O ministro espanhol da Economia garantiu que o
país vai cumprir seus objetivos orçamentários sem a intervenção do banco
Madri - O ministro de Economia espanhol,
Luis de Guindos, afirmou nesta quarta-feira que "ninguém está negociando
nenhum tipo de ajuste adicional" para conseguir que o Banco Central
Europeu (BCE) intervenha no mercado de dívida e reduza assim o prêmio de risco
daEspanha.
Em entrevista coletiva antes de
uma reunião da equipe econômica do governante Partido Popular (PP), De Guindos
declarou que "é muito importante levar em conta que a Espanha vai cumprir
seus objetivos orçamentários independentemente da intervenção" do BCE.
Insistiu que "o compromisso
do governo da Espanha com a consolidação fiscal é absoluto, é total" e
isso é "o que deve ser levado em consideração por parte dos sócios
europeus".
Em qualquer caso, ressaltou que o
governo espanhol "não tomou nenhuma decisão" sobre o pedido do
resgate e "está analisando as alternativas" possíveis até que não se
defina qual será o marco concreto de atuação do BCE.
Em sua opinião, as medidas
adotadas pelo organismo presidido por Mario Draghi têm que ser
"efetivas" para relaxar os prêmios de risco de países como a Espanha.
Reconheceu, no entanto, que na
reunião do Eurogrupo que será realizada em meados de setembro no Chipre
"se estabelecerá o entrecruzado de condições para que essa intervenção
aconteça".
Em referência às críticas publicadas hoje
em jornais internacionais sobre a atuação do governo espanhol na crise
econômica, De Guindos destacou que o Executivo "trabalha pelos interesses
da Espanha e do euro".
O governo de Mariano Rajoy se
comprometeu a diminuir o déficit da Espanha de 8,9% até 6,3% do Produto Interno
Bruto (PIB) neste ano, 4,5% em 2013 e até 2,8% em 2014.
De Guindos também falou sobre o
pedido de 5,023 bilhões de euros de ajuda ao Estado espanhol que a Catalunha
realizou para poder pagar sua dívida e ressaltou que a "condição
fundamental" para receber esse montante é que cumpra o objetivo de déficit
de 1,5% do PIB em 2012 estabelecido para as regiões autônomas espanholas.
Além da Catalunha, as regiões de
Valência e Múrcia pediram também essa ajuda financeira ao governo espanhol para
fazer frente a seus vencimentos de dívida.
De Guindos insistiu que a redução
do déficit é o "elemento básico" para solucionar os problemas de
liquidez das diferentes comunidades autônomas, já que de outro modo - assegurou
- as dificuldades reaparecerão nos próximos meses.
O ministro espanhol lembrou que o
pedido de apoio financeiro da Catalunha "estava perfeitamente previsto e
dentro das projeções" do governo.
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8,50%
11 de julho
8%
Embora o possível corte seja quase uma unanimidade no mercado, restam
dúvidas sobre o que pode acontecer a partir da próxima reunião, marcada para
outubro. “A questão chave para monitorar é se a ata vai indicar que o Banco
Central está se preparando para encerrar o ciclo de afrouxamento”, escreveram
os economistas do Goldman Sachs em relatório.
Os economistas da Tendências Consultoria Integrada estão entre os que
esperam que essa reunião marque o fim do ciclo de cortes. A expectativa é de
que a taxa de juros volte a subir a partir de março de 2013, levando a Selic
para 9,5% já em agosto do próximo ano.
Após a reunião que termina hoje, o Copom ainda terá mais dois encontros
para mudar ou não a taxa básica de juros, um em outubro e outro em novembro. Já
a ata da reunião, que pode sinalizar os próximos passos do colegiado, é
divulgada sempre na quinta-feira da semana seguinte. Assim, a desse encontro
está prevista para o dia 6 de setembro.
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