores da empresa Vale S.A. discutem a sucessão do presidente, Roger Agnelli. Para público externo está sendo ventilado que Agnelli, após dez anos no comando da empresa cumpriu um ciclo importante na Vale devendo ser sucedido para não enfrentar um desgaste natural do cargo.

Para entender o que está acontecendo. O presidente da Vale S.A., Roger Agnelli no último dia 14, durante o lançamento da pedra fundamental de uma mina em Zâmbia, na África, declarou que a empresa mineradora é alvo de jogo político do atual governo brasileiro e que setores do PT querem a sua saída para ocupar o cargo.

É de conhecimento do mercado que o governo atual quer o controle de mega empresas que irão fazer o papel de indutor de investimentos para onde for o seu interesse político. Algo semelhante com que Chávez está fazendo com a estatal petrolífera PDVSA. Atualmente os interesses políticos de investimentos estão sendo feitos via Petrobrás e BNDES. O Brasil financia um novo porto em Cuba enquanto os do país pela suas atuais condições só fazem criar acréscimos no chamado Custo Brasil.

A Petrobrás recebeu recursos do mercado pelo mega aporte financeiro via Oferta Inicial de Ações (Initial Public Offering –IPO, em inglês). Já o BNDES recebeu aportes pela emissão de títulos da Dívida Pública, em 2009 e 2010. A futura empresa do Pré-Sal ainda levará alguns anos até se consolidar e ter um tamanho semelhante ao da Petrobrás. Portanto, agora a Vale é o alvo. Não só pelos cargos que dispõe, principalmente pelo seu poderio financeiro, além da penetração em outros países.

As mudanças que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sonha promover na Vale chocam-se de frente com compromissos assumidos pelo BNDES e por fundos de pensão que controlam a mineradora, por meio de Acordo de Acionistas assinado no processo de privatização. Com esse acordo, qualquer mudança nos rumos da companhia precisa contar com o apoio dos sócios privados Bradesco e Mitsui. Lula tem demonstrado interesse em mexer na diretoria da Vale, por meio dos fundos de pensão. Existe a pressão pela substituição de seu presidente, Roger Agnelli.

A Vale S.A. é controlada pela Valepar que tem 52,7% das ações ordinárias da empresa, as que têm direito a voto. O BNDES Participações tem mais 6,71%.

Os atuais controladores da Valepar são Litel, com 49% das ações ordinárias, Bradespar, com 21,21%, BNDES, com 11,51%, e Mitsui, com 18,54%. São donos da Litel os fundos de pensão Previ, Funcef, Petros e Fundação Cesp. Acordo de acionistas prevê que, para mudar a diretoria, é preciso o voto de 67% do total das ações ordinárias da Valepar. Fundos de pensão e BNDES, os canais de influência do governo, somam só 60,5%. Assim, para remover um diretor, seria necessário o apoio do Bradesco, que conduziu Agnelli ao cargo, com apoio dos fundos de pensão, em 2001, ou do grupo japonês Mitsui.

O ex-presidente do Bradesco e agora também ex-conselheiro, Marcio Cypriano, não concordava com a inclinação do Banco em permitir ser atraído para esfera do governo. Tanto que rompeu com Conselho de Administração do Bradesco. Não apareceu em reunião de conselheiros, onde antes expôs mais uma vez as suas preocupações e sua oposição quanto aos rumos em andamento pelo banco, segundo sussurros do mercado. Pediu demissão do cargo de conselheiro em carta enviada e fim de papo. Tudo indica que a gota d'água foi a parceria com o Banco do Brasil para atuação na África, em troca do apoio as intenções do governo na Vale.

Com isto a notícia que está no site do IG faz sentido. Estão entregando a Vale de mão beijada para os interesses políticos do governo. O IPO da Petrobrás vai mostrar logo a que veio e as ações da Vale vão começar a queimar nas mãos.

Não seria loucura pensar que o governo também esteja de olho nos bilhões de reais que circulam diariamente na Bmfbovespa. O mercado que se cuide.
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(*) Economista.

