Valor Econômico
BRASÍLIA - O governo vai usar a Caixa Econômica Federal para ofertar serviços bancários a um terço dos 12,4 milhões de beneficiários do programa social Bolsa Família. O decreto presidencial que ratificará a medida deverá, entretanto, proibir a venda casada de serviços, e a concessão automática de crédito consignado.
O projeto de inclusão bancária dos beneficiários do Bolsa Família foi anunciado hoje pelo ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, ao lado do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e da presidente da Caixa, Maria Fernanda Coelho.Hoje, quem recebe o Bolsa Família saca os benefícios (R$ 1,17 bilhão em outubro) de uma só vez, usando cartão eletrônico. Gestora dos benefícios, a presidente da Caixa disse que vai mandar cerca de 2 milhões de cartas aos usuários até o fim de 2009, e mais 2 milhões em 2010 informando sobre a abertura automática de conta simplificada (com cadastro reduzido).
Autor do projeto, o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, disse que, por ora, apenas um terço dos 12,4 milhões cadastrados tem o CPF regular para a nova inclusão. Atualmente, 1,95 milhão de cadastrados no Bolsa Família já possuem contas simplificadas.Maria Fernanda disse que o projeto é parte "da missão de promoção da cidadania e redução das desigualdades sociais e regionais" da Caixa.Ao abrir uma conta simplificada, a Caixa deverá abrir linhas de microcrédito, ofertar seguro, entre outros serviços, admitiu ela. Gilson Bittencourt avalia que a bancarização é "uma medida a mais de cidadania". Segundo ele, desde a criação em 2004, já existem cerca de 5 milhões de contas bancárias simplificadas em todo o país.
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