Estados Unidos
Câmara aprova polêmico pacote tributário de Obama
Democratas queixaram-se da aprovação, que estende benefício a famílias ricas
Fonte: veja.com.br
Com 277 votos a favor e 148 contra, a Câmara de Representantes aprovou o controverso plano tributário negociado pela Casa Branca com os republicanos na semana passada - o mesmo que recebeu o aval do Senado na quarta-feira, por 81 votos a 19. A medida, que os democratas tentaram modificar durante três horas em um ácido debate, passará agora para a sanção de Obama. O novo acordo prevê não só a renovação dos benefícios para a classe média – como queria o governo – mas também o estende aos americanos mais ricos. Os democratas mais liberais se opõem à proposta por considerarem que Obama está cedendo à oposição sem conseguir o suficiente em troca.
Os cortes, aprovados durante a gestão de George W. Bush, têm validade prevista para 31 de dezembro, e, caso não houvesse a extensão do benefício, a maioria dos americanos teria de arcar com um aumento no valor dos impostos a partir de janeiro de 2011. O plano de cortes, que se tornou prioridade da Casa Branca para estimular a recuperação econômica, estende até 2012 a redução da carga tributária para todos os níveis salariais e prorroga, a um período de 13 meses, os subsídios para dois milhões de desempregados. Outras medidas também ampliarão, temporariamente, cortes em outros tipos de impostos, incluindo os do seguro social.
Crítica - Os democratas se queixaram de que o plano de cortes se estende também aos ricos. A presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, criticou o fato de que cerca de 6.600 famílias bilionárias se beneficiarão dos cortes de impostos por patrimônio, embora "não criem empregos".
Algumas correntes republicanas, no entanto, acusaram os democratas de criar uma "luta de classes" e de "vilipendiar" os ricos. Segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira pela emissora de televisão NBC e pelo diário The Wall Street Journal, 59% dos americanos apoiam o plano, contra 36% que se opõem. A enquete também mostra que 61% dos ouvidos consideram que a medida é um acordo "justo" entre a Casa Branca e a oposição, enquanto 23% acreditam que o presidente Barack Obama fez muitas concessões. Já 10% acreditam que foram os republicanos os que fizeram concessões em demasia.
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