Artigo: Nos braços do Açu


Por Martha Ferreira (*)
27/10/10
Fonte: cofecon.org.br

Os portos brasileiros são responsáveis pela movimentação de 77% do nosso comércio exterior, mas somos lanterninha em qualidade portuária, ocupando a 123ª posição, num ranking de 134 países. O aparelhamento político e má gestão pública da Companhia Docas, cujos resultados financeiros deficitários estão presentes em todos os portos sob sua autoridade, tornaram-se barreiras intransponíveis para o crescimento das exportações e importações.

Além disso, relações exteriores ideológicas, política de comércio internacional equivocada, leis portuárias ultrapassadas, sistema ignóbil de oferta de mão-de-obra, logística incompleta, infra-estrutura sucateada, máquinas e equipamentos sem tecnologias adequadas remetem o Brasil a uma participação de apenas 1% no comércio global.

É preciso modernizar e ampliar os portos públicos existentes; implantar outros, a partir de estudos técnicos, focados nas potencialidades econômicas regionais; investir em infra-estrutura, máquinas, equipamentos, tecnologias e inteligência; integrar todos os modais de transportes aos portos e à sua região de influência; e profissionalizar a mão-de-obra e gestão portuária.

O Porto de Vitória está limitado há mais de 10 anos e isto é irreversível. Sua largura e calado só permitem a movimentação de navios pequenos, resultando em aumento de custos e evasão de cargas para outros estados. Não oferece acessos para o porto, retroárea para armazenagem, acumula déficits milionários e os investimentos são ínfimos. O seu perfil é para turismo, cabotagem, bases de apoio às atividades petrolíferas e indústrias limpas. Todas essas atividades têm alto valor agregado, recolhem grandes somas de impostos para os cofres públicos e geram mais emprego e renda.

Precisamos aumentar a oferta de serviços para contêineres e cargas gerais. Mas implantar um porto público de águas profundas, no entorno dos portos de Praia Mole e Tubarão, maiores do mundo em sua especialidade, significa impedir a expansão deles. Além disso, essa proposta apresenta outros grandes equívocos: mantém o atual modelo de gestão portuária, comandado por partidos políticos, ao invés de um que seja privado e dirigido por executivos; e os impactos na região metropolitana, cuja mobilidade já é caótica, serão catastróficos.

Urge, entretanto, transferir algumas das atividades do porto de Vitória, cujo apagão é iminente, para fora da região metropolitana, interiorizando a economia, promovendo o crescimento sustentado da atividade portuária, desafogando o trânsito da região, protegendo o meio ambiente e melhorando a qualidade de vida das pessoas.

A logística e infra-estrutura de Barra do Riacho são ideais para sediar esse novo porto. Porém, a expansão de Portocel, construção de um estaleiro e de outros terminais especializados podem dificultar a sua inclusão. Duas grandes siderúrgicas - CSU e Ferrous -, que pretendem se implantar no sul capixaba, prevêem a construção de portos de águas profundas. As cargas de terceiros podem ser inseridas dentro deste contexto, se houver articulação profissional.

Já está provado que nossos políticos não têm essa capacidade, uma vez que o Espírito Santo não convence o governo federal a implantar ou finalizar grandes obras, aqui. Daí, se a iniciativa privada não se mobilizar e apresentar uma solução, rapidamente, corre o risco de ficar sem saída e obrigada a cair nos braços do porto do Açu, no norte fluminense.
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(*) Martha Ferreira é economista e consultora de negócios

Artigo: "O Brasil pós-Lula: ainda há muito a ser resolvido"

Por Marcus Eduardo de Oliveira e Antonio Carlos Roxo
27/10/10
Fonte: cofecon.org.br


Em que pese o bom desempenho econômico e social do governo Lula, avalizado pela taxa de aprovação popular que supera 80% nos quesitos ótimo ou bom em relação a seu governo, inequivocamente a Era Lula (2003-2010) ainda deixa muito por fazer num país em constante construção.

Exemplos a título meramente ilustrativo: a participação do País no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ao final de 2002, com o término do governo FHC, era de 2,81%; ao final de 2009, um ano antes de terminar o governo Lula, essa participação foi de 2,79%. A taxa média de crescimento real do PIB do governo tucano foi de 2,3%, enquanto no petista até 2009, foi de 3,6%.

