Delfim
Netto é saudado pelo vice-presidente da República Michel Temer e pelo
presidente do Conselho de Administração do CIEE, Ruy Martins Altenfelder
Silva.
O economista Antônio Delfim Netto, colunista de CartaCapital,
afirmou nesta segunda-feira 15, em um evento do CIEE em São Paulo, que o
Brasil não age de maneira protecionista no comércio mundial, mas “toma
algumas medidas em legítima defesa”. O País vem recebendo críticas nos
últimos meses de Japão e Estados Unidos, entre outras economias, por
adotar ações como a taxação de importados. Um tipo de medida que, para o
especialista, ocorre em razão do afrouxamento monetário dos países
centrais, que inundam o mercado de dólares para dar maior liquidez às
suas economias, afetando indiretamente a economia brasileira.
“Não há nenhum país que não tente defender o nível de sua atividade”,
disse. “No Brasil, tivemos muitas dificuldades, câmbio valorizado por
muito tempo. Destruímos a sofisticação de uma indústria importante e
estamos tentando reconstruir isso. Não há nada de protecionismo nisso”,
completou, após receber o prêmio Professor Emérito de 2012 – Troféu Guerreiro da Educação, realizado pelo CIEE e o jornal O Estado de S.Paulo. O evento homenageia todos os anos as personalidades que se destacaram na educação.
O economista também comentou ser o momento de interromper a longa
série de quedas na Selic, que na última semana foi cortada em mais 0,25
ponto percentual pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa de
juro da economia está em 7,25%, o patamar mais baixo da história.
“Muitos incentivos já foram dados e, talvez, seja bom esperar para
verificar os resultados.”
Educação
Em seu agradecimento pelo prêmio, Delfim destacou que a economia
atual está profundamente relacionada à maneira como os recursos naturais
são utilizados, pois a produção de gases nocivos ao meio ambiente é
proporcional ao avanço do PIB dos países, contribuindo para a mudança
climática.”É preciso utilizar os recursos naturais de maneira mais
eficiente para melhorar a produção e fazer pesquisas para reduzir a
produção de CO2. Mas tudo isso depende de educação, pesquisa e
inovação. Não há nada no desenvolvimento do mundo que não dependa do
conhecimento.”
Presente no evento, o vice-presidente Michel Temer elogiou a forma
como Delfim transita pelo mundo acadêmico e jornalístico. “Você dá um
sabor muito popular à economia, o que me leva a procurar seus escritos
para me informar sobre o que acontece no país e no mundo.”
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/brasil-nao-e-protecionista-diz-delfim-netto/
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