O superavit primário (economia para o pagamento de juros da dívida
pública) do setor público consolidado --que inclui governo federal,
Estados, municípios e empresas estatais-- chegou a R$ 8,096 bilhões em
setembro, segundo informou nesta segunda-feira (31) o Banco Central
(BC). O resultado é 70,83% menor que o atingido no mesmo mês do ano
passado: R$ 27,756 bilhões.
No acumulado do ano, o superavit primário é de R$ 104,637 bilhões. De
janeiro a setembro do ano passado, o superavit primário foi de R$ 76,938
bilhões. A meta de superavit primário do setor público este ano é R$
127,9 bilhões.
Mas a economia não foi suficiente para cobrir os gastos com juros, que
chegaram R$ 17,267 bilhões. Com isso, o deficit nominal, que são
receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$
9,171 bilhões.
Em setembro, o governo federal (Banco Central, Tesouro Nacional e
Previdência) registrou superavit primário de R$ 5,982 bilhões. Os
governos regionais (estaduais e municipais) contribuíram com R$ 2,161
bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e
Eletrobras, registraram deficit primário de R$ 46 milhões.
De janeiro a setembro, os gastos com juros chegaram a R$ 177,474
bilhões, contra R$ 141,204 bilhões registrados nos nove meses de 2010.
No acumulado até setembro, o deficit nominal ficou em R$ 72,838 bilhões,
ante R$ 64,266 bilhões de igual período do ano passado.
Em 12 meses encerrados em setembro, o superavit primário chegou a R$
129,394 bilhões, o que corresponde a 3,25% de tudo o que o país produz
--Produto Interno Bruto (PIB). Os gastos com juros chegaram a R$ 231,639
bilhões ou 5,81% do PIB. Nesse mesmo período, o deficit nominal ficou
em R$ 102,245 bilhões, que correspondem a 2,57% do PIB.
O BC também informou que a dívida líquida do setor público chegou a R$
1,481 trilhão em setembro, o que corresponde a 37,2% do PIB, uma redução
de 2 pontos percentuais em relação a agosto.
A projeção do BC é que a dívida líquida do setor público corresponda a
38,5% de tudo o que o país produzir (PIB) este ano. Em setembro, a
dívida bruta do governo (Tesouro, Previdência, governos estaduais e
municipais) chegou a R$ 2,226 trilhões, o que corresponde a 55,9% do
PIB, com redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior.
(Com informações da Agência Brasil e da Reuters)
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