Hoje, 15 anos depois da chegada de FHC ao poder, a economia está pujante, mas não poderosa e o país está muito distante de ser considerado socialmente justo. Os instrumentos de mobilidade e ascensão social ainda são capengas. Nesse caso específico, o sistema educacional, elemento fundamental de ascensão, tem se mostrado ao longo desse período incapaz de promover mudanças. A taxa média de tempo de estudo por aqui não passa os 4,6 anos. Não por acaso, das 150 melhores universidades do mundo, nenhuma brasileira está entre essas. Isso somente permite aprofundar o fosso da desigualdade social.

Essa estúpida marca social tem sido ajudada pela não menos estúpida carga tributária que coloca nos ombros de todos os brasileiros, em especial dos mais pobres, uma pedra de 36 quilos. Metaforicamente, é esse o tamanho da carga tributária brasileira. Na esteira desse comentário, cálculos do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que os mais ricos disponibilizam 106 dias de trabalho por ano para o pagamento de impostos, enquanto os mais pobres dedicam 197 dias para quitar impostos. Para ser socialmente mais justa, a tributação tem que ser progressiva e, não como hoje, regressiva, isto é, quem tem mais paga relativamente menos, quem tem menos paga mais. Os impostos mais expressivos em arrecadação no país, IPI, ICMS, indiretos, contribuem para isto, ao tratar os desiguais, igualmente.

No Brasil de hoje, ainda morrem, anualmente, 41 crianças menores de 1 ano de idade a cada 1000. No México, apenas para servir de base comparativa, essa taxa é de 18 por 1000, ao passo que em Singapura essa taxa cai para 2,3.

A economia brasileira, em que pese os avanços dos governos FHC e Lula nessa área sombria e tempestuosa, ainda continua controlando a taxa de inflação com alta taxa de juros, o que é sabiamente notório ser contraproducente. Isso nada mais é que um muro elevado que se ergue na frente dos investimentos impedindo-os de seguirem seu curso normal.

É fraca também a participação do país em relação aos registros de patente (inovações).

Ainda na seara do assistencialismo social, continua-se a mensurar desenvolvimento pela quantidade de dinheiro dado às famílias por meio do “Bolsa Família”. Passou da hora, em nosso entendimento, de dar um passo efetivo a frente, e trocar esse programa de assistência por um programa de geração de empregos. Dignidade tem nome e sobrenome: chama-se emprego e salário dignos; ocupação e poder de compra compatíveis com as necessidades peculiares de cada um. O que significa também encarar, sem subterfúgios, a necessidade premente de uma reforma agrária.

Desafios esses que se mostram mais presentes pela situação que se avizinha de grande estresse nas contas do país, fruto da valorização do real e da política que se perpetua de juros reais na estratosfera, que, se tem resultados positivos imediatos no combate à inflação, por outro lado, solapa diuturnamente a estrutura econômica do país. A valorização do real extremamente danosa é erva daninha que solapa os alicerces da estrutura econômica, e que mais cedo ou mais tarde cobrará seu preço. Erro este que Lula, embora com algum atenuante, copiou de FHC.

Questão adicional que o processo eleitoral carimbou, felizmente, na agenda do país é o desenvolvimento ambientalmente sustentável. Em pleno século XXI, o país tem obrigação e as condições plenas para contribuir, com compromissos firmes e claros pelo equilíbrio do crescimento com a preservação da natureza, garantia de continuidade da vida na terra.

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(*) Antonio Carlos Roxo é economista brasileiro, com doutorado pela USP (Universidade de São Paulo). Professor do UNIFIEO e coordenador do curso de Comércio Exterior da mesma instituição. Fundador e membro do GECEU – Grupo de Comércio Exterior do UNIFIEO.

(**) Marcus Eduardo de Oliveira é economista brasileiro e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO. Mestre pela USP (Universidade de São Paulo) e membro do GECEU – Grupo de Estudos de Comércio Exterior (UNIFIEO).

