29.8.12

Espanha rejeita ajustes para conseguir intervenção do BCE


O ministro espanhol da Economia garantiu que o país vai cumprir seus objetivos orçamentários sem a intervenção do banco

Ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos


Madri - O ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, afirmou nesta quarta-feira que "ninguém está negociando nenhum tipo de ajuste adicional" para conseguir que o Banco Central Europeu (BCE) intervenha no mercado de dívida e reduza assim o prêmio de risco daEspanha.

Em entrevista coletiva antes de uma reunião da equipe econômica do governante Partido Popular (PP), De Guindos declarou que "é muito importante levar em conta que a Espanha vai cumprir seus objetivos orçamentários independentemente da intervenção" do BCE.
Insistiu que "o compromisso do governo da Espanha com a consolidação fiscal é absoluto, é total" e isso é "o que deve ser levado em consideração por parte dos sócios europeus".
Em qualquer caso, ressaltou que o governo espanhol "não tomou nenhuma decisão" sobre o pedido do resgate e "está analisando as alternativas" possíveis até que não se defina qual será o marco concreto de atuação do BCE.
Em sua opinião, as medidas adotadas pelo organismo presidido por Mario Draghi têm que ser "efetivas" para relaxar os prêmios de risco de países como a Espanha.
Reconheceu, no entanto, que na reunião do Eurogrupo que será realizada em meados de setembro no Chipre "se estabelecerá o entrecruzado de condições para que essa intervenção aconteça".
Em referência às críticas publicadas hoje em jornais internacionais sobre a atuação do governo espanhol na crise econômica, De Guindos destacou que o Executivo "trabalha pelos interesses da Espanha e do euro".
O governo de Mariano Rajoy se comprometeu a diminuir o déficit da Espanha de 8,9% até 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, 4,5% em 2013 e até 2,8% em 2014.
De Guindos também falou sobre o pedido de 5,023 bilhões de euros de ajuda ao Estado espanhol que a Catalunha realizou para poder pagar sua dívida e ressaltou que a "condição fundamental" para receber esse montante é que cumpra o objetivo de déficit de 1,5% do PIB em 2012 estabelecido para as regiões autônomas espanholas.
Além da Catalunha, as regiões de Valência e Múrcia pediram também essa ajuda financeira ao governo espanhol para fazer frente a seus vencimentos de dívida.
De Guindos insistiu que a redução do déficit é o "elemento básico" para solucionar os problemas de liquidez das diferentes comunidades autônomas, já que de outro modo - assegurou - as dificuldades reaparecerão nos próximos meses.
O ministro espanhol lembrou que o pedido de apoio financeiro da Catalunha "estava perfeitamente previsto e dentro das projeções" do governo.
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Embora o possível corte seja quase uma unanimidade no mercado, restam dúvidas sobre o que pode acontecer a partir da próxima reunião, marcada para outubro. “A questão chave para monitorar é se a ata vai indicar que o Banco Central está se preparando para encerrar o ciclo de afrouxamento”, escreveram os economistas do Goldman Sachs em relatório.
Os economistas da Tendências Consultoria Integrada estão entre os que esperam que essa reunião marque o fim do ciclo de cortes. A expectativa é de que a taxa de juros volte a subir a partir de março de 2013, levando a Selic para 9,5% já em agosto do próximo ano.
Após a reunião que termina hoje, o Copom ainda terá mais dois encontros para mudar ou não a taxa básica de juros, um em outubro e outro em novembro. Já a ata da reunião, que pode sinalizar os próximos passos do colegiado, é divulgada sempre na quinta-feira da semana seguinte. Assim, a desse encontro está prevista para o dia 6 de setembro.

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