UNESP abre vaga para professor de economia em Rosana-SP

27/10/10
Fonte: cofecon.org.br


cornucopiaA Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) abriu no último dia 21 inscrições para preencher uma vaga de professor assistente junto à Coordenadoria do curso de Turismo, disciplinas "Economia", "Análise Econômica do Turismo" e "Informática Aplicada". O candidato deve ter doutorado e a remuneração é de R$ 7.574,75. A vaga é para o Campus Experimental de Rosana.

As inscrições podem ser feitas até o dia 04 de dezembro, das 09 às 11 horas e das 14 às 17 horas, na Secretaria da Coordenação do Curso de Turismo (Estrada dos Alojamentos esquina c/ Avenida dos Barrageiros - Distrito de Primavera - Rosana-SP). Podem inscrever-se graduados ou pós-graduados em Economia que tenham título de doutor obtido pela UNESP, USP, UNICAMP ou declarado equivalente pela UNESP. A taxa de inscrição é de R$ 61.

A remuneração, informada acima, corresponde à referência MS-3. Para o candidato portador do título de Livre-Docente, o salário passa a ser na referência MS-5 (R$ 9.030,61).

O concurso consiste em prova de títulos (peso 2), prova didática (peso 1) e prova eascrita (peso 1).

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (18) 3284-9205 e 3284-9208, ou pelo site http://www.rosana.unesp.br

Senado realiza seminário sobre desenvolvimento econômico brasileiro

27/10/10
Fonte: cofecon.org.br


conceicaotavares"Desenvolvimento Econômico Brasileiro: Evolução e Desafios". Este é o tema do seminário que será realizado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal no dia 09 de novembro. O evento contará com a presença da Profª Drª Maria da Conceição Tavares, autora de diversos livros sobre desenvolvimento econômico, e acontecerá no Plenário da Comissão de Assuntos Econômicos, às 14:00 horas.

A palestrante, Maria da Conceição Tavares, nasceu em Portugal, mudou-se para o Brasil nos anos 50 e naturalizou-se brasileira. Formou-se em Economia pela UFRJ em 1960. Foi eleita deputada federal (PT/RJ) em 1994. É professora titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi eleita Personalidade Econômica do Ano 2010 pelo COFECON.

Serviço

Evento: Seminário "Desenvolvimento Econômico Brasileiro: Evolução e Desafios"
Realização: Senado Federal - Comissão de Assuntos Econômicos
Participação: Câmara dos Deputados - Comissão de Finanças e Tributação
Local: Plenário da Comissão de Assuntos Econômicos (Ala Alexandre Costa, Sala 19, Anexo II, Senado Federal)
Data: 09/11/2010, às 14:00 horas

Palestra Sobre: Permacultura e Desenvolvimento:O Projeto Policultura no Semiárido.

Dia 27/10/10 às 19H (não precisa fazer inscrição).

Palestrante: Cinara Del'Arco Sanches(Instituto de Permacultura da BA).

Local: Auditório II, Módulo Luisão, Uesb.

O que é permacultura?

O conceito foi criado pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren, nos anos 70. É uma reunião dos conhecimentos de sociedades tradicionais com técnicas inovadoras, com o objetivo de criar uma "cultura permanente", sustentável, baseada na cooperação entre os homens e a natureza.

Um dos princípios fundamentais da permacultura é o respeito pela sabedoria da natureza, que desenvolveu um sistema perfeito para cada lugar. Do princípio vem a estratégia (observar e copiar a Natureza), da qual surgirão as inúmeras técnicas , que podem ser copiadas de situações similares ou criadas no local, para planejar a sustentabilidade de quintais, sítios, fazendas ou comunidades (novas ou já existentes), como ecovilas, bairros e assentamentos.

No planejamento destas comunidades, além do ambiente físico, é preciso considerar os aspectos: social, econômico, cultural e espiritual como parte imprescindível dos projetos porque, no novo paradigma, reconhece-se que a felicidade não se resume ao materialismo.


Policultura no Semiárido

O projeto Policultura no Semiárido surgiu da necessidade de reverter o quadro de degradação ambiental e humana que assola a grande maioria dos municípios localizados na região do semiárido baiano.
Hoje, com a ampliação da área de atuação e partindo para o seu 10º ano de duração, nos municípios de Ourolândia, Umburanas e Cafarnaum no estado da Bahia, até o momento o projeto atinge mais de 1500 famílias diretamente beneficiadas, a um custo de R$ 34,00 família/mês.
O projeto consiste em capacitar os pequenos agricultores para desenvolverem sua própria agricultura da forma mais próxima ao sustentável, permitindo segurança alimentar, um convívio harmônico com o meio ambiente, o combate à desertificação, aumento de renda e da qualidade de vida e fixação do homem no campo.
O programa foi desenvolvido com a participação de todos atores do processo e a característica principal é a transdisciplinariedade, possibilitando uma atuação holística no foco do problema.

Maiores informações Colegiado de Economia 77 3424 8712

25.10.10

Presidente do CORECON-ES é homenageado pelo governo estadual PDF Imprimir
25/10/10
Fonte: cofecon.org.br


O presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (CORECON-ES), economista Marcos Adolfo Ribeiro Ferrari, foi homenageado na última terça-feira (19) pelo governo estadual como Personalidade do Setor Público 2010. O evento aconteceu no Palácio Anchieta, em Vitória, e marcou a abertura da 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, que ocorre no Sesi de Jardim da Penha.

As homenagens realizadas pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia foram definidas em reunião ordinária dos representantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).

Os contemplados foram:

  • Categoria Instituição Pública: Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema)
  • Categoria Instituição Privada: Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf)
  • Categoria Personalidade Setor Privado: Klinger Marcos Barbosa Alves
  • Categoria Destaque Profissional CT&I: Alberto Ferreira de Souza
  • Categoria Personalidade do Setor Público: Marcos Adolfo Ferrari
  • Categoria Destaque Nacional: Fernando Haddad, Ministro da Educação

O Instituto Brasileiro de Inovação também prestou suas homenagens aos inventores capixabas que receberam medalhas internacionais pelas suas pesquisas. O médico veterinário Marcelo Vivácqua ganhou medalha de ouro em Genebra e bronze em Taiwan pela invenção do sistema de castração química de animais. Já a pesquisadora Carmem Celia Lima Silva foi homenageada pela invenção do teclado em braile.

O governador Paulo Hartung afirmou que era uma alegria participar da abertura da 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia. Hartung destacou a importância do tema do evento: Ciência para o Desenvolvimento Sustentável. Esse tema vem ao encontro do modelo de desenvolvimento que estamos implantando no Espírito Santo, que é socialmente inclusivo, geograficamente desconcentrado e ambientalmente equilibrado, afirmou.

A 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia é coordenada pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect) e conta com a parceria de diversas instituições de ensino e pesquisa, representantes do setor produtivo, professores, pesquisadores, todos com interesse e trabalho no campo científico e tecnológico e que organizam e apresentam variadas atividades que geram benefícios para a qualidade de vida da população capixaba. As atividades prosseguem até o dia 22 no Sesi de Jardim da Penha, com entrada franca.

EUA tentam impor limites aos saldos comerciais de outros países

25/10/10
Fonte: corecon-ba.gov.br

Proposta americana, às vésperas da reunião do G-20, é uma tentativa de controlar o câmbio, mas enfrenta resistência da China e Índia

As disputas cambiais que ameaçam se transformar em uma guerra global estarão no centro do encontro de representantes das 20 maiores economias do mundo que começa amanhã na Coreia do Sul.

Enquanto Estados Unidos e União Europa devem centrar fogo no patamar desvalorizado da moeda chinesa, outro grupo de países, incluindo o Brasil, vai buscar incluir no debate os desequilíbrios criados pela política monetária expansiva americana, que ameaça inundar de dólares os países emergentes, com a consequente pressão sobre suas moedas.

‘Normas cambiais’. Hoje, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, propôs, em entrevista ao Wall Street Journal, um acordo sobre "normas" de política cambial. Os EUA querem estabelecer metas numéricas ‘sustentáveis’ para superávits e déficits comerciais.

A medida seria um avanço em relação à promessa feita pelo G-20 em 2009 de limitar o crescimento das exportações em países de rápido crescimento que apresentam superávit, como a China, e reforçar as poupanças nas economias deficitárias ricas, como os EUA. A medida afetaria o jogo de forças internacional, limitando o desequilíbrio entre as economias.

Brasil mudou de status e passou a ter muita influência no FMI, diz Mantega

25/10/10

Fonte: corecon-ba.org.br

De acordo com o ministro da Fazenda, a cota brasileira era de 1,38% até 2008 e agora o Brasil voltou a subir, atingindo 2,32%

O Brasil possui hoje muita influência nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI), na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O Brasil mudou de status e a influência hoje é maior do que a participação em cotas que o Brasil tem", disse durante entrevista coletiva. De acordo com Mantega, a cota brasileira era de 1,38% até 2008, quando o FMI passou por uma reforma e o Brasil atingiu fatia de 1,78%. Agora, o Brasil voltou a subir, atingindo 2,32%.

De acordo com o ministro, os dez países com maiores cotas no fundo são EUA e Japão, além de quatro da União Europeia (Reino Unido, França, Itália e Alemanha) e quatro países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China). "Houve uma grande mudança e os maiores emergentes estão agora ao lado de países europeus e dos EUA", avaliou.

"Essa é uma nova correlação de forças que se estabelece e que reconhece os emergentes como protagonistas", continuou.

20.10.10

Indústria mantém confiança na recuperação econômica, mas reduz otimismo

20/10/10

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília – O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) permanece alto, com registro de 62,8 pontos. Acima, portanto, da média histórica de 59,5 pontos, mas em trajetória de queda em relação a outubro do ano passado (65,9 pontos) e na comparação com setembro último (63,4 pontos). A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) foi feita com 1.922 indústrias de todos os portes entre os dias 4 e 9 deste mês.

Dos 26 setores pesquisados, 16 registraram redução do nível de otimismo na comparação com o mês anterior, com destaque para as indústrias farmacêutica, de limpeza e perfumaria, de veículos automotores e de outros equipamentos de transporte, que tiveram quedas superiores a 2 pontos no Icei.

Os índices relativos às indústrias extrativa e da construção civil caíram 1,9 ponto, enquanto o indicador manteve-se relativamente estável na indústria de transformação, com recuo de 0,1 ponto. Em contrapartida, os setores de plástico, calçados, metalurgia básica, móveis e indústrias diversas apresentaram crescimento de mais de 2 pontos.

O grau de confiança em outubro caiu nos três portes de empresa, comparado a igual período do ano passado. As grandes indústrias demonstraram perda de confiança de 4 pontos, as de porte médio, 3,8 pontos, e as pequenas exibiram queda de 1,3 ponto no índice de confiança. Todas permaneceram, porém, em patamar considerado otimista.

Aumentos do IOF e juros chineses ajudam a valorizar o dólar

20/10/10

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília – O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos investimentos estrangeiros em renda fixa, de 4% para 6%, e a elevação da taxa de conversão cambial para depósitos na margem de garantia da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), de 0,38% para 6%, ajudaram a fazer com que a cotação da moeda norte-americana subisse hoje (19) 1,26%, fechando o pregão cotada a R$ 1,687 para venda. Foi a maior alta diária do dólar desde 29 de junho, quando a moeda norte-americana registrou alta de 1,57%.

Mas a valorização do dólar não se deu apenas em decorrência dos ajustes do IOF. Contribuiu para isso a alta inesperada dos juros na China, que coincidiu com a determinação do governo brasileiro de estancar a valorização do real e estimular a competitividade de preços de nossas exportações.

Apesar do aumento de hoje, que contou também com a ajuda de duas intervenções do Banco Central (BC) no mercado à vista de câmbio, o dólar ainda sofre desvalorização de 0,3% no mês e perde 3,21% no ano.

O pregão no mercado acionário foi de desânimo. O Ibovespa, principal índice da Bovespa, caiu 2,61% e fechou o dia em 69.863 pontos.

FMI recomenda que Brasil desacelere expansão de gasto público e limite operações parafiscais

20/10/10

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília - O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou hoje (19) que o Brasil desacelere a expansão do gasto público e restrinja operações parafiscais (que não aparecem no orçamento) dos bancos públicos. As recomendações estão no relatório divulgado nesta terça-feira, em Washington. No documento Perspectivas Econômicas das Américas, o Brasil e outros países latino-americanos que apresentam crescimento vigoroso – com grandes fluxos de capital estrangeiro – devem estar atentos aos riscos de superaquecimento da economia, inflação e deterioração das contas externas.

As informações são da BBC Brasil. O Fundo recomenda que, nesses países, "a normalização da política fiscal seja a primeira linha de defesa, com ênfase em desacelerar a expansão do gasto público".

"No caso do Brasil, a restrição do gasto deverá ser acompanhada de uma diminuição das operações parafiscais dos bancos públicos [o que, por sua vez, permitirá corrigir as distorções do canal de crédito que reduzem a eficácia da política monetária]", diz o texto.

Críticos no Brasil afirmam que os aportes ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) podem desequilibrar as contas públicas e que o Tesouro está aumentando a dívida pública ao destinar recursos ao banco.

A combinação entre política fiscal e monetária a ser adotada pelo próximo governo brasileiro, que assumirá o poder em janeiro de 2011, é motivo de preocupação de analistas. Muitos afirmam que uma política fiscal mais rígida, com menor expansão do gasto público, reduziria a pressão sobre a política monetária (taxa de juros) e, consequentemente, diminuiriam o fluxo de capital externo na economia brasileira e a valorização do real em relação ao dólar – o que prejudica exportadores nacionais.

De acordo com o fundo, a retirada do estímulo fiscal deve preceder a retirada do estímulo monetário. "Isso permitiria que a política monetária desempenhasse um papel secundário, em que as taxas de juros regressem a níveis neutros de maneira mais gradual do que seria necessário em outros casos", diz o relatório.

A taxa básica de juros no Brasil é de 10,75% ao ano, uma das mais altas do mundo, o que serve de atrativo para investidores estrangeiros, em um momento em que economias avançadas, como a americana, mantêm suas taxas de juros próximas de zero.

A entrada excessiva de capital estrangeiro preocupa o governo brasileiro, que já tomou medidas para restringir esse fluxo, como o recente aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros no mercado de renda fixa.

Saldo de entrada e saída de dólares do país em outubro é positivo em US$ 2,39 bi até dia 15

20/10/10

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

Brasília - O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, está positivo em US$ 2,391 bilhões, neste mês, até a última sexta-feira (15), informou hoje (20) o Banco Central (BC).

Nos dados preliminares deste mês, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) é responsável pela entrada de dólares no país. No período, o saldo positivo desse segmento chegou a US$ 3,084 bilhões.

Se for considerada somente a última semana, de 11 a 15 de outubro, com quatro dias úteis, o fluxo financeiro ficou negativo em US$ 181 milhões, segundo o BC. Em setembro, com a capitalização da Petrobras, o fluxo financeiro registrou recorde de US$ 16,716 bilhões de saldo positivo.

O fluxo comercial (operações de exportações, importações e financiamento ao comércio exterior) registrou, em outubro até o dia 15, saldo negativo em US$ 694 milhões.

De janeiro até 15 de outubro, o fluxo financeiro registra saldo positivo de US$ 24,644 bilhões e o comercial está negativo em US$ 5,132 bilhões. O saldo do fluxo cambial do período ficou em US$ 19,512 bilhões, contra US$ 17,604 bilhões registrados em igual período de 2009.

Para conter a queda do dólar no país, gerada pela forte entrada da moeda no país, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), na na última segunda-feira (18).

O governo, que havia elevado de 2% para 4% o imposto há duas semanas, voltou a adotar nova alíquota, desta vez de 6%, como forma de reduzir a pressão sobre a taxa de câmbio. O governo também aumentou de 0,38% para 6% a alíquota do IOF cobrado sobre a margem de garantia dos investimentos estrangeiros no mercado futuro.

O BC também tem atuado com as compras de dólares no mercado à vista. Neste mês, até o dia 15, essas compras elevaram as reservas internacionais em US$ 4,242 bilhões.